{ my brother }

202 19 1
                                    

🎀

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

🎀

— O papai veio aqui ontem — disse Siriús com um sorriso no rosto. — Eu sei que você odeia ele Lena, mas ele é tudo o que nós temos

— Não, nós somos tudo que temos, você e eu — bufei pondo a mão na cabeça. — Escute meu pequeno, somos eu e você contra o mundo, nunca se esqueça disso

Sirius sempre foi bom demais pra esse mundo, sempre foi bom demais pra família que tem, até mesmo bom demais pra mim, e é por isso que eu o protejo como ninguém o protegerá.

Meu irmão sempre ver o lado bom das pessoas, e isso o impossibilita de ver o lado ruim, então, eu tenho que ver o lado ruim de todos por nós dois.

— Como está? — me sentei ao seu lado.

Siriús com um pequeno sorriso no rosto abaixou seu rosto, no mesmo momento eu o abracei, passei minha mão pela sua bochecha acariciando e então pus minha mão em seu queixo, erguendo seu rosto pra eu ver seus olhos.

— Quero ir pra casa, Lena — sussurrou.

— Você vai, eu te levarei pra casa — dei um beijo em sua testa.

A confiança que meu irmão sente em mim, foi exibida totalmente naquele momento pra mim, ele nunca tinha me parecido tão frágil antes de tudo isso acontecer, Siriús ainda sendo um ótimo garoto, agora está diferente.

Segurei na mão do meu irmão e ergui a manga de seu casaco, vendo as cicatrizes em seu pulso pude me lembrar exatamente de cada detalhe do pior dia da minha vida, o dia que eu quase o perdi para sempre.

— Eu não estou mais, Lena, estou bem agora. Eu só... só quero sair dessa prisão — suspirou.

Eu sei exatamente o que ele está sentindo, o sentimento de está preso, de se sentir sufocado, como se a qualquer momento o ar fosse lhe acabar, eu nunca desejaria que meu irmão passasse por isso, e não irei deixar que ele permaneça assim nem mais um dia.

— Isso irá acabar pequeno Bart, eu te prometo

Ao sorrir, Siriús não sabe, mais ele esquentou meu coração e curou feridas que ele nem sabe que existe.

— Preciso ir pra escola, mas, logo, logo estarei aqui

Me levantei e dei um beijo em sua testa.

— Serena — gritou.

Ao olhar pra trás, senti o impacto do corpo de meu irmão se chocando contra o meu fortemente, seus braços estavam presos a minha cintura como se não quisesse soltar nunca mais, seu rosto enterrado em meu peito, como um conforto, retribui seu abraço na mesma intensidade.

— Eu te amo, Serena

— Eu te amo, Siriús

O único amor que eu confio de olhos fechados, o único que eu não tenho medo, temor e nem receio de dizer que eu o amo, o único que merece todo meu amor.

Ao chegar na escola, olhares me rodeavam aonde eu passava, pessoas sussurravam enquanto me olhavam.

Sentir uma queimação enchendo meu corpo de raiva.

— O que vocês estão olhando? Nunca viram tal beleza? — ironizei.

Os sussurros foram interrompidos, os olhares foram desviados, o corredor agora se encontrava cheio em pessoas andando de um lado pro outro para suas salas.

Eu estava confusa até Ludo e Fábio virem em minha direção com alguns papéis em mãos, Brando se aproximou junto com eles e olhou pra mim como se já soubesse minha reação, ele estava calmo e parecia está segurando a risada.

— Serena, você está com algum problema? — olhei pra Ludo e a mesma olhou pra baixo constrangida após ter feito a pergunta.

Ao pegar os papéis em sua mão, pude perceber o porque disso tudo, era uma foto minha saindo da clínica psiquiátrica.

Gargalhei alto me sentindo completamente aliviada agora, isso não é nada comparado do que eles podem descobrir de mim, eu realmente achava que era algo terrível.

Já no intervalo, todos se encontravam no refeitório, subi na mesa onde eu e meus amigos estávamos sentados e chamei toda atenção pra mim.

— Ei, seus bandos de babacas, sim, sou eu! E por mais que eu não deva explicação nenhuma a vocês, eu tive recaídas, não que seja da conta de vocês, mas se alguém fica de sussurros e olhando pra mim estranho outra vez, creio que vá se arrepender — fiz uma reverência e desci da mesa me sentando novamente ao lado de Brando que ria como uma hiena.

Eu nunca poderia deixar que eles soubessem o verdadeiro motivo de eu estar lá, então prefiro evitar qualquer boato que chegue perto da verdade.

— Como ele está hoje? — sussurrou em meu ouvido.

— Se sentindo preso, preciso tirar ele de lá — sussurrei de volta.

Brando segurou em minha mão e me afirmou no olhar que ele estava comigo nessa.

— Obrigado — dei um beijo em seu rosto e sentir sua carícia em minha mão.

Senti aquele velho sentimento e olhei para o lado vendo que eu estava certa, Nicco estava me observando com ódio em seus olhos.

Dei um leve sorriso e me virei novamente, não quero dar gostinho nenhum pra ele hoje, meu dia está indo bem demais pra ele estragar tudo.

babyOnde histórias criam vida. Descubra agora