Trapaça •° 03

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Eu estou devastado, perdido, deixado de lado

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Eu estou devastado, perdido, deixado de lado. Sempre que eu fico assim, a Heather entra em ação mais fácil e rápida, Sunoo já me encontrou uma vez discutindo com ela, eu estava claro me perdendo no argumento com ela, Heather não é burra é uma garota imaginária bem inteligente. Nossos vizinhos me perguntavam como que eu discutia em casa, porque só tinha eu dentro dela, alguns até cogitaram chamar um padre pra me benzer. Ridículo, eu não tô sozinho, tipo, eu tô mas..deixa pra lá.

Às vezes, em meus sonhos ela aparece, sempre todos eles terminam do mesmo jeito, eu me jogando de um lugar alto e ela tomando o meu lugar, como se fosse fácil me substituir. À noite eu vejo alucinações dela com Sunoo, risos, estralado dos beijos deles, como se eles estivessem aqui, eu ficava muito assim antes, era horrível, eu chamo o Sunoo, chorava por ele.

Eu entrava um buraco preto e vasto, apenas me vendo afundar mais e mais, um hora eu teria que lembrar que o Sunoo estava trabalhando e que aquilo era apenas a minha mente trapaceando. O Sunoo sempre me disse que nunca, jamais ele me trocaria, ele disse sempre isso, mas eu nunca escuto.

Hoje, Sunoo está de folga e o mesmo decidiu voltar à escola, só para colocar suas anotações no caderno e se manter atualizado. Por sorte, nesses dias de suas faltas, não teve provas ou anotações para elas. Ele estudando concentrado é tão lindo, dá um ar de intelectual nele, não que ele não seja.

— Porque tá me olhando? — Sunoo pergunta, escrevendo umas coisas no caderno. — Eu sou tão lindo assim? — levanta a cabeça, sorrindo.

— Você ainda pergunta? — encaro. — Você é tão lindo, que não consigo para de olhar.

— Para com isso Niki, assim eu fico sem graça.

— Para não, você merece ser apreciado. — coloco minha mãos em suas bochechas. — Você é tão lindinho.

Quanta melação, sorte de vocês que o professor de atrasou, se não vocês estariam fora da aula por ficar se amando. — Jungwon entra na sala, e nos interrompe. — Eu gosto de vocês dois, mas isso não é demais não?

Você ainda não namora, um dia você vai se apaixonar e- — Jungwon me interrompe novamente.

Você tá parecendo meus avós, que Deus os tenha. — junta a mãos. — Amém.

— Amém. — Sunoo o imita.

— Amor, não faça isso. E você também não, temos que respeitar os que já se foram.

— Sinceramente você não iria querer conhecer minha vó, eu claramente sou gay, mas pra ela era com se eu tive pegando um verme extraterrestre. — cruzo os braços. — Lamentável.

— Demais. — Sun responde, e volta a suas anotações.

Deu vinte minutos e o professor ainda não tinha aparecido, Jungwon estava matando aula, era matemática. O mesmo ficou com a gente até darem falta dele, logo um garoto entrou em minha sala e chamou o Jungwon, o mesmo entendeu que ele iria ter que voltar se não iria se encrencar um pouco mais.

Jungwon se despediu com um aceno e um sorriso, em seguida chegou uma professora, ela disse que o professor que deveria estar dando aula infelizmente ficou doente e não pode comparecer a aula, e ela iria o substituir.  A sala estava uma bagunça, então rapidamente todos nós voltamos para nossos lugares, e ficando em silêncio.

A segunda aula parecia não terminar nunca, agora era aula de artes, hoje pediram para desenhamos um auto retardado. Me senti mal em saber que isso é uma das coisas que eu, sei fazer direito junto com o Jungwon. Porém não comi a pastilha e não pedi ao Sunoo. A Heather estava bem em minha frente me encarando, me olhanso nos olhos, sempre sorrindo.

" Você deveria fazer um auto retrato de mim, Nikizinho, hoje você tá mais feio do que o normal"

                              " Porque não desenha eu e o
                                                         meu Sunoo, combinamos bem juntos, não?"

  " Você é ridículo, é tão legal brincar
com você,  tão tolinho, e fácil de
manipular"

            "O Sunoo merece alguém menos,
complicado, não acha?"

Ela falava e continuava falando, sempre sorrindo, sempre me irritando, sempre me incomodando. Minha cabeça doía, não era só a Heather falando com comigo, era as vozes também, eu estava aguentando, eu sei queria que isso parasse, e logo.

— PARA, PARA! ME DEIXA EM PAZ! — grito alto e a sala se vira para mim. — Desculpa, por favor eu posso sair por um tempinho?

— Eu vou junto com ele, tudo bem? — Sunoo se levanta na hora e pergunta. — Voltaremos já.

Saímos juntos, e eu pude ver Heather e os outros alunos me encarando, eu queria chorar tanto, tanto. Ela ainda me perseguia, ela aparece a em minha frente, e Sunoo permanecia em meu lado, me abraçando e me assegurando que ela não estava aqui, que ela não era real. Fomos tomar um ar, ficamos na parte externa.

— Se senta. E toma isso. — Se senta uns banquinhos perto de umas árvores.

— De novo, isso? — Suspira. — Isso é amargo.

— Eu sei que é Niki, mas eu já te expliquei sobre isso, não? Por favor, se não vai fazer por você, faça por mim.

— Tá, é melhor fazer, do que não fazer e depois me culpar, por te causar tanto incômodo. — mastigo. — Que ruim.

— É melhor isso do que nada. — guarda a cartela. — Ela ainda tá aqui?

— Tá, mas não fisicamente, só em minha cabeça, falando as coisas de sempre.

— Logo, logo ela some de novo. — Sorri.

— Eu queria que ela sumisse para sempre, mas a Heather não some, e não para até querer ficar com você, e me destruir. — ponho minha mãos em meu rosto, e começou a chorar. — Eu não aguenta mais que prejudicar Sunoo, ela tá certa sempre certa, você merece alguém como ela.

— Ei, ei eu te amo muito Niki, eu não quero ela, lembra, ela não existe, ela é uma fruto da sua imaginação. — Sunoo me abraça forte. — Eu tô aqui com você, eu sei que é difícil, ser a única que segura as pontas, mas você nunca me cansa ou me prejudica, você sendo você já é válido pra mim. — Sunoo se afasta um pouco, e deixa um selar em meus lábios.

— Você não me deixaria, mesmo, mesmo? — seco minhas lágrimas que ainda caíam. — Você me promete, não?

— Quantos vezes eu vou ter que prometer de dedinho, pelo amor da minha vida, que jamais vou me apaixonar por outro alguém? — Solta um sorriso anasalado.

— Para de brincadeira, eu tô falando sério. — dou um empurrãozinho. — E eu tenho que relembrar você sempre, vai que você esquece.

— Nunca vou, eu prometo.

Ficamos mais uns quinze minutos, e depois voltando para a sala, era aula vaga. Jungwon estava lá de novo, com certeza daqui a pouco que o vai buscar é o diretor, mas o garoto não tem medo não, ela sabe que não pode ser suspenso ou mudar de escola.
O dia depois das últimas aulas passou bem rápido e a Heather não parecia, não falava, nada. Estava em um completo silêncio e paz, com isso consignar me concentrar melhor nas minhas atividades e não me apressar nas matérias, de fato hoje foi pior do que ontem, anteontem todos os dias. Mas, ainda tem o Sunoo e o Jungwon para me tirarem do buraco que me enfiei.

Heather | SunKiOnde histórias criam vida. Descubra agora