Capítulo 79

2 0 0
                                    

Permette relembrou as correntes sutis entre Vehen e Min-joo.

Min-joo, incapaz de decidir seus sentimentos por Vehen, estava confusa.

Parecia que ela não o rejeitou nem aceitou seus sentimentos.

Não havia intenção de deixar Min-joo ir silenciosamente, sem sequer tentar.

Porque Permette não era uma ferramenta.

Ele era alguém cheio de ganância, facilmente influenciado pelas emoções.

Ele gentilmente fixou a mão que segurava e apertou os nós dos dedos. Embora o ombro de Min-joo tremesse incontrolavelmente, Permette fingiu não notar.

"Você está progredindo com Sua Excelência?"

Foi ciúme. Min-joo retirou a mão de seu aperto. Foi mais fácil do que ela pensava.

"Eu não entendo o que você está dizendo."

Min-joo decidiu traçar um limite sem ser rude e recuou, criando distância.

Embora ela soubesse exatamente o que estava sendo dito.

Permette sentiu-se impaciente. Ele temia perder para Vehen se esperasse mais.

Permette nunca experimentou a verdadeira propriedade.

O negócio de armas de fogo que ele possuía era de Ceteran, a casa da família pertencia a Vehen, e o único bem, sua família, ele destruiu com as próprias mãos.

Ele queria Min-joo.

Como uma fera perspicaz, ele queria simplesmente devorá-la e engoli-la.

Ele queria estar acima, ser uma criatura feliz, satisfeita por estar plena.

Se ele hesitasse ou demorasse mais, ela seria levada embora.

Ele queria segurar Min-joo nas mãos.

Ele queria confiná-la dentro de seus limites e deixá-la viver no mundo que ele criou.

Quão satisfatório seria escapar de todas as coisas ruins do mundo e viver feliz no belo mundo que ele criou?

Como pessoa, não como ferramenta.

Essa era a propriedade completa que Permette desejava.

Ele não suportava a ideia de mais alguém intervindo.

Se ele conseguisse apenas derrubar o príncipe herdeiro, ele a seduziria e a faria cair em suas mãos com doces sussurros...

Permette cerrou as mãos vazias e depois as abriu, rindo descuidadamente.

Sem nenhum ônus. Muito naturalmente. Fazendo uma pergunta que também era ambígua para recusar.

"Então, e eu?"

Era uma pergunta sem peso, alegre.

Min-joo, conhecendo sua natureza, percebeu que não era apenas um comentário casual.

Foi ambíguo recusar, pois não estava claro se se tratava de uma confissão. Mas parecia melhor traçar uma linha clara.

Min-joo olhou para Permette com uma cara séria e sem riso.

"Somos bons amigos, não somos? Você tem cem anos perfeitos como amigo.

Não chegue mais perto.

Min-joo engoliu as palavras, deu outro passo para trás e se distanciou completamente.

Permette observou as ações de Min-joo com uma expressão calma e depois sorriu como sempre.

I Don't Want To Do a Romantic Comedy With a Villain!Onde histórias criam vida. Descubra agora