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Eu odeio quem inventou as consequências de atos não-pensados! Odeio com todo o meu coração. E é tão cedo para tanta amargura contra o mundo, mas não posso voltar atrás de tamanhas irresponsabilidades que eu fiz ontem, por uma idiota dopamina passageira.
Quando ajo por impulso coisas irreversíveis acontecem! Pois bem, agora estou dolorido, de ressaca, com meu ex me ligando a essa hora da manhã e eu tenho que estar na escola em 20 minutos.
O universo definitivamente está me castigando, como se me matasse a unhada! Aí Deus, só de lembrar os atos que fiz ontem... Eu não tinha agido assim desde que virei um adulto determinado a sair da casa dos meus pais. Voltei às raízes ontem e quando me olho no espelho do banheiro vejo meu caos, meus olhos inchados, meu rosto inteiro vermelho e os cabelos desdenhados, além dos chupões espalhados pelo meu pescoço em uma coloração roxa.
Eu apoio a proibição de venda de bebidas alcoólicas.
Tomo o banho mais rápido da minha vida, penteei meus cabelos às pressas após colocar uma camiseta de gola alta - para cobrir certos inoportunos já que não tenho maquiagem. Coloco uma calça, a crocs de sempre e penso que assim está apresentável o bastante para ir trabalhar. Pego o carro no estacionamento e lá dentro coloco o colete da escola, respirando fundo para encarar mais um dia, um dia que estou comparável a um cocô de pássaro.
[...]
É a hora do intervalo de manhã, tenho finalmente tempo para comer e na cantina da escola mesmo compro dois salgados e um copo de suco, nada saudável mas sustentável até o almoço. Já tomei um remédio para minha ressaca e ajudou para que eu conseguisse pelo menos comer algo.
Imagino que de tarde meus horários serão mais livres, já que tenho apenas uma aula em salas destintas. Assim posso tomar outros remédios ou uma sopa boa para esquentar o estômago.
Enquanto eu me acabava com um salgado, comendo em pé já que não me sinto confortável o suficiente para sentar... Enfim. Meu celular vibra e eu observo o número do meu ex ainda insistindo em sei lá o que.
Pego o telefone na força do ódio e tenho que quase usar força física para não deixar meu estresse aparente. Meus alunos não precisam saber que eu tenho problemas na minha vida social. Inclusive, sorrio e aceno para alguns que me cumprimentam pelo corredor.
- Fala. - Digo baixo, frio.
- Jisung, finalmente! Sua ideia louca de ontem ainda está na cabeça? Eu te liguei tanto, você está agindo sem pensar!
- Aceite, Henry. Não quero papo. Não entendeu ainda o que quero dizer? Está acabado, terminamos, eu não te quero mais! Quer que eu diga de outras formas para ser melhor de entendimento?! Eu estou te dando um chute na bunda!
A chamada fica em silêncio durante alguns segundos, escuto somente sua respiração pesada. Talvez eu tenha destruído o ego de alguém.
- Tá bom, Han Jisung! - Escuto sua voz raivosa do outro lado da chamada e em seguida ele desliga. Suspiro. Finalmente.
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Bonfire • MINSUNG
Fanfiction❤️🔥‡ Jisung tem que ter uma conversa séria como diretor de turma com o pai de um aluno, um pai muito irresponsável e que o Han já sente raiva dele sem nunca tê-lo visto. Mas imagina sua surpresa ao reconhecê-lo de uma noite de loucura onde decidiu...