*Notas da autora:Opa, isso pode estar ficando mais longo do que eu planejei inicialmente. Divirta-se com Wingman-Pansy, com o único que eu posso pegar no pé de Draco Potter e com Blaise, que eu não acredito que sou amigo desses idiotas.
***
O ar estava excepcionalmente quente para outubro. Tinha chovido na noite anterior, mas mal se podia perceber, exceto pela leve umidade na lama entre os paralelepípedos. Draco ficou a um passo inteiro atrás de Pansy e Blaise, os dois deles postados como guardas enquanto faziam seu caminho pela vila. As poucas vezes que ele tinha ido a Hogsmeade desde o início do ano letivo haviam sido abomináveis. Nada poderia deter a enxurrada de olhares, mas Draco podia suportar se mantivesse os olhos na nuca de Pansy.
"Quero fazer uma parada na Madame Malkin", ela disse.
Os passos de Draco vacilaram.
"Você disse só que haveria somente um parada no Brood e Peck", ele resmungou.
Já tinha sido meia hora dela o incomodando para conseguir que Draco concordasse em ir a Hogsmeade em primeiro lugar. Ele tinha ficado sentado na beira da cama com Pansy parada na frente dele, com os braços cruzados e uma sobrancelha franzida. Blaise teve o bom senso de ficar de lado, fingindo interesse em uma pilha de livros na mesa. Draco sabia que ele estava falando besteira, mas também queria se esquivar da conversa para não culpá-lo.
"Por favor, Draco", ela tinha dito. "Não podemos apenas fingir que tudo está normal por um dia?"
Sempre foi difícil para Draco dizer não a ela. Uma vez, ele a considerou sua melhor amiga. Desde então, ele tinha estado reavaliando sua definição de amizade e ainda não tinha decidido como definir o que eles tinham. Pansy tinha se arriscado por ele muitas vezes, mas apenas porque era conveniente. Ela também o abandonaria sem pensar duas vezes para salvar a própria pele, Draco tinha certeza.
Por toda a sua vida, ele tinha pensado que esse era o alcance da companhia. Pegue o que puder, saia quando as brasas ficarem quentes. Ele tinha visto seu pai tratar todos ao seu redor como degraus, sem se importar com o que aconteceria com quem estivesse debaixo dos pés.
Draco tinha sido criado para fazer o mesmo, assim como Pansy e Blaise. Desde que o tapete foi puxado de debaixo de todos eles, eles tinham estado praticamente em queda livre na escala social. Talvez seja por isso que eles ainda estavam juntos. Velhos hábitos morrem com dificuldade.
De qualquer forma, Pansy estava tentando, o que era mais do que Draco estava disposto nos dias comuns.
"Uma parada", ele acabou cedendo. "Talvez duas, se ninguém me irritar."
Com isso, Pansy realmente pareceu feliz, e Draco sentiu seu peito apertado se afrouxar um pouco.
Ele estava se sentindo menos generoso sobre toda a situação depois que Blaise os abandonou e Pansy estava experimentando seu terceiro conjunto de robes.
"Vou me matar", murmurou Draco. Ele sentou no banco infamemente apelidado de 'namorado' que ficava ao longo da parede da área de troca, o cotovelo apoiado em um joelho e o queixo descansando na palma da mão.
"Vá se foder", Pansy rosnou, adornando um cachecol na frente do espelho. "Você é mais obsessivo com suas roupas do que eu."
"Exatamente", disse Draco. "Minhas roupas. Mal posso me dar ao luxo de pensar nas suas."
"Oh, Draco, como você vai encontrar o amor quando não consegue desviar o olhar do seu próprio reflexo?"
Na verdade, Pansy estava olhando fixamente para si mesma enquanto dizia isso.
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Convite
RomansaDraco refletiu sobre o possível primeiro uso do amuleto. O que o mago estava pedindo? O texto não especificava. Quanto à etimologia - o significado da palavra em si era derivado de Eu chamo, invoco- ou a variação húngara do encantamento...Convido. ...