— já tá com saudade? — Dick perguntou assim que atendeu a ligação.
Ele ouviu uma risada sem ânimo do outro lado da linha, logo percebendo que as coisas deveriam estar ruins pra ela também.
— até parece.
Ficaram em silêncio por um minuto e Dick refletiu sobre a idéia de contar sobre o sequestro de Jason.
— meu irmão é suspeito de homicídio — Layla contou.
Foi o que precisou pra Dick desistir de contar. Layla ficaria mais nervosa e preocupada do que já estava.
— eles tem provas?
— poucas — ela se encostou na parede e olhou pra própria mão, vendo o colar ensanguentado dentro do saco. — ele não se lembra por causa da amnésia dissociativa, ficaram mais desconfiados.
— não é o suficiente.
Ela concordou.
— não seria, se ele não tivesse apontado uma arma pra um homem em público a alguns dias.
Dick franziu o cenho e se arrumou na cadeira.
— achei seringas da injeção e pinos de cocaína na gaveta dele — ela disse e ele soltou a respiração. — ele escondeu, então a polícia não encontrou quando investigaram a casa. Acho que a Colméia tá fornecendo as injeções em troca de serviços.
— seu irmão faria isso?
Ela mordeu o lábio incerta.
— Danny nunca lidou bem com o TDI. Pode ser a forma que ele achou de aliviar. Você sabe que a injeção deixa as emoções dormentes.
Ele concordou e moveu a cadeira um pouco, pensando.
— como você tá com tudo isso? — ele perguntou.
— eu não explodi ninguém ainda, então deve significar algo.
Ele riu fraco e ela abriu um sorriso mínimo.
— tô com raiva... Muita raiva. Se não fosse por causa do meu avô, nossa família não teria sido separada e Danny não teria desenvolvido o TDI — ela suspirou.
— precisa me contar a história toda uma hora.
Ela mordeu o lábio.
— é bem triste. Tem certeza que quer ouvir?
— tenho.
Voltaram a ficar em silêncio e Layla sentiu a preocupação e tensão dele, mesmo pelo celular.
— aconteceu alguma coisa? Você tá tenso.
— se ficar mais grave eu te conto — ele disse e ela franziu o cenho.
— agora me deixou curiosa.
— eu sei, desculpa. Eu preciso ir.
Ela suspirou e concordou.
— tudo bem. Só uma coisa Dick.
Ele esperou ela continuar.
— se você estivesse no meu lugar e soubesse de uma pessoa que pode resolver tudo, mas que você odeia, você a procuraria?
— não conheço a história toda, então não posso opinar, Layla. Pense bem e faça o que achar melhor.
Ela concordou.
— obrigado.
— de nada. Tchau Lay.
Ela murmurou um tchau e Dick desligou o celular, o deixou na mesa e passou as mãos pelo rosto enquanto suspirava.
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RED, Jason Todd - NV
FanfictionVermelho Layla era a típica garota solitária, que vive de fones de ouvido e capuz o tempo todo. Viver em Gotham já era uma tarefa difícil, então ela tentava manter sua vida o mais parada possível. Tudo que menos queria era atenção. Queria viver co...