Trust me 3.0

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Gente, eu admito que não pretendia escrever mais kkkk Mas vocês me convenceram a postar mais 1. Ps: não necessariamente os capítulos tem ligação uns com os outros, tá? Mas se vocês quiserem ler como continuação, se encaixar, tudo bem kkkkkk

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Flashback

Anita estava em sua sala, já era noite, ninguém mais estava no prédio. Ela gostava de ser a última a sair, detinha tempo para pensar em paz, organizar sua vida. Até que alguém invade violentamente sua sala e a puxa pelo braço.
-Vem aqui! Verônica rosnou de raiva para a loira, a encurralando na parede e segurando com força seu rosto.
Anita não teve nem como ficar com raiva de tamanha ousadia. A pegada da morena era tão boa como ela lembrava. A loira quase sorriu com isso.
-O que você fez com o Carvana? Verônica exigiu saber.
-Pena que a gente nunca ia dar certo né? A Loira respondeu, muito irônica, mas sempre com um toque de verdade. -Você tem um maridão, dois filhos lindos... Ela falou essa parte com desgosto evidente em sua voz. Elas estavam tão perto que podia sentir a respiração da morena se alterando quando batia em seu rosto.
-Não fala da minha família. A morena reclamou contrariada com a mudança no rumo da conversa.
-Melhor eu nadar, tem que tomar cuidado pra não se afogar. Anita fala, a morena só a larga quando escuta o barulho da arma destravando que a mais alta conseguiu puxar e aproximar de sua barriga.
-Eu podia te matar agora, Verônica. Mas não vale a pena...
Anita falou, com desdém em seu rosto. Verônica sorriu.
-Você não conseguiu ontem, quando atirou contra o carro que eu estava. Verônica foi direta.
-Você não sabe do que tá falando, Verô, vai embora e não entra mais nessa bagunça que você se meteu. Anita travou a arma e a colocou de volta no coldre em sua cintura. Deu as costas para a morena e prosseguiu arrumando as coisas na sua sala. Esperava que a morena tivesse senso e fosse embora, o que não aconteceu.
-Bagunça quem tá fazendo é você na minha vida, Anita, não tá percebendo isso? Você quase me matou, caralho. Verônica falou, voltando a ir em cima da loira, que dessa vez estava cansada da discussão, e se deixou ser jogada novamente contra a parede.
-Quem você acha que insistiu pro Carvana te dar o carro blindado dele? Era só pra te dar um susto, mas você foi insistente e só continuou indo. Eu não pretendia que você se machucasse. Anita fala, dessa vez ela estava realmente cansada de tudo. Ela tinha um tom de arrependimento e tristeza, enquanto usava suas mãos para afastar os cabelos negros e ver o machucado na testa da mais baixa. A loira se culpou mais uma vez por aquilo.
-Você estava comandando o ataque, você errou a maioria dos tiros... Verônica lentamente raciocinou, o que a fez afrouxar mais o aperto que tinha no pescoço da delegada, mas não a largou ainda.
-Eu não podia tá falando disso com você, vai pra casa, Verônica. Vai pro maridinho, esquece tudo isso que eu falei. A delegada fala, mas continua parada, não tenta se livrar do corpo da outra. Na verdade, ela continua mexendo no cabelo da outra, que não se incomodou de a afastar.
-Mas e o Carvana? Cadê o meu padrinho? Verônica, teimosa como era, sempre tinha uma pergunta a fazer. O que fez a loira suspirar, derrotada.
-Eu realmente não sei, Verô. Anita falou, e parecia realmente sincera. O que fez a marra da morena vacilar um pouco. Bom, isso e o perfume da loira né? Que estava tirando seu foco.
-Você sabe por que a gente não deu certo né? E na época, não tinha marido nem filhos.... e você ainda estragou tudo. Verônica solta a mulher mais alta, mas não se afastando da mesma.
-Você nunca vai entender o por quê a gente não deu certo naquele tempo. Eu não podia ficar com você na época, Verô. Eu não saberia estar com você. Anita para de acariciar as mechas do cabelo preto e começa a acariciar os fios próximos à nuca da mulher. Ela claramente percebeu o arrepio que isso causou.
-Você me cortou da sua vida e começou a fazer da minha vida um inferno. Eu passei a te odiar cada dia mais, aí eu conheci o Paulo e bom... o resto é história. Verônica tentava ser coerente em seu pensamento, mas sua mente só focava no calor da mão da delegada, passando por sua pele arrepiada.
-Era melhor te manter longe. Mas você tinha que se meter onde não foi chamada, não é? Você vai ser a causa da minha morte, Verônica. Anita falou séria, o que fez Verônica se arrepiar e dessa vez não foi uma sensação boa. -Eu senti sua falta, se isso vale de alguma coisa. A Loira admitiu, o que fez a escrivã a encarar fixamente.
-Sempre vai valer, Anita. Pena que você demorou tanto tempo pra baixar essa guarda e ter uma conversa comigo. A morena quase parecia magoada, isso quebrou a delegada em tantas partes, que o único jeito que ela pensou em melhorar a situação, foi beijando a morena.
Anita se inclinou e se abaixou um pouco, e tocou seus lábios nos da morena, primeiro de um jeito suave, só um encostar. Esperou a reação de Verônica, que foi agarrar seus cabelos loiros e puxar a boca novamente para a sua.
Pov Anita.
O beijo dela continuava dos Deuses. Na verdade, era até melhor, Verônica hoje tinha mais confiança e mais atitude, sabia o que queria e ia atrás. Isso me atraia como nada mais nessa vida.
O beijo já não era mais suave, era intenso, um pouco apressado. Violento também. Verônica mordia meu lábio inferior, como quem queria me castigar, aceitei calada, por que eu merecia. Fui a empurrando até a colocar em cima da minha mesa. Desci os beijos para o seu pescoço, onde mordi forte e ouvi um grito de surpresa.
-Caralho, Anita. A morena reclamou, a voz ainda ofegante. Eu sorri pra ela, o que a fez me puxar para outro beijo faminto.
Eu segurava sua cintura com tanta força, que ficaria a marca dos meus dedos. Ela segurava meus cabelos, a ponto daquela dorzinha gostosa. Enquanto a outra mão, por dentro da minha blusa, me arranhava inteira. Eu realmente não sei o que teria acontecido, se o celular dela não tivesse tocado naquele instante.
Vi Verônica dar ao celular um olhar mortal e ignorar a chamada.
Ficamos nos encarandobpor alguns segundos silenciosos. Até que ela me puxou e me abraçou forte. Claramente retribui o abraço. Pela diferença de altura, meu queixo ficava acima de sua cabeça. Ela aproveitada para encaixar o rosto na curva do meu pescoço.
-Também senti sua falta. Senti falta do seu cheiro. Verônica murmurou abafado, por causa de onde seu rosto estava. Eu sorri, beijei com carinho seus cabelos e a apertei mais dentro do abraço.
-Isso não pode acontecer de novo, Verô. É muito perigoso, e eu não posso colocar você mais na mira do que você já está. Anita fala, mas suas ações deixavam claro que ela não queria aquilo.
-Um dia você vai precisar me contar tudo, você sabe né? Eu vou descobrir cedo ou tarde. Verônica fala, também ainda agarrada na delegada.
-Uma hora você vai saber tudo, mas não agora. Anita a soltou, depositou mais um beijo, super intenso e violento nos lábios gostosos da morena e se afastou.
-Vai pra casa, Verô. Tenha cuidado. Anita alertou, e Verônica sentiu uma deixa para ir embora. Mesmo com o coração na mão, por novamente elas não conseguirem ter sua chance.
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Veronita one shotOnde histórias criam vida. Descubra agora