Quando Thatcher decide colocar um de seus seguranças para ser o novo guarda-costas de sua filha, ele não fazia ideia de que deixar os dois de baixo do mesmo teto 24 horas por dia era tudo o que Meredith queria.
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Boa leitura!
Meredith Grey
— Cheguei, pai. — Falo alto depois de empurrar a porta para trás e fechá-la. Deixo as chaves na mesa ao lado da entrada e ando até o sofá, largando minha mochila e sentando logo em seguida.
Pego meu celular e antes mesmo de desbloquea-lo minha atenção vai para frente, onde meu pai aparece com as mãos no bolso da calça, sorrindo fraco enquanto chega mais perto.
— Como foi na faculdade? — Questionou, parando na minha frente.
— Foi tudo bem. E o seu dia? — Me ajeitei no sofá, largando o celular por completo.
— Está sendo tranquilo. — Sorriu sem mostrar os dentes — Podemos voltar para o assunto de mais cedo? — Perguntou. Como se eu tivesse outra escolha.
Revirei os olhos. Fala sério.
— Pai.
— Meredith, eu sei que você não gosta de todo esse cuidado, mas ele é necessário. Pode demorar, mas essas mensagens chegarão em você. — Ele se sentou ao meu lado, descansando o braço no encosto do sofá a cima da minha cabeça.
Papai vem recebendo ameaças desconhecidas por e-mail, cartas e mensagens de texto. O medo dele é que essas pessoas cheguem em mim. Não o julgo, sinto aflição por ele e por mim.
— Eu não quero sair rodeada de seguranças na minha volta. É sufocante. Desconfortável. — Expliquei. Abracei uma almofada e observei seu rosto apreensivo.
— Não vou enchê-la de seguranças, prometo. Um guarda-costas com o seu motorista para levar e buscar você onde for preciso e um aqui em casa. Só esses três. — Ele gesticulou com a mão, de uma forma tranquilizadora.
Suspirei. Isso vai ser um saco. A menos que o segurança responsável por mim seja um bem específico.
— E quanto as minhas saídas? Terei limitações até que essas ameaças parem?
— Eu gostaria que você saísse menos, e como eu estarei de viagem poderá trazer seus amigos para cá. — Deu a sugestão. — Ficarei menos preocupado em Londres sabendo que estará mais em casa.
Não respondi de imediato. Obviamente irei aceitar qualquer que seja a orientação do meu pai, até porque é nossas vidas em perigo.
— Tudo bem, eu posso ficar sem sair em alguns finais de semana. — Brinquei, rindo junto com ele. — Mas esses seguranças todos, vão ser conhecidos ou que o senhor a recém contratou? — Pergunto o que eu gostaria de saber desde do início da conversa.
Ele se levantou devagar, tirando seu celular do bolso e clicando algumas vezes na tela.
— Irei colocar o Taylor como seu motorista, o segurança junto com ele será o Andrew e o que ficará responsável por você...
— Shepherd? — Soltei sem querer, com animação demais na voz. Droga.
Papai me olhou torto franzindo as sobrancelhas: Ele mesmo. Como você descobriu?
Dei de ombros, tentando achar uma desculpa.
— Em 5 anos de demissão e admissão de novos seguranças, ele se mantém firme na equipe. — Nossa, até eu não acreditei.
— Você tem razão. Ele é muito confiável, responsável...
Gostoso...
Tenho uma queda enorme por esse homem desde que ele chegou em casa com o rosto fechado, formal, falando somente o necessário e me ignorando completamente. Odeio a última parte mas isso o tornou mais atrativo do que eu imaginava.
Eu nem prestei atenção no que papai dizia para mim, só consigo imaginar o que será de mim, ou do Derek, estando 24 horas por dia na mesma casa.
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