♡Inocente de mais♡(+18)

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Vitória.

_Beatriz, por que estamos aqui em frente a uma boate? Você não disse que era uma pizzaria?

Falo indignada.

_Eu não acredito que você me enganou.

Eu não acreditei que ela me enganou, e só percebi isso quando o taxista parou bem aqui em frente a essa boate no centro da cidade. No caminho até aqui passamos por algumas pizzarias, cheguei a perguntar algumas vezes onde era essa pizzaria, ela sempre me respondia com um "estamos chegando" e agora me encontro parada em uma fila para entrar em uma boate com um medo danado de ser pega ou vista por algum conhecido do Igor. Ele já me apresentou alguns conhecidos, tem o Túlio, seu colega de trabalho, e tem o Ruan, seu sócio em uma clínica, são ótimas pessoas os dois, gostei bastante de conhecê-los.

Mas voltando ao assunto da boate, estou desesperada, nunca vim em uma, não sei como funciona.

_Por que você não me disse que estávamos vindo para uma boate? Além do mais, você é menor de idade, como vai entrar em uma? - Pergunto.

_Para de fazer perguntas, Vitória, e não fica dizendo que eu sou menor. - Responde ela.

_Idiota, eu não vou entrar aí. - Rebato.

_Vai sim ou vai me deixar ir sozinha.

_Mais o que você está dizendo? - Questiono.

_Estou dizendo que vou entrar aqui com essa identidade que está agora em minha mão. - Diz mostrando uma identidade.

_Mas se você mostrar a sua identidade, eles não vão deixar você entrar e então vamos embora, ok? - Digo.

_Ok nada, eles vão me deixar entrar porque nessa identidade eu tenho idade suficiente para entrar nesse lugar. - Ela responde.

Quando ela disse isso, eu entendi perfeitamente o que ela quis dizer.

_Beatriz, você tem uma identidade falsa. - Falo praticamente gritando.

_Fala baixo que vão te escutar. - Ela pede.

_Mas isso é errado e se te pegarem? - Questiono.

_Eu sei que é errado, mas eu queria vir tanto em uma boate que não pensei direito, só fui lá e fiz. - Ela explica.

_Eu mereço isso, e por que você me trouxe junto? - Indago.

_Ora, para você conhecer como é, já que nunca foi em uma assim como eu. Vamos nos divertir, prometo que não vamos demorar. Faça isso por mim. - Ela me pede.

Olho para ela e tomo uma decisão.

_Tudo bem. - Aceito.

_Obrigada, Vitória. - Ela agradece.

_Mas não vamos demorar. - Aviso.

_Tudo bem, não vamos demorar. - Ela concorda.

_Agora me diga, onde estão seus amigos? - Pergunto.

_Então, eles estão lá dentro nos esperando, e você já os conhece. Lembra da Valéria e do Victor. - Ela responde.

Quando ela falou o nome do Victor, tive um pressentimento ruim.

_Sim, lembro. - Respondo.

Por que ela faz esses tipos de coisas? Será que é errado preferir ter uma irmã normal, que não apronta? Resolvo deixar as coisas de lado.

_Agora vamos, é a nossa vez. - Diz ela.

_Beatriz, você é impossível! - Eu digo, balançando a cabeça, mas não consigo evitar um pequeno sorriso. Há algo na audácia dela que me intriga, mesmo que eu saiba que é errado.