IgorNeste momento, encontro-me super nervoso. É a primeira vez que vou falar com o pai de uma namorada minha. Só espero sair vivo de lá. Não posso deixar o meu anjo sozinho, ainda mais com o André por perto.
Neste momento, estou no meu carro junto com Vitória, acabei de buscá-la no trabalho.
- Vai dar tudo certo, amor. - Tenta me consolar.
Eu amo quando ela me chama de amor, isso faz o meu coração se aquecer.
- Assim espero, anjo. - Digo pegando em sua mão e a beijo logo em seguida.
O resto do caminho foi feito em silêncio. Assim que estaciono meu carro na garagem do prédio onde ela mora, meu nervosismo aumenta.
- Vamos. - Diz.
Pego em sua mão novamente e caminhamos para dentro do prédio. Entramos no elevador.
- Ei, estamos juntos nisso, não precisa ficar nervoso. - Sua voz é tão doce e linda. Só de olhar para Vitória, eu me sinto bem.
- Ei, sei. - Chego perto dela e beijo seus lábios doces, que eu amo.
- Isso é bom. - Fala assim que paro o beijo.
- Tenho que concordar com você. - Digo sorrindo.
- Chegamos. - Abre a porta.
Seja como for, não vou desistir dela, aceite ele ou não.
Respiro fundo e entramos pela porta. Sua família se encontra todos na sala, pelo menos o André e a Lara não estão aqui, menos mal.
- Boa noite, família. - Diz uma voz muito empolgada perto de mim.
- Boa noite, filha. - Diz seu pai beijando seu rosto.
- Boa noite a todos. - Digo.
- Boa, doutor. - Sua irmã Bia fala.
- Vem, senta aqui. - Dona Ana diz apontando para o sofá do outro lado.
- Nada disso, amor. Primeiro vamos ter uma conversa de homem para homem. - Diz me olhando.
- Affs, só você mesmo para essas coisas. - Murmura sua esposa.
- Só não mata ele, pai. - Bia sendo Bia.
- Bia! - Repreende o meu anjo.
- Pai, seja paciente. - Diz ela me olhando e depois olhar para seu pai.
- Eu vou ser, filha. Agora vamos, doutor. - Caminha na frente e vou logo atrás. Não sem antes eu escutar um "boa sorte" de todas, coisa que me faz rir.
- Entre. - Diz sério.
Entro na frente e logo atrás vem ele. Tranca a porta e aponta para o sofá no canto do escritório. Vou até o mesmo e me sento.
- Bom, senhor Marcos, vou direto ao ponto. - Começo a dizer.
- Vá direto ao ponto, gosto disso. - Diz para mim.
- Então, quais são as suas intenções com a minha filha? - De novo essa pergunta.
- As melhores possíveis. - De novo essa resposta.
- Melhores possíveis como? - Lá vamos nós.
- Se o senhor está preocupado com fazê-la sofrer ou que eu apenas esteja a usando, pode ficar tranquilo que essa não é, e nunca foi, a minha intenção.
- Continue.
- Antes de fazer a Vitória sofrer, eu prefiro me machucar do que fazê-la chorar. Ela é a pessoa mais boa, gentil, carinhosa e atenciosa que eu já conheci. Eu nunca vou fazê-la chorar, você pode ter certeza de que as únicas lágrimas que ela vai deixar cair serão de felicidade.
Digo tudo de uma vez. Só espero que eu não tenha falado besteira.
- Eu sei que você não vai fazê-la sofrer. Vejo nos seus olhos que você está apaixonado pela minha filha, assim como eu vejo nos olhos dela todas as vezes que vocês estão juntos. Eu vejo o brilho nos seus olhos quando a vê, assim como acontece com ela.
Diz.
Então o meu anjo também me ama.
- Vou dar a permissão para você namorar ela, mas vou ficar de olho em você.
Fala.
Suspiro aliviado e também feliz. Até um sorriso bobo apareceu nos meus lábios.
- Obrigado, senhor. Prometo fazer a sua filha muito feliz.
- Assim espero. Você é uma boa pessoa, doutor. Agora vamos antes que elas pensem que eu te matei aqui. - Sorri para mim.
- Vamos então. Posso te chamar de sogro agora? - Pergunto, brincando.
- É melhor não exagerar, ainda é difícil saber que a minha bebê está namorando com um marmanjo como você.
Diz triste.
É melhor eu ficar calado, vai que ele mude de ideia.
Quando entramos na sala novamente, o meu anjo correu até mim e me abraçou.
- Graças a Deus, pai, que você não matou um gato desses.
Bia fala.
- Filha! - Sua mãe ri da sua maneira de falar.
- Você tem tão pouca fé em mim, abacate.
O pai a abraça e a enche de beijos. Vejo que eles são uma família amorosa.
- Abacate não, pai. Que tal Moranguinho?
Vejo o meu anjo sorrir contra o meu peito.
- Então, como foi, querido?
- Foi bem, amor. O Igor é o mais novo membro da família.
- Isso significa que a Vitória está namorando.
Bia e a sua boca grande.
- Só falta eu agora, pai.
Diz o olhando.
- Mas não a pau, você vai ficar para titia.
Diz sério.
- Olha ele, mãe.
Corre para sua mãe, que estava sorrindo.
- Não liga para ele, filha. Parabéns, Vitória. Bem-vindo à família, Igor.
- Obrigado, Ana. - Digo feliz.
- Agora vamos jantar.
Todos fomos direto para a cozinha.
O jantar foi muito bom. Sorri bastante com a Bia e seu pai.
Pela primeira vez na vida, eu me sinto bem e feliz. Mais o que eu não sabia era que essa felicidade estava contada e que eu ia fazer o meu anjo sofrer.
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Continuar.
Espero que gostem.
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♡Inocente de mais♡(+18)
Ficción históricaVitória é uma linda mulher com o rosto angelical, que ama a todos, especialmente sua família, buscando sempre vê-los felizes. Ela trabalha como professora de dança, demonstrando dedicação, obediência e inocência, acreditando na bondade do próximo. P...