Há pessoas iluminadas que trazem cor a sua vida.
Já outras, te faz gostar da escuridão.Os meus pesadelos já estavam tão familiares que o suor passeando pelo meu corpo e meu peito se contraindo como ondas do mar não me afetava mais. Abri os olhos lentamente tentando engolir a ardência que minha garganta supria à cada instante, estava com sede e uma dor apontava atrás da minha cabeça. Movi minuciosamente minha cabeça para o lado, na qual seria possível ver o rosto de Lynd completamente amassado por seus próprios punhos. A garota de cabelos dourados tinha uma mania adorável de adormecer com a lateral do rosto apoiado em suas próprias mãos, seu corpo ficava estranhamente alinhado na cama. Ao contrário de mim, que não conseguia dormir apenas de um lado, precisava desvendar minuciosamente o espaço do colchão que dividia com a loira todos os dias.
O meu olhar desceu diretamente para seu corpo completamente adormecido na cama e como uma consequência inconveniente minha sede aumentou. A pele da garota ficava reluzente com o sol entrando pela fresta da janela, o tecido de sua pele era tão fino que eu poderia desenhar as linhas da suas veias arroxeadas e verdeadas em suas pernas, braços e pés. Os seus vasos sanguíneos era facilmente dilatos a cada momento de estresse que eu a fazia sentir. Era perceptível seu desconforto em meio a uma discussão, mas eu não ligava.
– Amor, acorda! – Balancei seu corpo para que ela pudesse despertar. Em vão.
– Lynd, estou com sede. – Manisfetei, sentindo a ardência da minha garganta aprofundar. Mexi novamente em sua cintura, mas a garota continuava dormindo. O seu sono era leve, poderia jurar que aquilo era uma encenação. — Qual é, amor! Estou com sede, me passa a garrafa ao seu lado. – Contornei a voz, deixando-a mais evidente.
– Hmm... Pega v- Sua luta contra o sono era perceptível, ela realmente não conseguia nem terminar a frase. Suspirei fundo passando a mão nos cabelos que já estavam grandes. Admito que odiava quando meu cabelo crescia mais do que 4cm.
– Você está mais perto. –Rebati com a voz carregada de rouquidão. – Pega a garrafa e eu vou te deixar em paz. – Constatei. – Agora.
– Caramba, Thomas, que inferno! – A garota se rebateu nos lençóis e moveu seu braço a um curto espaço, alçando a garrafa de água do seu lado e simplesmente arremessando na minha direção.
— Caralho, qual é o seu problema? Era melhor não ter pegado essa porra. – Era nítido que eu estava puto. Qual era a dificuldade de pegar uma garrafa que estava ao seu lado? Odiava o fato de alguém fazer algo por mim, mas ela era minha noiva, uma garrafa de água era um mínimo. — Não fode, não quero essa água. – Arremessei a garrafa de plástico de volta ao seu corpo, acertando seu braço. Eu poderia ter colocado força em jogar, mas só estávamos começando o dia.
– É sério, Thomas?! Eu estou dormindo e você acha que eu tenho que acordar pra te passar uma garrafa de água?! Você jogou a garrafa em mim, garoto! – Os cabelos dela estavam bagunçados, o seu seio esquerdo estava descobertos pelo tecido da camisa que usava, sua veia jugular exaltava na lateral do seu pescoço e a única coisa que conseguia reparar era no tom da sua voz, estava mais fino que o normal. Irritante. Fechei os olhos sentindo pontadas de dor afetar atrás e as laterais da minha cabeça.
Abri novamente os olhos e encarei a mesma com uma irritação evidente no olhar, puxei o lençol e joguei sobre seu culon e me levantei da cama. Não precisei falar nada. Não queria escutar sua voz fina arranhando meus tímpanos.
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MAGNIFICENCE - ORIGINAL STORY.
Roman d'amourO matriarcado não se retém nas decisões de um homem contra uma mulher, mas ele saberá das consequências. Amyah, em sua mais pura essência, tem o prazer de punir aqueles que um dia ousaram em afetar sua posição na empresa. E bem, Thomas será seu pior...