ℳ𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑟𝑐𝑖𝑒𝑟.

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"𝐕𝗼𝗰𝗲̂ 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝘃𝗮𝗶 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰𝗲𝗿, 𝗲 𝗲𝘀𝗾𝘂𝗲𝗰𝗲. 𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗱𝗼𝗿 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝘃𝗮𝗶 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗿, 𝗺𝗮𝘀 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮. 𝗩𝗼𝗰𝗲̂ 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗲́ 𝗲𝘁𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗺𝗮𝘀 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲́."

-𝗖𝗹𝗮𝗿𝗶𝗰𝗲 𝗟𝗶𝘀𝗽𝗲𝗰𝘁𝗼𝗿.

Mais uma vez, o céu de Londres se via encoberto por nuvens negras, indicando que a chuva logo chegaria

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Mais uma vez, o céu de Londres se via encoberto por nuvens negras, indicando que a chuva logo chegaria. Enquanto observava os carros movimentando-se de um lado para o outro, meus olhos se fixaram em um conversível vermelho que desapareceu rapidamente de vista. Pertencia aos Cullens, meus vizinhos. Embora gentis, havia algo neles que me parecia estranho. No entanto, quem sou eu para julgar? Afinal, minha própria família é tão peculiar quanto eles.

O grito de Lysandra ecoou do segundo andar, interrompendo o silêncio da casa.
-Dora, já está arrumada? - Sua voz reverberou pelas paredes, carregada de urgência.
- Sim, senhora! - Minha resposta foi rápida e firme, enquanto eu me erguia com agilidade do peitoral da janela onde estava sentada. Com gestos rápidos, dei leves batidinhas em meu vestido amarelo, cujos detalhes quadriculados. Caminhei vagarosamente em direção à escada, onde minha mãe aguardava.


Assim que me vê, um sorriso se abre em seus lábios. - Está linda, querida - ela elogia, enquanto delicadamente ajeita alguns fios rebeldes do meu cabelo, que desafiaram meu coque simples, mas bem feito. - Você acha que a chuva vai chegar ao Beco Diagonal?
- Sim, eu acredito que sim - respondo, olhando para o céu cada vez mais
- Então pegue uma sombrinha,
querida. - ela sugere gentilmente, enquanto eu me preparo para sair.

Caminhávamos tranquilamente até uma loja antiga, cujas paredes mostravam sinais de ruína, posicionada diante da movimentada Charing Cross Road. Enquanto passávamos pela entrada, observamos alguns bruxos, alguns visivelmente embriagados e outros apenas desfrutando de uma refeição apressada, movendo-se agitadamente dentro da loja. Seguimos em direção à parte de trás do estabelecimento, onde uma parede de tijolos nos confrontava. Com habilidade, utilizei a ponta da minha sombrinha para traçar um movimento anti-horário na parede, desencadeando a formação do portal que nos levaria ao Beco Diagonal.

Nas vitrines ao longo da rua, arranjos coloridos e brilhantes capturavam o olhar dos transeuntes, exibindo uma variedade de livros de feitiços, ingredientes mágicos e caldeirões para poções. A chuva começou a cair suavemente do céu, e eu rapidamente abri minha sombrinha para nos proteger do aguaceiro iminente.
- Você estava certa sobre a chuva - observou Lysandra.

- São meus sentidos afiados - repliquei, em tom de brincadeira.
Seguimos em frente, em direção ao Banco Gringotes. O silêncio solene dentro do banco era interrompido apenas pelo eco dos meus saltos ressoando pelo corredor.
Diante de um dos duendes, Lysandra anunciou com determinação:
- Vim guardar um item no cofre.

O duende levantou seu olhar penetrante, reconhecendo-a imediatamente.
- Madame Black, é a senhorita Elladora. Sejam bem-vindas novamente. Está com a chave?
Ela entregou a chave com um gesto preciso, colocando-a cuidadosamente sobre a mesa.

- Me sigam, por favor - solicitou o duende, conduzindo-os com sua habitual seriedade pelos corredores do banco.
Adentramos e seguimos abaixo do salão principal, onde os cofres se encontravam. Um vagonete já estava à espera, pronto para nos levar ao local designado.

O vagão deslizava suavemente pelos corredores escuros e estreitos dos cofres do banco, com o duende à frente conduzindo com segurança. Não demorou muito até chegarmos diante de um grande cofre, adornado com a inscrição "Sr. Scorpius e Sra. Lysandra Black".
- Chegamos - anunciou o duende, sua voz grave ecoando pelo corredor enquanto o vagão diminuía a velocidade e parava em frente ao cofre designado.

Com um estalo metálico, o duende abriu o cofre, revelando uma visão deslumbrante de Galeões, as preciosas moedas bruxas, empilhadas em montanhas reluzentes junto a outros tesouros. Com uma expressão serena, Lysandra retirou uma pequena caixa do bolso, segurando-a com reverência. Com movimentos precisos, ela a colocou suavemente dentro de uma gaveta de uma escrivaninha antiga, que repousava imaculada dentro do cofre, preservada ao longo dos séculos. O suave clique da gaveta fechando-se ecoou pelo espaço, marcando o fim de mais uma visita ao cofre familiar.

Diante do cofre, enquanto me preparava para fechá-lo, uma lembrança me ocorreu.
- Espere um momento - murmurei, adentrando um pouco mais no interior do cofre. Minha busca foi recompensada quando encontrei o pequeno colar com um pingente redondo, delicadamente decorado com serpentes entrelaçadas. Na parte de trás, as palavras "Toujours Pur" estavam gravadas, o lema duradouro da família Black.
- Este é para você - minha mãe ofereceu, com um tom que revelava uma mistura de ternura e resignação.
- É exatamente o que eu tinha em mente - respondi, aceitando o colar com reverência. O peso da tradição e da linhagem dos Black, uma herança que eu estava disposta a honrar.
Segurei o colar firmemente entre os dedos, deixando-me envolver pelas lembranças dos dias em que vinha ao Beco Diagonal com meu pai. Ele sempre me levava ao cofre para retirar Galeões, sempre avistava este colar, mas nunca senti a necessidade de tê-lo para mim. Com um suspiro, dei meia volta e saí do cofre.

Saindo do banco, virei-me para Lysandra com curiosidade. - O que havia na caixa? - perguntei, ansioso por respostas.
- Em outro momento você saberá - ela respondeu enigmaticamente e eu suspiro.
- Vamos visitar algumas lojas?- sugeriu, mudando rapidamente de assunto.
- Quero ir na loja de animais mágicos- declarei com empolgação.
- Animais? Como quiser - concordou ela, passando as mãos em meus ombros e me guiando através da multidão do Beco Diagonal.

O sino da loja ecoou, anunciando a chegada de novos clientes.
- Bem-vindas, senhoritas. Sintam-se à vontade - cumprimentou um homem magro de pele pálida, posicionado atrás do balcão.
Deixei meu olhar percorrer o ambiente, observando os diversos animais mágicos à venda. Cada gaiola e aquário continha uma variedade fascinante de criaturas.

Concentrada em observar algumas corujas, sinto um movimento suave entre minhas pernas. Ao olhar para baixo, deparo-me com um gato cinza de pelos volumosos e olhos amarelos penetrantes. Parecia ser jovem e exibia uma expressão curiosa. Agachando-me, estendo minha mão para acariciar seus pelos, e ele aceita o gesto com tranquilidade.

- Este é o Fumaça, o gato da loja. Ele é um Meio-Amasso, aqueles gatos inteligentes que resolvem problemas por conta própria e possuem a habilidade de reconhecer pessoas não confiáveis, o que ajuda a loja a identificar ladrões - explicou o vendedor, enquanto eu acariciava o felino.
Olhei para o gato, fascinada por suas habilidades.
- Quanto você quer por ele? -perguntei, esperançosa.
- Ele não está à venda, madame - respondeu o vendedor com firmeza.
Minha mãe se aproximou do balcão, pronta para intervir.
- Eu resolvo.

- Ele parece ter se apegado a você - comentou Lysandra, observando o gato deitado confortavelmente em meu colo no sofá

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- Ele parece ter se apegado a você - comentou Lysandra, observando o gato deitado confortavelmente em meu colo no sofá.
- Sim, eu também senti isso - respondi, acariciando suavemente o pelo macio do gato. - Será que vão permitir que eu o leve para a Escola?

𝕾𝖔𝖗𝖈𝖎𝖊̀𝖗𝖊  ʲᵃˢᵖᵉʳ ʰᵃˡᵉ (HIATUS!)Onde histórias criam vida. Descubra agora