My problems, my responsabilities

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Para entrar na vibe desse capítulo escutem essa música da Seori, essencial pra entender o que vem por aqui.  

O capítulo carrega alguns gatilhos envolvendo violência física/sexual (não está explícito porque é algo que me incomoda para ser escrito, mas ainda dá indícios de que uma violência aconteceu), mas se é um incômodo para você, por favor não leia.

O capítulo carrega alguns gatilhos envolvendo violência física/sexual (não está explícito porque é algo que me incomoda para ser escrito, mas ainda dá indícios de que uma violência aconteceu), mas se é um incômodo para você, por favor não leia

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Todos disseram que talvez em outra vida você e Eun-ji teriam sido ótimas amigas, talvez até irmãs e você não discordava. Quem sabe aquilo tudo não fosse um sinal para um encontro belo de outra vida. Você não sabia, era tudo falácia e teoria, mas você preferia levar as coisas por essa ótica do que lidar com a verdade nua e crua que passava por seus olhos. Era muito mais fácil dizer que certas coisas aconteciam porque tinham que acontecer, do que pensar racionalmente sobre como aquelas coisas na verdade aconteciam. Você mais do que ninguém sabia disso, se você fosse pensar racionalmente sobre todos os problemas que apareceram ao longo de sua vida, provavelmente, iria ao seu ápice da loucura. Então, sim. Você cedeu a acreditar e seguir o caminho das coisas que eram mais fáceis. Algumas coisas aconteciam por que deviam acontecer, esse era seu lema agora.

Então quando você foi convidada para participar do "Knowingbros" para começar a promoção de suas atividades de volta na indústria musical e soube que a segunda convidada era Eun-ji você mais uma vez só aceitou. Talvez fosse o destino. O maldito destino que passou a vida inteira de pregando peças e te enganando de maneiras maliciosas, agora estava colocando a sua frente um dos seus maiores medos, aquele de quem você fugiu o quanto pode, a garota que roubou um coração que por muito tempo você pensou que pertencia a você.

No primeiro ano após o término tudo que se relacionava a Eun-ji te fazia mal, desde sua pessoa, a conhecidos que compartilhavam, fotos na internet, roupas, perfumes ou jóias que lembravam seu estilo...Deus! Até a maldita franja que você via em garotas asiáticas te lembravam Eun-ji. Mas você nunca odiou Eun-ji de fato pelo o que ela fez, mas sim pelo o que ela lhe fez sentir. Eun-ji fez você se sentir imatura, insuficiente, indesejável.

Era engraçado como em grande parte da sua vida você foi bajulada por fãs e outras celebridades, mas o simples fato de seu namorado ter te traído com uma garota que você considerava atraente desestabilizou sua confiança de anos por inteiro. Você era uma piada, Sunny Kim era uma piada. Uma personagem tão bem montada que subia em palcos para cantar histórias de amores impossíveis, luxuosos e fantasiosos e quando não isso, sobre mensagens de autoconfiança e uma ostentação tão vazia quanto sua personagem. Você rebaixou-se durante anos sobre quem você era, você nunca dirá isso em voz alta para alguém, mas no fundo, Sunny Kim, no fundo você se sente uma farsa.

E como um monstro que mora dentro do seu armário e sabe tudo sobre você, Eun-ji te olha agora como se soubesse de tudo isso. Ela te olha como se reconhecesse seu eu por baixo de todo aquele fingimento. Talvez (mais uma vez partindo de sua falácia e teoria) ela só saiba disso porque apenas um farsante é capaz de reconhecer um outro. Vocês são duas farsantes jogando o mesmo jogo, duas rainhas em um mesmo tabuleiro que queriam um mesmo rei, a coisa é que você nunca foi boa em xadrez.

You're On Your Own, Kid (Taylor Swift)Onde histórias criam vida. Descubra agora