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  Pov Natália

- Meninas, não precisam ficar tímidas, tá?! Vão fazendo movimentos livres, e o resto deixa comigo. - Aviso as modelos que até então estavam demonstrando bastante timidez para as fotos de lingerie.

Conseguir fazer fotos lindas, as modelos foram se acostumando com a câmera e no final deu tudo certo.

- Natália, você não tem vontade de dar aula de fotografia? - Uma das modelos que no momento não me recordava seu nome, se aproximou ainda usando apenas a lingerie.

- Acho que não tenho vocação como professora. A única pessoa que eu tive paciência de ensinar a pegar em uma câmera, foi minha noiva. - Ela parece ter ficado surpresa ao escutar eu falar de Carol.

- Queria muito aprender, adoraria ser sua aluna. - Ela coloca uma de suas mão em meu ombro e dá um sorriso como se estivesse tentando flertar comigo.

- Uma pena, querida. Mas se quiser posso passar contato de algumas pessoas que eu conheço e dão aula. - Me afasto dela e começo a guardar minha câmera em minha bolsa.

- Não precisa, só estava interessada em você mesmo. - Ignoro sua fala de duplo sentido.

- Que pena. Agora se me der licença, eu já vou embora.  - Pego minha bolsa e saio em direção a garagem.

  Carol hoje havia avisado que não conseguiria sair para almoçar, já que estava com muitas coisas para fazer em seu laboratório. Então como uma ótima noiva, decidir comprar almoço pata nós duas e visitar ela em seu trabalho.

  Não demorei mais de 2h para comprar a comida e chegar no laboratório de Carol. O lugar era cheio de coisas que eu tinha medo até de pegar e causar uma explosão. Não sei como Carol consegue entender tudo isso.

Entro na sua sala, e vejo ela de costas para mim. Estava muito concentrada em seja lá o que ela estivesse fazendo. Ulisses é seu colega de trabalho, e ex namoro dela.

No início isso me incomodou um pouco, mas depois percebi que não fazia sentindo eu me sentir insegura por contar dele.

- Licença. - Dou dois toques na porta que já estava aberta, apenas para chamar a atenção da minha noiva.

- Amor, que surpresa boa. - Carol tinha suas luvas e óculos de proteção e caminha até mim. Nos cumprimentamos com um selinho não muito demorado.

- Como você falou que não conseguiria sair para almoçar, eu decidir trazer sua comida e fazer companhia, seu puder, claro. - Ela me olhar com um sorriso lindo e me beija de novo.

- Eu vou adorar sua companhia.

- Cadê Ulisses? - Pergunto enquanto me sentava em umas das cadeiras que tinha em sua sala. Carol começou a abrir as embalagens da comida.

- Ele saiu para almoçar. Parece tá meio estressado com os resultados da pesquisa que ele está fazendo.

- Acho que eu me estressaria só em entrar nessa sala. - Brinco.

- Como foi seu dia?

- Nada novo. Fotos, modelos, lingerie. - Falo demonstrando temido e Carol me olha.

- Lingerie? - Ela pergunta tentando fingir naturalidade. - Não sabia que fazia fotos desse tipo.

- Não costumo fazer. Mas as vezes aceito por insistência da empresa. - Ela senta ao meu lado e começa a comer.

- E essas mulheres são bonitas?

- Amor, são modelos, óbvio que são bonitas. Acredita que uma veio de gracinha pra cima de mim hoje?! - Falo rindo ao lembrar do acontecimento.

- Você acha engraçado? - Olho pra Carol e vejo seu semblante sério. - Não sabia que costumava receber cantada dessas garotas.

- Carol, você tá com ciúmes?

- Não. Só não achei legal saber dessa parte do seu trabalho.

- Isso não faz parte do meu trabalho, Carol. Meu trabalho eu faço com total profissionalismo, agora não tenho culpa se acontece de as vezes acabar recebendo alguma cantada.

- Então já é rotina isso. - Eu sempre achei fofo as vezes que Carol sentia ciúmes, ela nunca admitia de primeira. - Eu tô com muitas pesquisas pra fazer. - Ela fala enquanto levantava e colocava sua marmita de volta na mesa.

- Tá querendo que eu vá embora? - Ela faz um sinal de concordância sem olhar pra mim. - Carol. - Levanto e fico de frente pra ela. - Olha pra mim. - Ela me olha sem demonstrar muito interesse. - Você tem todo direito de sentir ciúmes, e na verdade eu amo esse seu jeito emburrado quando tá com ciúmes. Mas me tratar como se eu tivesse feito algo de errado, aí eu não aceito.

- Eu não estou te tratando assim, Natália. Eu só quero continuar o meu trabalho, só isso. - Ela começa a colocar novamente suas luvas.

- Ok. - Pego minha bolsa.

- Natália. - Carol me chama, mas eu ignoro. Saio do seu laboratório e dirijo direto para casa de Lara.

25 Years Waiting For YouOnde histórias criam vida. Descubra agora