"Tá tudo bem, velhote. Eu me garanto." Satoru Gojo falou, olhando diretamente para Strawberry, em seguida, seu olhar de confiança caiu sobre Karasuke.
O último cerrou os punhos pois não suportava aquele olhar.
Karasuke não sabia o motivo desse cara continuar com esse comportamento confiante mesmo estando em total desvantagem.
"Suspiro..."
Karasuke respirou fundo, se acalmando. Em seguida, andou até a floresta junto de seu companheiro.
"Você não vai durar muito nesse lugar, senhor-privilegiado." Karasuke deu um tapinha no ombro de Gojo antes de sumir na densa vegetação.
Strawberry bateu com suas duas mãos, ordenando que todos os recrutas entrassem na floresta. E assim foi feito.
...
Assim que pisou na floresta da ilha Koya, Satoru Gojo pôde perceber o ar pesado que aquele local possuía.
"Preliminar, hein...?"
A ilha Koya possui uma extensão de cerca de 10 quilômetros quadrados e uma largura média de 1 quilômetro. Seu tamanho e ambiente eram perfeitos para o número de recrutas que havia restado.
Desde o momento em que pisou nesse mundo, Gojo notou que os métodos de treinamento eram um tanto diferentes que os do anterior. Primeiramente, a parte mental era treinada repetidas vezes durante os meses em marineford, tudo para que os recrutas possam enfrentar situações extremas sem perder a calma.
"Bom, talvez não tenha funcionado muito bem..." Satoru Gojo suspirou em deboche.
Alguns minutos se passaram naquela floresta e, nesse tempo, Satoru Gojo pensou em qual seria seu primeiro movimento.
"Se o objetivo é conseguir 50 pontos, a maioria dos recrutas deve seguir o caminho mais fácil..."
Strawberry havia dito antes do teste iniciar que, não importando o método, o objetivo principal é conseguir 50 pontos.
Esses pontos só serão conquistados ao exterminar Bestas de rank espalhadas pela floresta. Bestas de Rank D ficam na parte menos densa da floresta, enquanto as de Rank S ficam no centro.
"Devo seguir o caminho mais fácil e matar cinco bestas de rank D?"
Sua boca se curvou em resposta a sua própria pergunta, "Até parece..."
Satoru Gojo seguiu em frente, adentrando ainda mais na floresta.
...
No centro da ilha, uma pequena figura podia ser vista caída no chão. Sua testa sangrava e seus sentidos estavam claramente afetados pela pancada.
"O que... aconteceu?" Seus olhos mal conseguiam se manter abertos e, para piorar, quanto mais ele olhava ao redor, aquela vegetação verde por todos os lados o deixava ainda mais tonto.
Depois que recuperou os sentidos, ele se levantou, tentando explorar o lugar. Porém, seu corpo paralisou assim que ouviu um rosnado vindo de trás dele. O garoto engoliu em seco e se virou lentamente. Encontrando uma criatura parecida com um coelho olhando para ele como se quisesse matá-lo. O coelho tinha olhos totalmente vermelhos que lembravam sangue.
"O que diabos é essa coisa?" Pensou enquanto franzia a testa. Ele estava assustado, seu coração parecia prestes a saltar pela boca sempre que ele olhava nos olhos daquela criatura.
Ele imediatmente se virou e saiu correndo, mesmo que o coelho fosse pequeno, ele tinha garras muito afiadas. Depois de uma curta corrida, ele virou a cabeça para procurar a besta, mas quando seus olhos pousaram no local onde o coelho estava há pouco, não havia nada além de uma poeira que voava por toda parte.
Ele se virou para correr mais rápido, mas naquele momento viu o coelho pulando em sua direção pela frente. Ele tentou se esquivar, mas a criatura também mudou de direção no ar.
“Não! Eu não quero morrer!” Ele gritou.
O coelho balançou a sua garra, apontando diretamente para seu peito. O garoto tentou cobrir o peito com as mãos, mas já era tarde, uma ferida profunda surgiu em seu peito no momento seguinte.
Seus gritos ecoaram pela ilha enquanto seu corpo caía no chão devido à dor. Seus olhos reviraram e sua visão ficou turva, ele viu o coelho um pouco longe, sua expressão fazia parecer que aquela besta estava gostando de ver todo aquele sofrimento.
Lentamente, o coelho começou a pular em sua direção. O garoto pensou que este era o fim e que sua vida chegaria ao fim. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e ele começou a se lembrar de sua família, seu pai rígido, mas amoroso e sua mãe carinhosa.
"Quero voltar para casa, quero ver minha família... alguém, por favor me ajude!", Pensou, rastejando e tentando encontrar algo com que pudesse ferir o maldito coelho. Ele encontrou uma pequena pedra, jogou-a na criatura. Nada de especial aconteceu, a pedra não feriu o coelho, pelo contrário, apenas o enfureceu ainda mais. A criatura pulou, pronta para matá-lo.
Em uma última tentativa, o garoto virou seu corpo rapidamente para o lado e seus olhos pousaram sobre um galho de árvore pontiagudo. Pegou-o imediatamente, não teve tempo de pensar, seu corpo apenas se moveu por instinto e, antes que o coelho pudesse acertá-lo, o graveto penetrou em um dos seus olhos. A criatura gritou de maneira assustadora, sua dor podia ser sentida por qualquer um apenas ao observar aquela situação.
O coelho se afastou, dando alguns passos aleatórios para trás enquanto tentava puxar o pedaço de árvore que estava cravado em seu olho.
O garoto olhou aquela cena com esperança e, enquanto o coelho grunhia de dor, usou suas poucas forças que ainda restavam para levantar e seguir sua fuga.
"Preciso sair daqui, preciso sair daqui!"
Sua respiração estava pesada e seus passos lentos deixavam um rastro de sangue. A todo momento, ele dava pequenas olhadas para trás. Alguns minutos foram o suficiente para que ele se afastasse e se misturasse na floresta novamente.
Ele se escondeu em uma árvore e ficou parado por um tempo, recuperando o fôlego. "Eu tenho que voltar para a borda da ilha".
Assim que afastou suas costas da árvore, pôde sentir a morte se aproximando. Seu pescoço virou para trás e um calafrio tomou conta do seu corpo ao ver a figura daquele coelho novamente.
A besta estava parada, olhando na sua direção com olhos penetrantes e raivosos. Seus braços e pernas paralisaram e, em sua mente, só existia a aceitação da morte.
"Adeus... mãe, pai..."
O coelho pulou em sua direção, ainda com um pedaço do galho cravado em seu olho. Porém, antes que ele pudesse tocar o garoto, seu corpo foi arremessado para longe. O coelho atingiu uma árvore, a quebrando. Ele levantou-se rapidamente, ainda atordoado e sem entender o que estava acontecendo.
O garoto olhou para aquela cena com surpresa, seu coração ainda estava acelerado.
"Você tá bem?"
"Esse cara acabou com você, né?"
Aos seus olhos, um recruta com cabelos prateados estendia a mão em sua direção com um sorriso no rosto.
...
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One Piece: O Pirata Dos Seis Olhos
Fanfic"Esse cabelo branco... eu o reconheço!" Akainu disse enquanto o suor escorria de sua testa e sua expressão mostrava seu nervosismo. "Cabelos brancos? Não me diga que aquele pirralho está metido nisso outra vez!" Sengoku socou sua mesa ao dizer, sua...