] O Tempo Parou [

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— Olha lá, Tae-hyung. Acho que é ali. — Dissera Eun.

Foi um sacrifício para os dois saírem do vagão de animais sem serem vistos. Tae-hyung precisou subir em um cavalo pra alcaçal uma janela minúscula e empurrar sua irmã por ela.

Quando chegou sua vez de pular, ele ficou de pé, o cavalo gritou e tentou derrubá-lo, mas o menino conseguiu se jogar e se pendurar na janela.

Depois que atravessou, precisaram enganar a segurança de que se perderam dos pais.

Quando um casal passou, eles correram até eles e agradeceram ao segurança.

Pensaram que era só seguir eles de fininho, mas o casal entrou em outro trem.

Eles estavam perdidos.

Então Eun viu uma multidão seguindo pelas escadas e eles correram até lá, mas ao descobrir que as escadas subiam sozinhas, os dois ficaram abismados e com medo.

— Será que... será que tem um jeito certo? — Perguntou ele, ainda sem piscar os olhos.

A irmã nem conseguia fechar a boca.

Foi um homem quase atropelá-los que os forçou a subir na escada.

Eles gargalharam ao olharem para baixo e verem as coisas ficando menores.

— Podia ter uma dessas naquela montanha! — comentou Eun e Tae-hyung concordou.

A escada levava para fora da estação.

Os dois tropeçaram para fora, ainda muito felizes e impressionados, mas ficaram completamente imóveis ao verem todo o resto.

Pyongyang era tudo o que ouviram e muito mais.

Uma cidade brilhosa com... carruagens sem cavalos. Algumas muito grandes algumas nem tanto, mas todas muito rápidas.

Havia estátuas enormes, uma até no meio da água, que Eun ouviu se chamar "Chafariz" e "Fonte dos Desejos". Ele estava cheio de moedas, os dois nunca tinham visto uma moeda de perto.

Meteram a mão na fonte, mas um guarda os repreendeu e os mandou embora.

— Pra onde será que é? — perguntou Tae-hyung, hipnotizado nas carruagens.

— Deve ser em um cemitério. — concluiu Eun olhando para as placas brilhosas, mostrando fotografias diferentes em movimento — Vamos perguntar.

— Não acho que podemos perguntar, senão vão descobrir que não somos daqui.

— Mas não somos mesmo.

— Eun, a gente veio no vagão dos animais, não acha que teve um motivo?

Ela assentiu.

— Vamos dar nosso jeito.

Eles zanzaram, zanzaram e encontraram um pequeno poste com um tipo de pote de plástico com mapas dentro.

Abriram, pegaram um e tentaram ler. Mas então perceberam que não sabiam aonde estavam e um mapa não faria diferença sem essa informação.

Tae-hyung encontrou uma placa com o nome da rua bem na esquina.

Era a rua Yajasu, o cemitério mais próximo ficava umas duas ruas dali na direção contrária.

Eles correram até o fim da calçada, então precisaram atravessar para a outra e Eun quase foi pega por uma carruagem gigante que carregava outras carruagens, mas Tae-hyung a puxou no último segundo.

O homem que conduzia, xingou os dois.

— Vovó bateria na nossa boca por menos. — comentou Tae-hyung, se sentindo extremamente ofendido.

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