Capítulo 2

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Wednesday Addams...

A aula havia se encerrado por hoje, recolho o meu material e os guardo em minha mochila. Me levanto e saio a procura das garotas. Depois de encontrá-las saímos da escola e seguimos para o estacionamento, fomos em direção ao carro de Yoko e entramos no mesmo.

— Wed! – Yoko me chama.

— Diga. – Falo direcionando meu olhar para ela.

— As chaves estão aí? – Ela pergunta.

— Sim. Mamãe as colocou na minha mochila, no primeiro bolso, o menor. – Digo com um sorriso.

— Xavier vai estar lá? – Pergunta Divina se direcionando a mim.

— Não, o mano foi morar com a Tia Bianca. – A respondo.

— Caramba, só falta casar agora! –  Exclama Divina.

— Xavier é irmão da Wednesday?! – Pergunta Enid surpresa.

— Sim! Você não sabia? – Pergunto enquanto olho para ela.

— Não! Aquele peste nem para me contar que tinha irmã! – Fala incrédula, com o cenho franzido e a boca entre aberta.

— E para quê você iria querer saber da minha pequena? – Pergunta Yoko.

— Ah... Não sei? Amizade talvez? – Fala meio incerta sobre o que dizer.

— Chegamos! – Diz Yoko logo depois de parar o carro. – Como vocês moram por perto, dá para vocês saírem e irem se arrumar.

— A Wed pode ir também? – Pergunto com olhos de gatinho. Eu as vezes não posso evitar de falar em terceira pessoa, eu consigo controlar, mas nem sempre. Eu faço o possível para não falar errado  e nem falar em terceira pessoa. Você deve estar se perguntando... Como que eu consigo me controlar, não é mesmo? A resposta é simples... Eu fui forçada por vário professores da minha antiga escola a falar certo, eu treinei tanto, mais tanto, que ninguém quase nem percebe os meus erros, eles são quase que imperceptíveis. Enid demonstra estar confusa pela forma que eu falei, mas por  algum motivo ela resolve não perguntar.

— Claro! – Yoko assente positivamente. – Que tal se eu for com a Divina e, Você e Enid irem juntas? – Pergunta ela de forma animada.

— Tudo bem! – Divina e Enid dizem em uníssono. Eu apenas assinto animada.

— Isso! Vamos lá! – Yoko comemora. Ambas as duplas se separam e cada uma vai para uma casa.


[...]


— Essa é a sua casa? – Pergunto para Enid.

— Sim! Vem, entre! – Diz enquanto me puxava pelo braço. Entramos na casa e logo avistamos uma mulher sentada no sofá da sala, aparentava ter por volta de 40 anos de idade.

— Quem é ela? É sua mãe? – Pergunto baixo.

— Sim, ela é. – Enid responde. – Mãe, vou ficar fora hoje!

— Quem se importa? – Responde a mulher ríspida. Eu já não gostei dela.

— Cavala! – Resmungo em um sussurro, mas  Enid conseguiu escutar. Isso retirou boas gargalhadas suas.  

— Não entendo qual a graça. – Falo com o cenho franzido. – Ela foi uma grossa e uma mal-educada!

— Eu apenas ri porque você é fofa! – Diz ela em uma pequena gargalhada. – E a respeito dela? – Aponta o dedo para a mulher. – Ignore, ela sempre foi assim, eu já me acostumei. – Ela sorri levemente. Não digo nada, apenas fico quieta e a encaro séria. Ela parece se divertir com a minha reação.

Minha Pequena Garota - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora