"Yes, yes we are."

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O dia estava bem calmo pra ser o inferno. Depois que os anjos concordaram com a redenção, estava tudo mais calmo e controlado. Claro que sempre haviam novos pecadores surgindo em cada esquina, mas isso não era um grande problema.

Foi criado também uma conexão entre o Paraíso e o Inferno que só poderia ser aberto por Lúcifer, Charlie, Sera e Emily. Essa conexão tinha o intuito das pessoas poderem se comunicar mesmo estando em lados diferentes, a ideia surgiu após a descoberta de Sir Pentious estar no paraíso, ele usava essa conexão para ir até o hotel e ficar um pouco com Cherry Bomb e os outros até eles também irem para o céu e poderem ficar mais tempo juntos. Claro que sempre voltariam para ver como estavam Charlie e Vaggie.

O hotel estava melhor do que nunca, cheio de pecadores que aos poucos melhoravam sua forma de ser. Claro, tinha uns que não se importavam com redenção ou todo esse negócio de poder ir Paraíso e não achava o Inferno um lugar tão ruim assim.

Um desses pecadores estava em seu quarto, ainda dormindo, quando foi despertado por um movimento na cama.

— Hmm... Bom dia, mon amour. Dormiu bem? — O pecador questiona ao outro deitado ao seu lado, olhando o mais velho com os olhos semicerrados pelo sono, mas cheios de afeto que era dirigido unicamente ao ser a sua frente.

— Ao seu lado sempre durmo bem, querido. — O outro respondeu sem se dar ao trabalho de propriamente abrir os olhos. Bocejou logo após sua fala e apertou seus braços ao redor do pecador de cabelos avermelhados esfregando o rosto em seu peitoral.

Alastor se sentou na cama com o mais baixo ainda abraçado nele. Ele não rejeitava mais tanto o contato físico. Ao menos, não quando esse vinha especialmente de Lúcifer. Ele, Rosie, Niftty e Charlie eram os únicos que o Demônio do Rádio deixava que tocassem nele por muito tempo sem quase perder a mão.

— Luci, mon amour, nós precisamos levantar. Já já Charlie vai vir nos chamar para o café.

— Hm, mas eu não quero levantar agora. — Responde o rei de forma manhosa, porém, no fim, acaba cedendo depois de uma sessão de beijos pelo seu rosto e pescoço e talvez algumas mordidas pelo mesmo que ele não se incomodava em esconder, afinal não eram ferimentos profundos e logo se curaria.

Lúcifer se levantou e pegou o mais alto no colo estilo princesa por saber que aquele projetinho de cervo parece alérgico a higiene básica e ele tem quase que amarrá-lo para conseguir fazer com que ele tomasse banho (ou ir junto, ainda mais depois de descobrir o quão manso ele fica com carinhos nas orelhas).

— Vê se escova direito esses dentes aí. Nem Deus na causa pra limpar esses seus dentes amarelos de sei lá quantos anos sem escovar, idoso.

— Querido, você é mais velho do que eu. Beem mais velho. — O sorriso de Alastor se alargou ao pronunciar a frase. Ele adora o fato de que mesmo juntos eles não param de se alfinetarem por cada coisa por mais boba que seja.

— Tá tá, tanto faz. Bambi do caralho. — O anjo não consegue evitar revirar os olhos mesmo dando um sorrisinho de canto. — Eu vou colocar uma roupa e te espero para irmos até a cozinha.

O anjo saiu do banheiro indo em direção ao guarda-roupa repleto de roupas exatamente iguais, somente algumas eram diferentes da usual roupa majoritariamente branca que usava.

Colocou as roupas que sempre usava no dia a dia, mas sem o chapéu e o casaco.

— Eu estou um gato. Oi belezura, vem sempre aqui? Nossa Lúcifer, eu me pegava muito!

— Eu também.

— AI!! QUE SUSTO PRAGA! PARA DE SER TÃO SILENCIOSO PRA ANDAR, veado dos infernos. — Uma mão estava no peito e a outra na porta do guarda-roupa pelo susto que levou do demônio-cervo que estava rindo enquanto colocava sua roupa.

Do you think we are together in every universe?Onde histórias criam vida. Descubra agora