《Capítulo 06》

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Em meu túmulo estarão gravadas várias datas. É que me vi morrer diversas vezes nesta vida.

~•~

- Jimin... o promotor Jeon virá nos visitar e ele reivindicou a sua presença para acompanhá-lo pela empresa. - Meu pai informou durante o jantar me fazendo perder todo o apetite que eu já não tinha.

- Tem certeza que Jimin é a melhor opção para acompanhar o promotor, meu amor? - Minha mãe questionou enquanto bebia um pouco do vinho de sua taça. Kim Nora, filha da primeira ministra dos Estados Unidos. Minha mãe podia vim de uma boa família e ter um bom sobrenome mas, ela era tão seca como um deserto.

A diferença era que, com Taehyung ela sempre foi como um jardim das mais belas flores da primavera. Sempre sorridente e alegre, mas quando a questão se voltava para mim, tudo era considerado como um breu.

Eu era um enorme erro, e talvez eles desejassem que eu tivesse morrido durante o parto. Mas para minha infelicidade, isso não aconteceu.

- Não, mas como foi o próprio senhor Jeon quem me pediu não tenho como dizer não. - Ao ouvir aquele sobrenome meu corpo todo se sentia mal. Tudo que era relacionado com aquele homem era repugnante, sua voz, sua aparência, seu sobrenome e principalmente a sua maldita existência.

Eu não consigo entender, como pode um pai não se importar com a forma nojenta que tratam o seu filho mais novo?

Na verdade a resposta é óbvia, ele não me ver como um filho, e sim, como um produto que lhe traz ótimos atributos.

- Não se ache muito importante, não esqueça que você só está onde chegou hoje porque seu irmão decidiu nos abandonar. - As palavras frias da minha mãe não me incomodavam mais, eu apenas as ouvia e tentava fingir que elas não me atingiam.

Como eu queria que Taehyung estivesse aqui, mas por um lado eu fico feliz que ele teve coragem para ir em busca daquilo que lhe fazia feliz. Ele não teria futuro se tivesse continuado preso a essa família.

E algum dia, eu também vou me libertar dessa prisão. Serei imensamente feliz, como sempre sonhei em ser.

Não importa quanto tempo demore e nem quantas cicatrizes eu tenha que carregar, algum dia eu vou conseguir abri minhas asas e voar para longe. E talvez um dia, eu reencontre o meu irmão Taehyung.

- Tá na hora de irmos, precisamos dar uma boa e calorosa recepção para o senhor Jeon. - Meu pai disse ao terminar sua refeição, e eu nem tinha comido a minha direito.

- Que horas você volta meu bem? - Minha mãe sempre usava o termo "você" em vez de "vocês" quando a questão me envolvia. Sempre fui tratado como se não existisse, mas isso deixou de me afetar a muito tempo.

- Depois das dez. Não precisa me esperar, pode ir descansar se quiser.

- Tá certo meu amor, boa sorte com o senhor Jeon. - Ela Levantou-se e caminhou em sua direção, lheu deu um pequeno beijo em sua bochecha e voltou para seu lugar na mesa.

Claro que ele não quer que ela o espere, não quer que o veja chegar bêbado e com cheiro de perfume feminino em sua roupa, não quer que minha mãe descubra a sua falta de carate e fidelidade ao casamento de tantos anos deles.

O senhor Park Bogun é o pacote completo, de tudo que não presta. E eu, tive a triste sorte de ser justamente seu filho.

- Vamos Jimin. - Disse vestindo seu blazer cinza. E eu apenas assenti logo me levantando do meu assento e o seguindo.

Dentro do carro, o motorista nos conduziu até a empresa. Eu odiava quando tinha que ir naquele lugar durante a noite. Só que, se meu pai queria, eu não tinha muito o que fazer.

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