9- PETER

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Peter não conseguia acreditar, tinha acabado de sair do campão com seus amigos e sua ficha ainda não tinha caído. Sua velocidade foi despertada, isso era incrível, seus amigos não permitiam que ele esquecesse. Havia um duende, Higor, que ficara tão animado que quase dera um tapa no professor quando ele disse que a aula tinha acabado. Ele veio ao encosto de Peter junto com todos os outros amigos.
- Cara você viu como ele parecia um raio? - dizia Vine para Luke. Aparentemente eles haviam dado uma trégua em favor de Peter.
- Lógico que vi, um raio preto de olhos azuis. - todos começaram a rir.
- Meus parabéns Peter -dizia uma voz feminina às costas do vampiro.
- Obrigado Tifany, vai se sentar conosco hoje? - A garota fez um sorriso meio repuxado.
- Eu gostaria muito, mas minha espécie tem uma política quanto à isso. Tenho que me sentar com os meus, mas obrigada mesmo assim - com um aceno para todos, ela se foi.
Higor perguntou quem ela era, e todos se concentraram em contar a historia de Tifany, que devido a sua espécie teve que renunciar os amigos. Enquanto isso Peter se concentrava em olhar Hanna, ela conversava com Phil, que usava as unhas para desenhar um rosto na maçã.
Peter analisava aquele lindo rosto, cabelos perfeitos, olhos perfeitos. Garota perfeita. Ela notou que ele a olhava e sorriu. Anne também deu risadinhas.
O garoto só parou de encará-la quando um dos garçons humanos do colégio veio até ele com um cardápio. Peter também levara um susto ao saber da existência desses garçons, mas logo no segundo dia, eles já estavam trabalhando lá. Ele e todos os outros fizeram seus pedidos.
Ele se lembrou da primeira festa dele no colégio, houveram outras depois dela, todas tinham sido maravilhosas, até essa última dos lobos que foi no estilo fogueira com marshmellow's, porém a primeira dos vampiros, a do baile de máscaras, foi perfeita.
Sua dança lenta com Hanna deitada em seu ombro, em apenas uma semana ele se apaixonara por ela, agora já fazia um mês. Eles nunca tinham se beijado, mas Peter sabia que seu sentimento era recíproco. Ele sentia isso.
- Hanna? - ele chamou a garota que estava do outro lado da mesa comendo um prato de macarrão e coxa de frango.
- Sim Pet? Algum problema? - disse a garota subindo seus grandes olhos verdes.
- Não, nenhum. Só queria perguntar se você topa jantar comigo essa noite, só nós dois.
Hanna sorriu para Anne que ouvia tudo, enquanto isso Phil que estava com a cara fechada, notou Peter.
- Claro Pet. Por que não? Me espere na frente dos castelos dos lobos às 19:00 horas. Agora coma, ainda temos as aulas de habilidades.
Peter devorou seu prato de bife mal passado e bebeu seu sangue. Assim que terminou o sinal tocou. Ele se levantou junto aos seus amigos e se despediu de todos com aceno de mão, menos de Hanna, ele se aproximou da garota, a abraçou e beijou sua testa. Ele se encarregou de deixá-la na porta do grande casarão de veraneio dos lobos. Quando se deu conta, já estava atrasado.
Ele correu pelos túneis ate desembocar no grande pátio D, rapidamente foi em direção à grande catedral gótica preta, pulava de degrau em degrau e quando estava girando a maçaneta da porta, ela se abriu com um puxão. Peter quase caiu, porém uma mão agarrou seu pescoço e o levantou. Ele ouviu a porta se fechando com um estrondo. Neste momento Peter quase perdia o ar. Como uma menina desse tamanho tem tanta força? Pensou Peter olhando para a menina loira que o levantava com apenas uma mão acima da cabeça. Encostado na porta estava Clark.
- Atrasado de novo Pet? Vamos começar a achar que você está cogitando entrar para o nosso grupo.- disse Clark.
Aria jogou o menino no chão, ele se levantou em um movimento rápido de vampiro, quase como um borrão.
- Uou, olha quem despertou a velocidade. Parabéns menininho. - disse Aria empurrando o garoto para as masmorras.
- Vem cá, vocês não têm aula? - perguntou Peter já descendo as escadas.
- Nós temos aula de condicionamento físico agora e você é um bom saco de pancadas não acha? - disse Aria puxando Clark porta a fora.
Peter olhou os dois saírem como verdadeiros borrões pretos, a porta se fechando atrás deles. Ele se virou e desceu as escadas correndo.

- Bom pessoal, os mesmos exercícios de sempre. Peguem as bolas de aço e apertem com as duas mãos, foquem nos músculos e se concentrem ok? - disse o professor Marcus.
Peter estava sentado ao lado de sua amiga Bela. Ela já havia despertado a força, então agora ela amassava barras de aço para aperfeiçoa-la. Já Peter, continuava com as bolas de aço. Ele não ligava, nem pensava nisso. Ele só pensava em Aria e Clark. Do nada os dois começaram a implicar com ele.
Clark só o irritava, enchendo o garoto com o papo de que os rebeldes podiam tudo, que os rebeldes eram os verdadeiros guerreiros do povo, isso não incomodava tanto Peter. Ma Aria, argh. Ela era insuportável. Sempre batendo em Peter "sem querer" quando tinha alguém olhando, sempre por querer quando ninguém olhava. Peter não era burro, isso era coisa de Izzobel, ele pensava enquanto pegava a pesada bola de aço com as mãos, a menina se encarregava de tornar a vida de Peter um verdadeiro inferno. Quase nenhum vampiro gostava de Peter devido aos boatos que ela espalhava sobre ele ser metido por conta de seu pai. Em uma das reuniões de domingo, ela insinuara que Peter era capaz de trair para ser bem visto por seu pai. Isso não era tão importante para os rebeldes, mas para os militares, como ele, era algo de extrema importância. Era óbvio que ela queria ataca-lo de todas as formas possíveis, Peter tinha certeza que Aria fazia essas coisas a mando dela. Se duvidar, até mesmo Clark, eles estavam namorando afinal. Tudo era culpa de Izzobel, tudo era culpa dela.Uma raiva dominava completamente Peter nesse momento. Ele queria fazê-la pagar, fazê-la sofrer. Quem ela pensava que era? Ele era o filho do capitão. Ele era Peter Mcqueen. Ela iria pagar. Peter sentia seus músculos enrijecendo, mas não notara até ouvir um grande estouro e como um balão a bola de aço nas mãos de Peter cedeu e explodiu em pedacinhos. Ele olhou a cena completamente descrente, ele havia conseguido. Toda a sala explodiu em palmas. Bela se lançou no amigo com seus cabelos castanhos e olhos azuis, abraçando e gritando palavras que ele não conseguia ouvir.
- Parabéns Peter, você despertou a força. E no mesmo dia despertou a velocidade pelo que eu soube. Um dia e tanto pra você. Agora é só aperfeiçoar. - disse o professor Marcus afagando os cabelos do garoto.
Peter não se conteve, foi até o canto da sala e pegou as tábuas de granito com as duas mãos. Ele sentia o peso e a firmeza delas nos dedos. Conforme ele empurrava ambas as laterais das pedras, elas cediam, como uma barra de chocolate, ele não creditava. Ele só tinha que aperfeiçoar, e claro, ganhar as presas. Estava se tornando um vampiro de verdade, finalmente.
Que dia perfeito, pensou Peter, mas logo sua animação passou, o sinal tocara. Próxima aula, habilidades mentais, a aula em que ele jamais passaria. Provavelmente essa matéria vai ser hiper importante para as gincanas e as provas, Peter foi ao lado de sua parceira de aulas, Bela para a sala ao lado, a do professor Caius, que por sua vez, estava sentado em sua cadeira com os pés em cima da mesa.
Peter se sentou ao lado de Bela, a garota se virou para ele e sorriu. Na lousa estava escrito: CONTINUEM COM OS EXERCÍCIOS. Enquanto isso o professor bebia uma garrafa de Vodca e chupava um pirulito.
- Bom, já que todas as suas habilidades já despertaram, vai que você consegue liberar a mente, todos da sala já conseguiram, só falta você, não é tão difícil Pet, é só você...
- Bela - Peter cortou a menina, a melhor coisa seria dizer a verdade a ela. Já eram grandes amigos, ele poderia confiar nela. Ele olhou nos olhos azuis da garota, tão grandes e lívidos. - eu não vejo nada na sua mente porque não abro a minha. Eu foco tanto em guardar um segredo e mantê-lo longe de seus olhos, que não consigo ver nada na sua mente.
- Peter, não deveria se preocupar em guardar segredos de mim, sou sua amiga. E alem do mais, isso é importante para seu desenvolvimento. Você vai usar essa ligação nas outras espécies, então não se preocupe com seus segredos. Desde que não seja um vampiro, a outra pessoa não terá acesso aos seus pensamentos ok? Agora vamos tentar de verdade. Libere sua mente. Relaxe... - a garota pegou a mão de Peter e ambos fecharam os olhos. Peter finalmente relaxou, ele podia confiar esse segredo a ela. Foi quando uma chuva de imagens e lembranças invadiram sua mente, lembranças de Bela, mas todas elas eram de Bela na escola, coisas banais. Peter tentou ir mais fundo, porém as imagens escorriam de sua vista. Ele pôde captar uma, Bela abraçava uma menina, cheiro de camomila, uma chuva de cabelos castanhos a sua vista, ela era pequena nessa época, e então Peter foi jogado de volta à realidade.
Nossa, Bela possuía mais controle sobre a mente do que aparentava, pensou Peter piscando várias vezes. Ele levantou o olhar e notou que Bela o olhava com olhos cautelosos.
- O que você viu Peter? - perguntou ela bem pausadamente.
- Não muito, só coisas da escola. Vi você abraçar uma menina também, vocês eram pequenas, só pude ver os cabelos, da cor dos seus.
- Minha irmã mais velha, ela morreu a alguns anos. Eu tendo esconder tudo que se relaciona a ela. - disse Bela parecendo tentar não se abalar, mas com pouco sucesso.
- Eu sinto muito, eu não sabia... - disse Peter constrangido.
- Tudo bem, não tem problema. Então, sua cabeça revelou um segredinho Don Juan. Você só pensa na lobisomem.
- Bela escute, você tem que guardar segredo está bem? Não pode espalhar que gosto dela.
- Pet, eu não sou cega. Já sabia disso há semanas. Não tem problema, não vou contar, mas você também deve ser cauteloso, nenhum outro soldado deve saber. Sabe-se lá o que fariam com você se soubessem. Agora vou lá avisar o professor que você foi desbloqueado. E você mocinho, tome cuidado. - dito isso, Bela se levantou e deixou para trás um Peter pensativo a mesa. Ninguém nunca pode saber, pensou Peter, nunca.

Peter chegara a conclusão de que não tinha roupa boa o suficiente para vestir. Ele já havia saído do banho há alguns minutos e ainda só estava de calça. Ele vasculhava sua pequena parte na colméia de prateleiras de roupas dos alunos. O uniforme do dia seguinte ainda não havia sido posto e nem o pijama para a noite. Ali só havia as roupas que Peter trouxera para o colégio. Ele resolveu pôr uma jaqueta e uma camisa amarela desbotada, passou pela quarta vez perfume por todo o corpo. A maioria dos alunos estava lá em baixou na área de lazer jogando sinuca ou coisa parecida, outros já estavam no banho. O jantar ainda demoraria uma hora para sair, mas Peter já estava pronto. Hanna pedira para que eles caminhassem as 19:00 horas para conversar antes do jantar. Peter passou no banheiro e escovou novamente os dentes, se olhou no espelho e analisou a própria imagem. Estava apresentável o suficiente. Ele saiu do banheiro e rumou pelo corredor abaixo do lustre, desceu a grande escadaria com tapete de veludo vermelho, da mesma cor e textura do papel de parede de todo o hall. Ele podia ouvir o movimento ao lado na sala de lazer, ouviu um uivo, como uma corrente de ar. Ele se virou, mas atrás dele só havia a escada. Ele se direcionou até a porta, porém assim que ele colocou a mão na maçaneta, sentiu o baque surdo na lateral da cabeça e tudo ficou escuro.
Quando Peter abriu os olhos, se acostumando a pouca luz, ele notou onde estava.
Estava sentado no chão da cripta, nas masmorras. Onde houvera a reunião do primeiro dia, sua cabeça estava encostada no palco de pedras, uma espécie de altar. Ele correu o olhar veloz pela sala e pôde ver a figura mediana de cabelos loiros em um par de Marias-chiquinhas desleixadas. Um sorriso brutal no rosto. Aria. Peter foi tomado pela raiva
- Você definitivamente tem que me deixar portas de vez em quando. - rosnou Peter.
- Me desculpe garotinho - disse a menina rindo ao se desencostar da parede oposta e se aproximar do garoto - mas você estava indo para algum lugar. Não sei por que, acho que pela roupa, quilos de perfume, eu não quis deixar você sair. - disse a garota se agachando ao lado de Peter.
- Eu ia ver meus amigos antes do almoço - disse Peter se levantando - isso não é contra as regras do colégio, e você não é minha líder. Então dá um tempo. - disse Peter encarando a menina que ainda agachada olhava ele
Um sorriso se formou e como uma grande sombra loira, a garota lhe deu uma rasteira. Enquanto ele caía, ela, com uma velocidade sobrenatural, o pegou pela nuca e o jogou no chão, de cara para as pedras.
- Eu não sou sua líder, mas sou a braço direito dela. Ela mandou que eu ficasse de olho em você, eu não sei por que na verdade, você é tão fraco, tão patético, você só serve para envergonhar os vampiros - disse a menina ainda segurando o rosto do garoto no chão de pedras. Peter rosnava de puro ódio - ainda bem que sua mamãe morreu para não ver o ser patético em que você se transformou.
- AGORA CHEGA - berrou Peter
Com velocidade e agilidade sobrenaturais, ele se livrou das mãos da menina, agarrou a mão que outrora apertava seu rosto contra a pedra e com um único movimento, quebrou todos os dedos da garota, saltou por cima dela, ainda segurando seu braço, pousou com os pés nas costas da garota que cedeu com um grito esmagado no chão. Peter começou a subir o braço da garota pelas costas até ouvir um estralo e um grito esganiçado. A menina tinha a expressão de puro pavor nos olhos.
- Por um mês, um mês inteiro, eu engoli tudo o que vocês faziam comigo. Agora acabou. Eu sou Peter Mcqueen, sou um soldado, sou um vampiro. Se não vão me respeitar por bem, que seja por mal. A próxima vez em que olhar meus olhos mostre algum respeito, ou então eu farei você mostrar. Me entendeu? - rosnou Peter para a garota que tinha uma expressão de ódio nos olhos. Ele subiu ainda mais o braço e outro estralo foi ouvido junto com um grito da garota. - Perguntei se entendeu.
- Eu... entendi - cuspiu a garota em meio a dor.
Peter tirou os pés de cima da garota e com um movimento rápido e preciso, ele puxou o braço da menina com força o suficiente para levanta-la do chão. Sua mão saiu do braço da garota e foi para o pescoço dela em uma velocidade impressionante.
- Mais uma coisa - disse Peter enforcando a menina - avise todos os seus colegas, principalmente Izzobel, que eu não vou mais admitir nenhum tipo de ameaça ou agressão. Foi a última vez que um de vocês rebeldes encostou um dedo em mim. E fiquem avisados. - disse Peter olhando no fundo dos olhos negros da garota. Suas chiquinhas, agora desmanchadas, deixavam o cabelo cair na face de puro ódio da menina. - A próxima vez em que cruzarem meu caminho, eu não serei tão clemente. Foi um prazer conhece-la Aria. - com isso Peter recuou o braço e arremessou a menina que voou pela cripta e colidiu com a parede oposta como uma boneca de panos. Peter correu como um grande vulto até a menina que tentava se levantar com a face toda suja de sangue que saia de um corte feio em sua cabeça. - Isso foi pela minha mãe - disse Peter se agachando ao lado da garota, ele respirou fundo, olhou ela nos elas e puxou se queixo com força. Ouviu um estralo e então a garota cedeu no chão, morta, pelo menos por algum tempo. - e isso foi por mim. - disse Peter se levantando e tirando a poeira das roupas. Ele saiu da cripta e correu pelos corredores de pedra, já estava atrasado para o encontro.

- Você bateu nela? - Disse Hanna rindo - Uau.
- Tecnicamente eu a matei, mas vampiros só morrem com estacas, então só machuquei. - disse Peter rindo.
Eles já estavam andando há quase uma hora. Vamos Peter, coragem.
- Bom, ela mereceu. - disse Hanna parando de rir.
Eles andavam pela pequena rua atrás de todos os castelos. Eles podiam ouvir o pessoal já se arrumando para o jantar. Peter ouvia passos e barulhos, algo dizia que eles estavam sendo seguidos, mas na verdade era só o nervosismo de Peter.
- Pet, vamos indo, já está na hora do... - Hanna foi interrompida pela mão de Peter que segurou a dela e a puxou para perto.
Peter a segurou pela cintura. Ela usava um vestido rosa claro curto, botas e um rabo de cavalo nos cabelos castanhos que desciam por uma cachoeira de cabelos lisos e enrolados.
- Hanna, nós nos conhecemos há apenas um mês eu sei, mas parece que te conheço a minha vida toda. - Peter segurava sua bochecha. Os grandes olhos verdes da garota brilhavam. - Eu gosto tanto de você, não a um minuto do dia em que eu não pense em você. Eu sei que é loucura com toda essa rixa de espécies, mas você e eu somos o melhor que esse mundo tem a oferecer se ficarmos juntos. Você me daria a honra de ser minha namorada? - Hanna piscou e uma lágrima caiu e então, um grande sorriso se formou em seus lábios.
- Sim serei sua namorada Peter - o garoto sorriu - mas olha, o Phil não curte muito vampiros e eu sei que os soldados vão pegar pesado com você e também tem...
- Shii - disse Peter interrompendo a menina com um dedo nos lábios dela que imediatamente se abriram em um sorriso. - Nós iremos resolver tudo, mas por hora, só deixe entre a gente. Ah, mais uma coisa, não conte isso para o Phil ok?
- Contar o que pro... - Hanna foi interrompida pelos lábios de Peter nos seus.
Que lábios doces, que beijo maravilhoso, ela era perfeita. É assim que é se apaixonar, com seus sentidos Peter sentia cada detalhe da garota em contato com ele. E foi assim, sob a grande lua minguante, que Peter se afogou em seu amor.

Peter subia as escadas rumo ao seu quarto, ele nem acreditava na noite maravilhosa que tivera. Luke vibrara assim que soubera do namoro do amigo. Peter e Hanna - dissera Luke - Hanter ou Panna? - Luke e Maryn já estavam namorando a um tempo, então Peter deixou passar, pois seu comportamento fora idêntico ou até pior quando soube.
Ele jantou com os amigos e Hanna, pois decidiram não levantar bandeira e guardar segredo. Tudo estava maravilhoso, ele protegeria aquela garota com sua vida, mas agora depois de um bom banho, ele concluiu o dia perfeito. Nada poderia estragar isso.
Ao entrar no quarto Peter se trocou e foi deitar em sua beliche, quase todos já estavam deitados, afinal era segunda, porém Peter foi surpreendido por um pequeno envelope em sua cama. Ele o pegou e abriu. Dentro havia uma carta com uma letra totalmente linda:
"Matar minha melhor amiga? Péssima ideia. Ela veio correndo, assim que acordou, me dizer o que você havia feito. Eu, como uma boa líder, fui atrás de você. Adivinha a cena em que me deparei? Um encontro super romântico. Felizmente deu tempo de eu voltar ao castelo e assaltar a câmera do diretor Patrick. Acredita que ele tem uma? Bem ao lado de uma grande impressora. Espero que tenha curtido o passeio Peter. Pode ser o último que você terá. Você deve tremer ao ouvir meu nome. Eu não jogo, só venço. Lembranças a lobinha. Com amor, Izzobel".Peter respirava rapidamente, ele olhou dentro do envelope e se deparou com umas quinze ou dezesseis fotos de vários ângulos e estilos diferentes dele e Hanna se beijando. Ah não, ah não, ah não, pensava Peter, quando ele pegou a última foto viu que havia algo escrito nela:
" - Shii, não conte ao Phill.
- Tarde demais amigo. Há muitas outras de onde estas saíram, ande fora da linha de novo e não só o Phill como seu pai verão essas imagens. Será que ele gosta de lobos? Desobedeça e descubra".
Peter pegou todas as fotos e rasgou em milhões de pedaços, lágrimas desciam por seus olhos. Pare Peter, pare de chorar, pensou ele colocando os retalhos rasgados em baixo do travesseiro. É guerra que você quer Izzobel, então é guerra que você terá.

DANGEROUS POWER - Sede de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora