III - Ódio do mais puro.

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     Era janeiro, inverno em San Diego, o campus andava sempre agasalhado, mas especialmente hoje estava muito frio

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Era janeiro, inverno em San Diego, o campus andava sempre agasalhado, mas especialmente hoje estava muito frio.

Me custei para levantar da cama ainda mais para ir correr, o chão estava coberto de neve e vi algumas pessoas limpando os pára-brisas congelados, ja que ninguém espera essa nevasca.

Comecei um breve alongamento e conectei os fones, mas isso não me impediu de ouvir uma porta ser aberta.

Austin desceu as escadas do alojamento com pressa sorrindo amarelo, como seus cabelos platinados.

— Pensando em me deixar? — Ele riu provavelmente imaginando que eu sairia sem ele para correr.

— Sim. — Não era mentira, pensei que ele estava dormindo.

O loiro fez uma careta observando alguém do outro lado da rua. Segui seus olhos vendo um moreno cauteloso apoiado sobre a varanda da casa da frente com uma xícara em mãos.

Kian Dallaz.

O desgraçado observava a neve como se aquela fosse a coisa mais bonita que ja tivera visto, e isso me irritava profundamente, sem nenhum motivo plausível.

Mas a sua presença não me era estranha, afinal ele estava ali todas as manhãs, no mesmo horário em que eu saia.

— Vamos? — Falei ao loiro que parecia congelado.

Recebi um aceno positivo e iniciei um trote para aquecer o corpo, acompanhada dele e um olhar que queimava as minhas costas, arrepiando cada pelo meu de puro ódio recíproco.

[...]

Ainda estava congelando, na verdade era quase pior, havia chovido ao meio dia e as estradas as quais limparam a neve acumulada, agora tinham gelo.

E para melhorar, é claro não tenho paz, o aquecedor da minha aula de religião havia quebrado. Estávamos todos tremendo de frio.

Me afundei em meu casaco tentando prestar atenção na aula, repetindo algo para mim mesma como "frio é só psicológico." Mas não adiantou em nada.

O professor iniciou uma aula que não escutei muito sobre, afinal escolhi essa matéria como extra ja que parecia mais fácil.

Alguém que chegou atrasado se sentou ao meu lado, não olhei quem era, e provavelmente a pessoa também não me viu, ja que eu estava praticamente dentro do casaco.

Momentos depois escutei um suspiro pesado, provavelmente sobre o frio, e levantei a cabeça para observar.

     Me arrependi na hora. Quando os olhos Castanhos observaram em sair de dentro do meu abrigo improvisado. Sua mandíbula travou e meus olhos arregalaram.

RaméOnde histórias criam vida. Descubra agora