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Desço do quarto correndo indo até a cozinha

‐ Mãe?!, cadê você?? ‐ Grito
‐ Nikki, o que aconteceu?? ‐ Perguntava preocupada
‐ Tem notícias do Tyler?! ‐ Pergunto aflita
‐ Filha, ele morreu para salvá-la do assassino, não lembra? ‐ Perguntou me encarando
‐ Que assassino?
‐ Nikki, já fazem duas semanas que isso aconteceu, o assassinato de Tyler, a polícia está investigando, sinto que você ficou traumatizada ‐ Ela disse me encarando
‐ Por quê? ‐ Encarei a mesma perguntando
‐ Porque, desde que voltou para casa todas as manhãs você acorda e pergunta a mesma coisa ‐ Ela disse me olhando
‐ Perdão mãe, eu só estou meio cansada ‐ Disse me virando, indo em direção a sala
‐ Nikki, eu preciso ir trabalhar, o almoço está feito, suas irmãs só vão chegar às 18h, e Aidan está em uma viagem de negócios, você aguenta ficar sozinha? ‐ Ela vem em minha direção
‐ Aguento mãe, fique despreocupada ‐ Disse dando um sorriso largo para a mesma

Por fim ela me abraçou, e logo em seguida saiu fechando a porta atrás de si

‐ É só somos eu e você casa ‐ Falei me jogando no sofá

Sempre gostei de ficar sozinha, mas depois do que tinha acontecido com Tyler, preferia ficar na companhia de alguém, por fim acabo adormecendo. Vejo um homem alto, de dois metros no máximo, então ele se vira para mim e diz

‐ Será que você não faz ideia que é minha obsessão ‐ Fala me encarando
‐ Quem é você? E o que quer dizer com isso? ‐ Pergunto curiosa
‐ Quem sou eu? Bom eu posso ser o que você quiser, do herói ao vilão, mas sempre preferi vilões. O que eu quis dizer com aquilo, que talvez eu esteja eu possa te fazer minha da minha maneira, docinho ‐ Falou caminhando na minha direção. Ao sair das sombras pude ver seu rosto, ele me parecia familiar mas ainda não conseguia lembrar
‐ O que está acontecendo? - Pergunto
‐ Você realmente não lembra de nada ‐ Ele riu
‐ Por que está rindo? ‐ Perguntei
‐ Sou Alef, e sua alma está acorrentado a mim ‐ Ele disse tocando no meu rosto
‐ Tire suas mãos de mim, e eu não estou acorrentado a ninguém! ‐ Gritei
‐ Pode chorar, gritar e fazer qualquer coisa, mas não muda o que está feito - Ele disse me encarando
‐ O que você é? ‐ Perguntei curiosa
‐ Um demônio ‐ Ele respondeu sem hesitar

Então as memórias me voltam à mente, o jogo do copo a morte de Tyler, os sonhos estranhos, então lentamente me afasto do mesmo

‐ O que houve, docinho? ‐ Perguntou com deboche

Então começo a correr, indo em qualquer direção

‐ Corra o quanto quiser, mas estarei sempre onde você estiver, você me pertence agora ‐ Ele gargalhou
‐ Eu não pertenço a ninguém, por favor deixe-me em paz ‐ Implorei sobre lágrimas
‐ Desculpe querida, mas paz não existirá no nosso mundo ‐ Falou

Então sinto mãos agarraram minha cintura, o medo me consumiu no mesmo instante. Então encarei o mesmo, ele tinha um olhar frio, que me fez tremer

‐ Eu disse, eu sempre estarei onde você estiver, pode correr e gritar o quanto quiser, mas o seu destino está entrelaçado a mim, e foi você mesma que se pôs nessa situação ‐ Ele disse
‐ Não, não por favor ‐ Implorei

Então acordei gritando

‐ Nãoooo!! ‐ Grito

Olhando em volta vejo que ainda estou sozinha, e que não há ninguém na casa além de mim, então resolvi levantar e ir para o meu quarto. Chegando lá, vejo uma flor em cima da minha cama com um bilhete, então pego a flor ela era linda, era uma rosa negra, logo em seguida pego o bilhete e abro o mesmo, nele estava escrito "Dizem que a rosa negra, significa amor conturbado e obsessivo. Aproveite esse presente, docinho"

Dias depois eu volto a frequentar a escola, estava perdida nas matérias havia faltado duas semanas, tive um surto pós traumático por conta da morte de Tyler, Alef tinha penetrado a minha cabeça. Entro na sala de aula indo em direção ao meu lugar esperando o professor chegar, tempo depois o professor chegar, ele nos olha e fala

‐ Turma, semana que vem eu terei que fazer algumas viagens, e quem ficará no meu lugar será um professor substituto, por enquanto ele iria assistir nossas aulas, para entender melhor o conteúdo para passar para vocês, quero que conhecem o Alef

Aquele nome, não podia ser ele, mas era ele. Ele entrou na sala me encarando, com aqueles olhos cor de oceano, então logo em seguida lembro da frase que o mesmo me disse "estarei aonde você estiver", babaca!

‐ Espero que vocês se deem bem com o professor substituto, Alef se apresente para a turma ‐ Falou

‐ Me chamo Alef Hunter, tenho 22 anos, e estarei aqui para ajudá‐los no que for necessário

Ele vestia uma calça social preta, uma blusa azul igual seus olhos, no pulso ele carregava um relógio, ele usava um óculos. Ele era uma tentação, mas saber que ele tinha matado Tyler me trazia nojo, e uma sede por vingança, eu queria matar aquele desgraçado.
Então o mesmo me encara, eu desvio o olhar, era impossível não olhar para ele, ele era bonito pra caralho, o que eu podia fazer?, exatamente nada.
Tempo depois bateu o sinal para o horário de intervalo, eu fui uma das primeiras pessoas a sair da sala, caminhei até o pátio onde costumava ficar com Tyler, e foi aí que caiu a ficha, eu não tinha mais nenhum amigo, Tyler era o único, o único que me entendia, o único que me fazia rir em momentos difíceis, droga!
Então meu celular começa a vibrar, pego o mesmo e vejo as notificações de um site de fofoca, me assustei com a legenda da publicação
"Freiras são assassinadas brutalmente"
Na publicação tinha algumas fotos das freiras mortas, uma tinha uma corda no pescoço, ela estava pendurada, o sangue descia do seu corpo é pingava no chão, passei para o lado e vi outra pior, nessa foto uma freira estava esquartejada, seus órgãos estavam espalhados perto do seu corpo, depois daquilo não quis ver mais fotos, então guardo o celular e vejo Alef vindo em minha direção

‐ Precisamos conversar Nikki! ‐ Ele dizia me encarando
‐ Converse sozinho ‐ Rebati
‐ É sério Nikki, sabia que a culpa da morte dessas freiras é sua?! ‐ Ele me encarando cruzando os braços
‐ Mas eu não fiz nada, que droga! ‐ Eu o encarei
‐ Você e seu amiguinho, fizerem sim ‐ Ele respondeu
‐ O amiguinho que você matou! ‐ Tentei sair daquele lugar mas o mesmo me impediu
‐ Eu não o matei ‐ Ele falou me encarando
‐ O que está acontecendo Alef, eu lembro de você lá, eu lembro! ‐ Eu falei entre lágrimas
‐ Acalme-se Nikki!, precisamos conversar e esclarecer tudo ‐ Ele falou
‐ Então me explica o que está acontecendo ‐ Pedia
‐ Seu amigo, libertou mais de mil demônios, entre eles os mais poderosos, como acha que conseguiram invadir um convento, acorrentei sua alma à minha para eles não encontrarem você com facilidade, eles mataram seu amigo, e estão atrás de você, eu vim para protegê-la, e levá-los para o inferno, precisamos parar eles ‐ Ele explicou
‐ Nem depois de morto Tyler deixa de me colocar em encrenca, maldito ‐ Falei
‐ Precisamos ser cuidadosos, você irá me ajudar e vingar seu amigo? ‐ Perguntou
‐ Irei ‐ Falei

E foi aí que o inferno abriu as portas para mim

ACORRENTADOS - O amor pode vir das piores formasOnde histórias criam vida. Descubra agora