4º - O desastre

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Não consegui dormir durante a noite pensando naquilo, não liguei para meus pais, apenas ia fazer com que ficassem preocupados, Pedro não conseguiu também, Jhon eu já não sei, mas nosso plano ainda estava de pé.
Jhon tinha um colega de quarto que se chamava Carlos, ele contou o plano também para o Carlos, não tínhamos muita intimidade com ele, não era do 7º ano como eu e meus amigos, mas ele era legal, aparentava ser mais novo um pouco que nós.
À noite demorou de passar, pois eu tinha passado em claro, mas finalmente amanheceu e como a rotina de todos os dias, tinha que tomar o café da manhã, fiz isso, logo depois todos sugeriram que fôssemos para a praia, então fomos, fomos para a praia de frente a pousada mesmo, estava próximo dos meus 2 amigos e o Carlos.
A maré começou a meio que voltar para o mar, como se estivesse puxando, não sei para os outros mas para mim a terra tremia levemente, alguns também diziam sentir.
Eu avisei para algumas pessoas mas ela pareciam não ligar, lembrei do que meu pai tinha me falado sobre quando um tsunami vai ocorrer a maré começa a voltar, mesmo eu falando isso para pessoas elas pareciam não importar.
Pouco tempo depois, vimos uma onda se formar, longe muito longe da beira da água, fiquei com medo, novamente avisei pras pessoas, elas sabiam que aquilo era um grande onda, mas achavam que não seria intensa, não se importavam muito.
Comecei a pensar como eles, pois todos pareciam tão tranquilos, comecei a duvidar de que tudo fosse tão perigoso, comecei a achar que eu estava ficando maluco, mas meu plano ainda estava de pé.
Como a onda estava chegando muito rápido, resolvi colocar o plano em pratica, sem que ninguém percebe-se, eu, Jhon, Pedro e o Carlos fomos para aquela mini-torre ou uma espécie de farol quase que no meio da cidade.
Existiam algumas janelas naquele local, nos olhávamos a onda se aproximar, quando ela estava bem próxima vimos pessoas se desesperando, nós 4 ali em cima não tínhamos certeza de que ali era seguro, mas parecia.
Depois de alguns minutos olhando, a onda começou a penetrou a cidade e não podíamos fazer nada além de olhar pessoas sendo engolidas pela onda, percebemos que ela não era tão grande, mas causou um grande desastre.
Quando a primeira onda terminou, nos olhávamos pelas janelas daquele local, víamos devastação, corpos ao chão, era uma visão totalmente traumática!
Na segunda onda, após alguns minutos, só terminou de destruir por completo aquele local, quando nós demos conta, estávamos dormindo ali e quando acordamos já era de noite.
Parecia que apenas tinha sobrado na cidade 4 garotos de 12 a 13 anos, parecia que não tinha sobrado mais uma alma naquele local, em alguns locais altos eu tinha certeza que tinham sobreviventes como nós, mas a nossa vista só tinham corpos e casas destruídas.
Nenhum de nós sequer falávamos uma palavra, era tudo muito novo e intenso para pre adolescentes que tinham uma vida normal no Brasil, nós estávamos simplesmente chocados com tudo aquilo.

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