Between Two Worlds: Races and Hearts

Chapter Six

Lisa Manobal

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O bistrô de Matthew havia ficado incrível, era em um prédio de dois andares, sendo o segundo como uma área VIP em mesanino, com mesas espalhada em volta de uma grande abertura no meio, a mesa da minha família estava montada ali, com muitos lugares, para cada cônjuge presente.

Havia também uma mesa pequena para as crianças, eu já era tia de alguns, vários, pestinhas, Canny fez amizade rápido, mesmo estando azeda no dia de hoje. Talvez eu tenha culpa nisso, já que provavelmente ela sentia minhas emoções, então estávamos ambas azedas.

Nossa mesa era a mais animada dentre todas as outras, conversávamos e riamos o tempo inteiro, colocamos o papo em dia, falamos sobre os negócios e sobre nossas famílias.

- Acho que vou investir em algumas empresas de entretenimento da Coréia, parece ser promissor. - Jaehyun comenta comigo, estávamos lado a lado, ele tinha um sorriso relaxado nos lábios e brincava com a taça de vinho, rodando-a entre os dedos. - Tenho que comentar, não curto muito esse país, não sei como consegue viver aqui.

- Nem eu, irmão. - Começamos a rir, Minnie que estava ao meu lado direito, deita a cabeça em meu ombro e entrelaça nossos dedos, brincando com eles, ela conversava com Jack sobre as novas tendências de inverno, cores e tons, eu não entendia muito, por isso agradecia quando os dois me ajudavam nesse quesito. - Acho que estou acostumada, não ligo muito, sabe?

- Canny parece se adaptar fácil, não é?  - Concordo com a cabeça e olho para a baixinha, deixo um suspiro escapar.

- É um pouco complicado, a escola que ela estuda é majoritariamente de Canídeos, eu sei que ela sofre bullying dos colegas de classe, mas o que eu posso fazer? - Jaehyun concorda com a cabeça e suspira, deixando um bufado escapar em seguida. - Eu lembro quando era com vocês, Matt batendo em alfas e betas para protegê-los, Jack humilhando todos...

- E você rindo. - Dou de ombros.

- E eu iria fazer o que irmão? Já tinha o Matt para ser um troglodita, não precisavam de mim para isso. - Jae deita a cabeça em meu outro ombro enquanto ria, do outro lado da mesa, vejo Matt rindo e negando com a cabeça, o olhar em mim o tempo inteiro, pisco um olho para ele.

- Posso fazer uma pergunta, me responderá de forma sincera? - Concordo com a cabeça, ele puxa meu rosto me fazendo olhá-lo, ficamos um tempo ali trocando olhares até que sorri. - Você gosta daquela ômega, não é? A que apresentou para nós no parque.

- Não tenho certeza. - Sinto que todos estão nos ouvindo agora, e antes que eu possa me virar para reclamar, o cheiro dela preenche o ar, Canny que brincava a distância, corre até mim e esconde o rosto em meu abdômen, choramingando. - Canny, meu bem, calma.

- Faz parar. - Ela sussurra, a mesa inteira nos olhava agora, todos sem entender o que acontecia, olho para Matt.

- Pode pedir para aumentar a potência dos inibidores? - Sinto o rostinho da minha pequena esfregando em minha barriga, tentando bloquear o cheiro. Demora um tempo até que finalmente ele desapareça, Canny levanta os olhinhos para mim e abre um sorriso pequeno. - Está melhor?

- Sim, obrigada. - Passo a mão pelo seu rosto, tentando ajeita-la, arrumo seu cabelo e deixo um beijo em sua testa. - Posso voltar a brincar?

- Sim, qualquer coisa venha, ok? - Ela concorda e se afasta, voltando a brincar com os primos. Olho em volta e suspiro. - Era o cheiro de Jennie.

- Está me dizendo que Canny consegue sentir o cheiro dela? - Concordo com a cabeça, Felix arqueia a sobrancelha, parecia um pouco perdido.

- E aparentemente, não só Canny, não é, irmã? - Encolho os ombros para a fala de Ten, mamãe e papai do outro lado da mesa, trocam olhares, quando voltam a me olhar, vejo o pesar nos olhos do meu velho. - Você tá muito ferrada.