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1 De Setembro.
* Flashback *
Nunca fui uma pessoa muito sã. Amava viver com intensidade. Borboletas eram frequentemente vistas em meu estômago, e dar suspiros ao amanhecer virou um hábito. Até que minha intensidade me sufocou e destruiu pessoas ao meu redor. Minhas borboletas morreram envenenadas, os suspiros se tornaram soluços de choro ao entardecer, e meus sentimentos viraram o mais puro caos.
Mas o que pode me levar a essa mudança repentina e impulsiva? O amor, um sentimento ou emoção que tem o poder de transformar inúmeras pessoas. Mesmo sendo instável, agitado e impulsivo, ainda sim é o amor. Eu não culpo o meu coração por amar, nem o amor por ser como é. Eu culpo as pessoas que não sabem desfrutar desse sentimento e acabam machucando aqueles ao seu redor.
— Você jurou, prometeu não me decepcionar e continuar ao meu lado. — Meu tom de voz alterou-se e lágrimas se formavam em meus olhos.
— Eu sei o que eu falei, Clarice. Eu não sou o mesmo de antes. Faz dois meses que não nos olhamos, não nos tocamos ou nos beijamos. Creio que isto é um adeus para o que um dia eu chamei de relacionamento.
— Não nos olhamos pelo mesmo motivo que não nos tocamos ou nos beijamos: você me evita! E agora está procurando meios de como terminar comigo porque eu já acabei de preencher seu vazio.
— Isso não é verdade; nossos sentimentos acabaram. Pare de me desapontar. — Seu desinteresse era evidente.
— Não generalize sua indiferença a nós dois. — Lágrimas escorriam pelo meu rosto, e uma sensação de vazio me preenchia — Eu não quero que isso acabe; eu te amo.
— Pare! Jamais repita isso novamente — Seus dentes rangeram — Não nascemos um para o outro, não sou a porra da sua alma gêmea não se iluda.
— Por que é sempre tão rude? Eu não te entendo. Você encontrou outra mulher? O que tenho que fazer para me tornar suficiente até você voltar a me amar? — Estou mais do que desesperada.
— Nada. O que procuro em um relacionamento você não pode me dar. Juro que tentei não te magoar, procurei todas as formas de como não tornar isso difícil para nós dois, mas você é complicada. — Seus olhos se reviravam, e sua feição estava mais do que neutra.
Ele não demonstrava nada porque ele não sentia nada por mim. E com essas palavras, eu pude concluir: não existe "nós" nunca existiu. Eu fui um passatempo que durou exatos dois anos. O que para ele dois anos foi o mesmo que dois minutos e dois minutos me fez perceber que ele destruiu meu coração da pior forma.
— Saia! — Gritei, não havia vestígio de esperança em meu rosto — Não quero te ver nunca mais você destrói tudo ao seu redor. Quando me diziam isso, eu ria e falava que você nunca seria capaz de fazer isso, mas me enganei.
— Desculpe, juro que não fiz de propósito você é doce demais para mim...
— Promessas e mais promessas... — O tom amargurado era presente em minha voz eu havia me perdido nesse amor — Suma, não me faça gritar novamente!
— Adeus, Clarice.
— Saia! — Gritei a pleno pulmão e apontei para a porta.
Na realidade, eu não queria que ele fosse embora. Quando o vi sair pela porta, meu coração errou as batidas. Queria que ele voltasse e falasse que era apenas uma brincadeira, que ele ainda me amava e que iríamos viver juntos para sempre...
E isso não aconteceu. Olho para o lado: estávamos na sala da minha casa, e na mesa de centro havia um vaso com flores, as mesmas flores que ele tinha me dado em nosso aniversário de dois anos. Cega de raiva e desgosto, acabo jogando o vaso na porta.
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Nota Final da Autora:
Obrigado por ler até aqui, deixem estrelinhas e não esqueçam de comentar.