• Marinette finalmente resolve se declarar para o menino que ela gosta, mas ele não era quem ela achava ser e de repente as coisas começam a desandar e seu conto de fadas vai por água abaixo, será que é possível recupera-lo?.
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Minha vida sempre foi muito confusa, isso não era novidade, mas só foi eu entrar no ensino médio e conhecer um garoto que tudo passou a ficar mais confuso ainda, não controlava meus pensamentos e muito menos os meus sentimentos, pois como você controla se não sabe o que está sentindo?.
Foi isso que eu fiquei me perguntando na terceira semana de aula, quando eu chegava na escola e tentava me acalmar. Eu tinha acabado de mudar de escola e não conhecia muitas pessoas na nova, como eu nunca tinha mudado de escola antes, achei que seria muito difícil me readaptar.
E lá estava eu, perdida sem saber o que iria acontecer daqui pra frente, sentia meu rosto queimando e minhas mãos suando, uma sensação que me ocorria recorrentemente e eu odiava. Bati na porta duas vezes, logo em seguida um menino baixo abriu ela pra mim e quando eu entrei na sala morri de vergonha, todos me olharam surpresos e curiosos.
Como eu era aluna nova entendo a curiosidade, mas isso não me impediu de ficar super nervosa com a situação. Me sentei na fileira esquerda da parede e fiquei quieta, até que um menino de cabelo cacheado veio falar comigo. Estava tão concentrada em me sentar e fingir que estava tudo bem que nem percebi que tinha pessoas que eu conhecia do fundamental nessa sala, como esse garoto, o nome dele é Nino, ele é um menino bastante extrovertido.
- Oii Mari, tudo bem com você? Não sabia que você iria mudar de escola, por que não me avisou?
- Oii Nino, tudo bem sim!!, nem eu sabia que iria mudar, achei que não teria vaga mas, pra minha sorte, a diretoria é rápida e consegui me transferir no mesmo dia, por isso não avisei.
- Entendi... Bom, deixa eu te apresentar os meus amigos.
Nino me apresentou um por um, não consegui gravar os nomes deles de início pois tenho uma memória péssima mas uma menina me chamou atenção, o nome dela é Ayla, minha primeira impressão sobre ela foi que ela era uma menina extrovertida e legal.
Continuei quieta até que a mesma puxou assunto comigo, ela foi me falando sobre a escola, como ela funcionava no geral e perguntou algumas coisas sobre mim, de uma forma bem descontraída e natural. Me senti bem com ela, era como se já fossemos amigas a anos.
- Acho que você vai gostar daqui, tem muita gente legal, o ruim é a carga horária por ser integral.
- É, acho que sim.
Nesse momento eu estava analisando a sala enquanto fazia minha lição e conversava com a Ayla, sem querer acabei encarando um menino que sentava lá do outro lado.
Ele era branquinho do cabelo loiro escuro e liso, vibe Justin Bier e olhos castanhos meio esverdeados. Ayla percebeu isso e começou a me zoar.
- Você tá de olho naquele branquelo? Escolhe um pretinho, vale mais a pena.
- O meu tipo são os que tem vibe Justin mesmo mana obrigado, eu deixo pra você. Qual é o nome dele?
- Adrien.
- Ele tem namorada? -Perguntei curiosa, o que era raro pra mim, já que eu quase nunca me interessava de verdade por algum garoto, mas nele eu fiquei na primeira vez em que o vi.
- Acho que não.
Nessa hora pensei: então ele vai ser meu. Mal sabia eu no que estava me metendo. Coincidentemente, o professor passou um trabalho em grupo em que ele sorteou os grupos e esse tal de Adrien caiu no mesmo que o meu.
Pensei ter sido o destino pois pra mim era muita sorte. Fizemos o trabalho e nisso ficamos implicando um com o outro naturalmente após a Ayla introduzir uma conversa.Já que ela meio que falava com todo mundo, pedi para que ela me ajudasse a virar amiga dele, pois eu sozinha nunca conseguiria sequer falar com ele.
- Eu desenho muito melhor que você. -Menti, fazia muito tempo em que eu não desenhava e pelo que aparentava ele era desenhista, mas eu senti vontade de implicar com ele.
- Não desenha nada, eu que desenho melhor que você. -Ele falou com um sorrisinho tímido de lado, pegou a caneta da minha mão e fez um risco no meu braço de pirraça.
- Seu desgraçado, você me ofende, rouba a minha caneta e ainda me risca?. -Falei riscando ele de volta.
Eu estava me divertindo, começamos a riscar um ao outro até eu pedir pra parar pois não queria voltar pra casa toda riscada. Entregamos o trabalho e depois voltamos para os nossos lugares.
Perguntei pra Ayla se ela tinha notado a vibe do flerte no ar pra ver se não era coisa da minha cabeça, e ela disse que tinha sentido também.
Eu estava de olho no Adrien, mas queria virar amiga dele primeiro pois na minha cabeça era mais fácil dele gostar de mim depois de sermos amigos. Eu também não conseguiria beijar alguém por quem eu não amasse como amigo primeiro.
Até então eu nunca tinha beijado, nem me apaixonado, nem nunca gostado de alguém, então era tudo muito novo pra mim, eu não sabia exatamente o que eu estava sentindo. Eu achava que eu apenas estava gostando dele mas aos poucos fui percebendo que estava apaixonada por ele.
Eu não me considero emocionada, mas gostei dele desde a primeira vez em que o vi, pensei comigo: tudo bem ser emocionada se eu estiver sendo, pois é a primeira vez que sinto esses sentimentos, tudo bem agir dessa forma.
Então criei toda uma história na minha cabeça para que eu pudesse falar com ele mais vezes depois do trabalho, essa é a única forma que consigo fazer o que eu quero, tenho que criar toda uma história primeiro pra ter certeza de que tudo vai sair bem.
Eu queria chegar nele, mas de uma forma que não parecesse forçada, pois eu assisto muito Dorama e filme de romance clichê, eu queria algo bem natural. Tive que me esforçar muito pra isso.
A minha timidez não me ajuda muito, por isso senti que tudo era mais difícil, só de olhar pra ele eu já estava me esforçando muito. E ficamos nessas trocas de olhares até sexta-feira, onde minha história começaria de fato.
