Será que rola?

Cap 8

Kai on
Estávamos no Uber indo em direção ao meu hotel no qual havia feito a reserva, o outro "cara" estava na cadeira do passageiro à frente e eu podia sentir o seu incomodo, mas não me preocupava nem um pouco, pois a (...) estava ao meu lado e era isso o que importava.
Seus cabelos sendo levemente jogados para trás devido a brisa do vento que batia, seus olhos juntamente ao seu sorriso, que meu coração esquentar por segundos, intercalavam entre mim e a paisagem do mar possivelmente vista pela janela do automóvel.

Kai-nunca pensei que taria vivendo isso aqui- rente ao seu ouvido, com o meu rosto perto do seu, que vidrava a paisagem do oceano azul em sua frente, falei em um tom baixo e um pouco rouco.

-ta vivendo agora- em questão de segundos seu rosto virou despercebido em direção ao meu, o que fez nossos olhares se encontrarem pela primeira vez a tão pouco centímetros um do outro, igualmente a nossas bocas, podia sentir sua respiração e mesmo tudo isso durando tão pouco, já foi o bastante para meu coração correr em sua direção. Mas como tudo dura pouco, ela logo baixou seu rosto e mudou imediatamente de assunto, o que fez me afastar de volta ao meu assento e escuta-lá atentamente, porém, com esses mínimos segundos ainda em minha mente e no meu coração. Ela me contou sobre como era Recife e a cada palavra pude ver como ela amava aquele lugar, até nos darmos conta que havíamos chegado no hotel.

Já havia feito o check in e recebido meu cartão, estávamos no haul. Desde o momento em que a encontrei não tivemos um momento a sós, estou puto com isso, ele não vê que é o único sobrando aqui? Estava pronto para indicá-lo a ir embora quando o mesmo falou primeiro.

Dey- bom, já que você já está entregue, vamos (...)?- fala a olhando e não recebendo retribuição

Kai- e quem disse que ela vai com você ?- falo o olhando no fundo de sua alma e aproveito para pegar na mão da mais baixa que estava ao meu lado- você quer subir? Pode descansar...

Dey- a gente já tinha planos para hoje que foram atrapalhados, mais ainda iremos para minha casa. Ela pode descansar lá!

Me on

Desde que me encontrei com o Kai, senti que temos uma tensão sexual quando nos olhamos e essa tensão é grande e notável, mas não mais notável do que a tensão de guerra a qualquer minuto entre esses dois.

- Eu adoraria ficar e conversar horrores com vc Kai, mas tanto eu quanto você estamos cansados. A partir de amanhã teremos os mês todo para estarmos juntos e se divertir- falo tudo isso pegada na mão do moreno a minha frente, do um abraço no mesmo, que me retribui. Enquanto nos abraçamos sentir seu nariz e boca encostarem em meu pescoço, garanto que ele pôde sentir bem o meu perfume e eu o dele, seu cheiro era algo que fazia minha mente se entorpecer, algo amadeirado e marcante me fazendo querer sentir aquela fragrância a cada 5 segundos. Que homem meus amigos, que homem!- Deyvinho, tá mais do que claro que eu não vou pra sua casa, irei direto para a minha e você para a sua. Apenas vamos chamar o Uber, okay?- me despeço do Kai, me certificando que ele estáva bem e seguro. E depois apenas saio puxando o Deyvinho direto para o carro, não demora muito para já está em minha casa, me despeço do mesmo apenas com um tchau e subo para o AP.

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Me on

Apesar do meu quarto bloquear qualquer luz vindo de fora, havia uma pequena frecha de luz que batia em meu rosto, o barulho de músicas e carros para lá e cá me fez perceber que já havia amanhecido. Mas continuei deitada, em pleno domingo às 8h da manhã me recuso a levantar, mas parecia que o Kai pensava diferente já que estava me ligando a essa hora da madrugada.

Kai- então, para onde vamos?- sem nem abrir meus olhos atendi sua chamada, deixando o aparelho perto o bastante para escuta-lo, mas não o respondi, estava com sono e preguiça demais para isso- porque tá me mostrando seu teto? Por acaso você ainda está dormindo? Ahh não, deixa de ser preguiçosa- esperneava o mais velho, pela sua voz diria que ele está igual uma criança esperando ir a um parque de diversão.

-nem vem, é domingo- minha voz saiu totalmente falha.

kai- te dou exatos 30 minutos para se acordar e  me ligar para nos encontrarmos.

-não vou!- me recuso a sair daqui.

Kai- vai!

-não vou!

Kai- você vai e ponto final- seu tom saiu autoritário, mas ainda brincalhão. Decido pegar meu celular e olhar no fundo dos seus olhos.

- a é? Você vai se arrepender de me acordar TIMKAI!- vejo o mesmo dar um sorrisinho de canto com ironia, desligo a chamada indo me aprontar o que não demora muito. Chamo um carro e logo sem nem avisar já estava em seu prédio. Passo pela recepção a pedindo para não avisa-ló e chego em seu quarto.

Kai on

Meu celular toca e eu o atendo, a vendo imediatamente, mas a mesma não fala nada e logo escuto batidas na porta, indo atender a encontro lá.
Ela desliga a chamada e a chamo para entrar, em seu rosto não tinha um pingo de felicidade por acordar cedo, mas ela continuava linda, parando em minha frente pude analisá-la bem, ela vestia uma saia short pinçada branca, uma camiseta de manga longa rosa, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e escondidos por um boné rosa que complementava suas roupas. Seu perfume se instalou por todo o meu quarto junto de um cheiro leve de morango.

Kai- vai treinar?- o que ela estava pensando em fazer? É domingo! A vejo cruzar seus braços e se sentar em umas das pontas da cama.

- nos vamos! Você tem exatos 30 minutos para colocar uma roupa- falava com uma cara de vingança. Era isso ? Ela tava querendo se vingar? não acredito.- vamos, vamos, vamos- falava batendo palhinhas leves e silenciosas enquanto dava um pequeno sorriso.- pega a sua roupa e vai se trocar no banheiro- falava apontando, ainda sorrindo.

Kai- não preciso ir para o banheiro- pude ver uma dúvida em seu rosto- vou me vestir aqui!- ela tava gostando de se vingar de mim, então eu também ia brincar com ela.

-QUE?- vi sua cara de espanto e seu rosto ficar um pouco vermelho.

Kai- já estou de short, então apenas vou colocar uma blusa e meu tênis - falo simples me segurando para não rir, enquanto colocava minha blusa. Senti um pouco de seus olhares mas nada de mais.

O tempo passou rápido e quando percebi já estávamos correndo pela calçada da praia.

Me on

Sua presença foi desaparecendo do meu campo de visão, paro de correr e me viro para trás o vendo deitado em um banco com o braço tampando sua visão, ao lado de uma barraquinha de água de coco, volto para perto do mesmo comprando duas águas e entregando uma delas a ele e se sentando ao seu lado.

- experimenta, acho que vai gostar- o vejo experimentar e fazer uma cara de super aprovação olhando para mim.

Kai- por favor me diz que não vamos correr mais?

- não, não vamos, relaxa. Vamos para ali- falo apontando para a parte de praia com vários guarda-sol e logo em seguida me levantando e indo em direção, chamando o Kai a fazer o mesmo.

Nós sentamos em uma das tendas e logo um dos garçons veio nos atender, apresentei os pratos de todo o cardápio, mas o moreno preferiu deixar por minha conta e gosto. Começamos a conversar e devido a correria de antes e o sol de 9h, decidi que iria entrar no mar.

- vou dá um mergulho!!- me levanto e inicio a tirar minhas roupas, mas é claro que estando de biquíni por baixo. A cada peça tirada, sentia seus olhos fixados em cada área quadrada do meu corpo e com certeza depois disso eu precisaria beber o oceano para me hidratar- vai fazer ou mesmo ou só me comer os olhos?- falo o olhando, mas sorrindo para não ser tão óbvia que eu tinha o notado. O moreno sem nem pensar duas vezes tirou sua blusa e calçados indo juntamente comigo em direção ao mar e assim foi a tarde inteira.

Posso dizer e afirmar que foi uma tarde de muitos ataques de coração, muitas trocas e olhares, sorrisos largos e altos, de muitos "quase algo" e o mais importante de muita diversão e conhecimento por parte dele.

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Obrigada por responderem minha última pergunta (contém muita ironia)

Quase que não volto, se esse demorou, imaginem o próximo.