Capítulo 6

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Sem demora entrou no carro e vislumbrou do volante á marcha.

Céus, como ele adoraria testar o motor.

Porém com a vontade de uma preguiça, ele contorna os pés para a entrada principal, precisava ver sua mãe.

O longo carro de passeio já estava a postos, quase que não conseguia carona.

Um automóvel tão grande para tantos filhos.

Mas só Konrad dera a sorte, pela idade avançada dos pais.

— ...e então? Vai me falar o que tanto fazia naquele cubículo apertado? — a senhora Hyde disse com cara de poucos amigos.

— Nada demais.

— Você comprou outro carro não foi?

Outro?

— Como sabia?

— Não mude de assunto, você sabe o que eu acho disso.

— Chame como quiser, de atrevimento, loucura mas não foi uma hesitação...

Konrad sabia muito bem em que águas profundas essa conversa iria nadar, mas também sabia que a fachada da mãe iria cair em algum momento.

— Teimosia do caralho. — os homens ali presentes resmungam instantaneamente.

— Olha como fala comigo Dexter!

— Konrad adorava carros assim como precisava de ar para respirar, qualé vamos preservar uma boa memória do nosso garoto.

Ela cruza os braços, irritada, insatisfeita mas quebra o assunto com silêncio.

Konrad faz sinal de vitória e Dexter sorri minimamente.

Em poucos minutos já estavam no local, composto pela grama verde recém aparada e as pedras bonitas e polidas.

Konrad deixa os pais pra trás, os vendo caminhar lentamente até a sua lápide.

Essa imagem sempre era dolorosa e ao mesmo tempo reconfortante pra ele.

Se sentia mais perto do que nunca.

Porque falavam com ele.

Em poucos segundos, os alcançam e é o momento que vê a sua mãe tirando com cuidado os galhos caídos e pondo novas rosas perto da sua foto, que nota um sorriso fraco vindo dela mesma.

— Parece que o velório foi ontem.

— Ele com certeza não esperava que viesse tanta gente. — deu um cutucão. — Aí.

— Meu menino lindo está em paz agora, me pergunto o que ele se tornaria.

Bom, nem tanto.

— Um delinquente...— a encarou. —.. ou não, do que isso importa? Ficaríamos alegres com qualquer coisa, é o Konrad.

O senhor e a senhora Hyde ficaram por um tempo encarando o túmulo e deram um último adeus recheado de carinho até a volta pra casa.

Deixando um Konrad feliz, pela recente e nova despedida.

Mas essa alegria foi posta à prova ao avistar Florian com um olhar cabisbaixo vindo entre as lápides com um humilde e pequeno buquê de tulipas.

— Olá anjo. — disse por fim.

Florian se abaixou e os pôs ao lado das rosas.

— Vejo que cheguei atrasada outra vez.

— Você nunca me desapontou por isso. — estende o braço na tentativa falha de fazer carinho em sua bochecha.

Tão tão perto, mas ao mesmo tempo tão tão longe.

— Hyde lembra onde tudo começou? Você me odiava. — sorria.

— Eu? Esta doida mulher! Nunca te odiei. — Konrad a repreende raiva.

— Também éramos como cão e gato. — ri sem humor. — Lembra da vez do elevador? A partir daí você começou a me perseguir igual um cachorro sem dono, era fofo de ver.

— Ei, isso não é verdade! — cruza os braços.

A mãe de Florian Prunella lhe disse uma vez... certas coisas nunca mudam, e Florian sempre achou que ela estava errada, até que ela descobrira que era a mãe que estava certa. Se ver apaixonada por um cara foi uma delas, amar Konrad Hyde é algo que tem certeza que nunca vai mudar, e... outra coisa que nunca vai mudar, é o fato de que ele está morto.

Mas a quatro anos atrás a história fora diferente, numa delas enquanto estavam presos...

Flashback

— Meu querido, se a gente ficar sem ar dentro desse elevador, pode apostar que culpa será toda toda sua!

— Não esquenta anjinho, olha você já me deixou sem ar várias vezes, e eu nunca me importei.

Abre a boca em choque, aquilo para ela era ridículo.

— Que mentira! — ele a prensa na parede, a desarmando por completa.

Seu perfume passa pelas suas narinas lhe fazendo fechar os olhos quase que instantaneamente, a mão vaga de Konrad passeia pela sua cintura, lhe fazendo ter a certeza que se ele a soltar as suas pernas cairiam como gelatina.

— Lembra daquela vez... você sussurrou meu nome e não foi nada por acaso, pelo contrário, foi excitante. — Sua voz sexy a fazia suspirar fortemente.

Ela podia cair nesse papinho, mais uma vez.

Mas naquele momento não.

Estava cansada desse joguinho de criança.

Da um chute em seu tornozelo o que o faz grunir.

— Tem certeza que não foi de desgosto? — a
sua cara treme.

— Anjo.. tenho certeza do que eu estou falando. — a nuca dela se erigisse.

Florian adorava quando ele a chamava assim, mas nunca assumiria dessa maneira.

— Cala a boca Hyde. — ele mordisca o lábio inferior.

Konrad sorri com o sabor da vitória.

— Tenha certeza de uma coisa anjo, se ficarmos aqui, um, eu vou te beijar. — Se aproximou e ela deu um passo pra trás.

— Não se atreva!

— Dois, eu vou te beijar. — se gabou com o maxilar pra cima, brincalhão.

Bufa com o pé no chão.

— Eu te odeio!

— Porque? — chantageia.

— Porque é mais fácil te odiar do que admitir que te amo. — ela rebate com a mesma intensidade.

E os dois caem na gargalhada, devo contar a onda de conquistas depois disto?..

Flashback off

De volta ao presente, Konrad a vê com uma lágrima teimosa.

E outras atrás, doidas para derramar.

Já estava decidido.

Ele a amava de mais para vê-la sofrer desse jeito, era pra de encarar a realidade.

Pois não tinha escapatória, nem alternativa.

Ele já sabia, e faria de com certeza, para o bem dela.

— Ok, destino, você venceu. — disse encarando o céu. — suspira. — Não acredito que vou ter mesmo que entregar minha mulher pra um idiota chamado Leonard. — reclama.

Continua...

É meus caros leitores, acho que está na hora de entrevistarmos um certo candidato.. vote e comente para mais ❤️

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⏰ Última atualização: Jun 12 ⏰

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