Quando eu nasci fui deixada com meus padrinhos pois minha mãe precisava trabalhar na cidade pra poder ter como não deixar faltar nada para mim e nem para meu irmão que na época tinha seus 12 anos de idade.
Escrevendo isso agora eu me dei conta que na infância eu não tinha muito a lembrança de " eu tenho um irmão ". Lembro dele, ele já adulto e eu por meio de 8 anos talvez.
Enfim...
Mas aos 2 anos de idade minha mãe me levou pra morar com ela na casa de seus patrões a pedido deles.
Então eu cresci sem pai ( o que não foi problema nenhum, já já explico) e vendo minha mãe trabalhar duro pra me propor uma vida confortável.
E acredite, eu amei crescer ao lado da minha mãe. Mas isso me custou um amadurecimento precoce que até hoje quando eu lembro eu choro.
Crescer vendo sua mãe com as mãos feridas por ter que lavar tanta roupa e cuidar de uma casa de dois andares e 16 compartimentos não foi tão confortável.
Ela nunca jogou na minha cara os esforços dela, seus patrões pelo contraio sempre jogavam isso na minha cara.
E eu me sentia culpada por viver "bem" a custo de tanto esforço da minha mãe.
E eu cresci assim, sendo só eu e ela e pra mim sempre vai ser so ela por mim e só eu por ela. Então eu nunca senti falta de nada, não por ter " tudo" como muitos que não conhecem a realidade que foi viver 13 anos na cidade significou, mas por que eu tinha ela, porque eu tenho ela.
Sempre tivemos uma ótima relação é pra não vê ela triste eu escondia as vezes que seus patrões ou os familiares deles me destratavam pra que ela não se magoasse ou se preocupasse, afinal eu sempre faço de tudo pra não preocupa-la.
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Diário de Ariany
Teen FictionEu tenho uma mente muito barulhenta, tem coisas que eu penso e sei que não deveriam ficar só na minha mente porque poderia ajudar alguém e outras eu quero escrever talvez pra lembrar.