O Perdão Que Eu Perdir

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Deixei de existir para mim.
Larguei de mão do meu coração,
Sofri e me permiti partir.
Para mim mesma sorrir.

Um sorrisinho triste,
Daqueles desprezíveis
De olhar de canto
Cheios de amargor.

Desistir por isso que sofri,
Por isso que partir.
Minha falta irão sentir?

Me deixei levar pelo que queriam.

Fiz das palavras vazias
As mais sábias das poesias,
E segui a risca a lista de regras
Me moldei as minhas vontades tolas,
Transformei minhas lágrimas bobas
Em primazia.

Eu fugi, fugi de mim.

Não me aguentava mais.
Estava cansada da minha mente.
É mais fácil seguir as vontades dos outros,
Vindas de sei lá da aonde,
Elas são mais simples de lidar
Que minhas réguas mentais.

Eram tantas métricas,
Cronogramas, panoramas,
Listas, temporizadores,
Balanças e tambores
Não tinha paz e nem perdão

Perdão era para o outro,
Para mim existia apenas a prisão
Da eterna existência culpada
Por não cumprir com as minhas próprias exigências.

Agora sigo o que dizem:
Faça isso, faça aquilo, é assim,
Não é desse jeito, deixa eu te ajudar,
Pode me ajudar?, venha aqui,
Meu amor, olhe para mim.

É mais fácil ficar assim,
Seguindo ordens claras que tem um fundo de perdão.
Porque, me perdoe Deus, me perdoar não é para mim.

Palavras Cheias De SentimentosOnde histórias criam vida. Descubra agora