Apesar do seu ácido

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Suas paredes finas como papel
Conseguem afastar mais que montanhas

Sua fala estridente
Solta palavras ácidas
Corroem paredes de concreto
Destrói edifícios

Seu cabelo sortido
Não sabe o que é
Já foi cacheado, liso e ondulado
Ele é revoltado, é tudo e misturado
Assim como você

Suas mãos de hermes
Tomam tudo a frente
Levou sacanamente o meu coração
Não pude nem sofrer
Pois seus olhos arredondados
Olhou dentro dos meus
E eu como tola me apaixonei

Me apaixonei pelo pecado
Doce como mel, duro como aço
Estava condenada
Você não me ama
Você me usa
E vai continuar a me usar.

Se o céu cair como eu em tua lábia
Pobre dos seres vivos,
Serão esmagados.

E teu lábios, tão carnudos
Ah, tão macios e rebeldes
Sua mordida faz sangrar a alma
E eu tola me apaixonei
Pelos lábios do pecado
Aquela que me mata
Ela sabe que me mata
E eu a sofrer com seu amor ácido.

06/ 05/ 24

Palavras Cheias De SentimentosOnde histórias criam vida. Descubra agora