punishment

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     Jungkook olhou o relógio em seu pulso, quando o ponteiro alcançou as oito horas. Tinha sido bem claro quando disse a Jimin o horário que ele deveria estar sentado na mesa.

    Esperou cinco minutos, o seu máximo, e bufou, decidindo que ele tomaria seu café da manhã sozinho e esperaria por Park, para aplicar sua primeira punição.

    Desacatar suas regras, não era uma opção naquela casa. E Jeon não se importava se Jimin tinha acabado de chegar, ou se era a primeira vez errando com ele, ele não deixaria passar nada.

    Ele não dava segundas chances e faria com que ele aprendesse que estava ali por um motivo. Não era uma colônia de férias para que ele dormisse até quando bem entendesse.

    Jungkook tinha um cronograma a seguir e precisava passar os novos horários e atividades que Jimin teria, enquanto passasse aquela temporada ali.

    Assim que terminou o desjejum, Jeon pediu aos funcionários que tirassem a mesa e buscou seu computador para esperar Park Jimin ali mesmo, na mesa de jantar.

     Jungkook sabia ser paciente, então respondeu alguns e-mails importantes enquanto aguardava, e três horas depois, quando ouviu os passos apressados chegarem ali, o mais velho fechou o laptop e olhou para o moreno, que vestia o uniforme mal passado e tinha uma cara de sono atrapalhada.

   — Me desculpa! — Exclamou, tremendo dos pés à cabeça quando Jeon continuou em silêncio e cruzou os braços. — E-eu perdi a hora, senhor Jeon!

    Jungkook estalou a língua e se levantou, olhando-o de cima a baixo. Preferiu não comentar nada sobre a roupa desalinhada, por hora.

    Passo por passo. Um de cada vez.

   — A que horas você deveria estar aqui, na mesa, para o café da manhã, Jimin?

   A forma como o capitão dizia seu nome, quase o transformava em gelatina.

   — Foi sem querer—

   — Não foi isso que eu te perguntei. — Cortou, seco.

    Jimin ruborizou e se sentiu tão patético quanto a uma criança sendo repreendida.

   — Às 8. — Sussurrou.

  — E que horas são agora?

  — Onze?

   — 11:23 da manhã, Jimin. — Respondeu.

    — Me desculpa. — Repetiu, sem graça. Até chegou a acordar 7:30 quando o relógio despertou, mas resolveu dormir por mais cinco minutinhos. Que se tornaram quatro horas.

   — Abaixe a calça e a cueca até os pés. — Ordenou, duro. O queixo de Jimin foi ao chão e ele ficou sem cor.

   Definitivamente, não.

   — O que?! — Praticamente gritou, quando viu o mais velho retirar o cinto de couro que prendia a calça em sua cintura fina. — Você não vai me bater! — Exclamou, com o rosto queimando de vergonha.

  — Eu vou. — Deu de ombros, afirmando. O pai de Jimin tinha lhe dado passe livre, então seguiria suas próprias punições.

   Jimin não se mexeu um músculo, petrificado.

   — Quanto mais você demorar, pior será.

    Jimin tremeu e levou a mão até a calça, empurrando até o chão. Se sentiu ridículo daquela forma, mas tinha certeza que era o que Jungkook queria.

   — Eu não vou repetir. — relembrou, duro.

   Jimin sentiu os olhos encherem e se livrou da cueca boxer também, tampando o membro com as mãos, do jeito que conseguiu.

    Jungkook revirou os olhos. Não estava interessado naquilo. Por enquanto. Apontou para a mesa.

     — Quero seu peito encostado na tampa da mesa e seu quadril apoiado na borda.

   Jimin precisou se apoiar na ponta dos pés para alcançar a posição. Jungkook levou suas mãos para a testa, para não machucar.

   — Sabe porque está sendo punido, Jimin?

    O Park demorou um pouco para responder.

    — Me atrasei para o café, senhor. — Engoliu em seco.

    — Se atrasou três horas e meia para o café. — Corrigiu, passando a mão pelo bumbum duro e branquinho de Jimin em um pequeno carinho.

  O Park se remexeu, apreciando o contato.

  — Serão 3 cintadas para cada hora de atraso. — Explicou, rígido. Jimin engoliu em seco. — E a cada golpe, quero um pedido de desculpas para mostrar que você está arrependido, entendeu?

   — Sim, senhor.

  — Se usar a mão para se proteger ou esquecer de me responder, voltamos a contagem do zero.

   E então, sem aviso prévio, o couro estalou na pele macia e pálida. Jimin gritou pela surpresa e pela ardência que seguiu depois. A mão do mais velho era pesada pra caramba.

    Jungkook aguardou até que ele se lembrasse das desculpas e sua voz saiu falhada, depois de uma fungada.

   Jimin se sentiu humilhado e repreendido, nunca tinha apanhado. Nem de seus pais.

   E descobriu que doía muito.

   Mas o que mais doía era sentir que tinha desobedecido e decepcionado Jungkook.

    Quando levou a última, Jimin chorava alta. Seu corpo doía e ainda estava com muita vergonha pela surra e a exposição, no meio da mesa de jantar.

    Jungkook se afastou de seu corpo.

   — Fique assim até eu voltar. Não se mexa.

   …

      Jeon retornou depois de quinze minutos, o suficiente para deixar Jimin refletir sobre seu comportamento.

    Entretanto, quando retornou estava com um gel refrescante e uma pomada que aliviaria a dor e as marcas futuras naquela região de Jimin.

    Jimin pulou assustado quando sentiu o líquido estranho e gelado, quase se virando, mas Jungkook o deteve, com um pequeno sorriso.

    — Se acalme, Jimin. — Expôs sua presença, sentindo o corpo relaxar instantaneamente. — Me deixe cuidar de você, agora.

   A mão pesada, o Park descobriu que era ótima em massagens, quando sentiu o músculo dolorido ser tocado nos lugares certos. A surra ainda incomodava, mas estava mais suportável.

    Mal percebeu que estava chorando outra vez.

   Jungkook, sem nenhuma malícia, terminou de passar os aliviantes e virou o corpo para vesti-lo novamente.

   Jimin sequer sabia porque estava tão sensível.

    Jeon segurou seu queixo, com gentileza e o limpou suas lágrimas com a mão livre.

   — Você foi um bom garoto aguentando sua punição, Jimin. — Elogiou, satisfeito.

   Jimin sentiu o peito de aquecer com a informação e mesmo com vergonha, não resistiu a pergunta que queria fazer.

   — Você ainda está bravo comigo?

    Jungkook sorriu, pequeno e negou com a cabeça.

    — Não. Estamos bem. Por enquanto. — Foi a vez de Jimin rir baixinho. — Mas, você perdeu o horário do café, e agora vai precisar esperar mais meia hora para o almoço.

    Park segurou a vontade de bufar.

  



   

YES, SIROnde histórias criam vida. Descubra agora