Primeira parte

234 13 90
                                    

Floyd

Não! não! não!

Minhas pernas são curtas isso não é justo!! mas eu preciso correr, eu preciso fugir, o astro do pop Cotelê nesse exato momento está correndo atrás de mim.

Eu simplesmente estava vivendo a minha vida e agora eu tô morrendo! Literalmente a cada dia aqueles dois doidos estão pegando na minha vida.

Eu corri o máximo que eu pude, mas correr dentro daquele é bem difícil, minha respiração estava ofegante, mesmo cansado e com a respiração constante eu continuo correndo.

-Socorro!!

Gritei o máximo que eu pude para que um faxineiro que por coincidência estava no meio do corredor, mas aquele idiota tava com fones de ouvido.

Mesmo correndo era óbvio que eu não iria conseguir escapar, Cotelê me pegou em pleno ar.

-Peguei!!

Ele gritou animado, mesmo até agora Cotelê apenas se concentrou no dinheiro e para sua irmã, eu sei que no fundo ele se importa, no fundo ele não quer machucar ninguém, ele é minha última esperança.

-Por favor, Cotelê me deixa escapar, você pode fingir que nunca me viu, vai ser nosso segredo.

Minha voz estava suplicando, tudo que eu queria era voltar para casa e pelo menos não morrer.

Cotelê olhou para cima e ao redor verificando se ninguém mais estava ouvindo nossa conversa, depois ele voltou a olhar para mim e sua expressão parecia mudada, ele parecia preocupado e confuso.

-É que não dá...

Ele deve estar com medo da irmã, Veludo é sempre grosseira com ele, trata ele como um objeto, para ela ele é apenas uma coisa para ser colocada em um vitrine, mas Cotelê só tenta agradar ela sem se importar com sigo mesmo.

-Mas só porque ela é sua irmã ela não tem o direito de tratar como lixo...

Ele me olhou ainda mais confuso.

-Não?

-Não, irmã ou não, você merece ser tratado com gentileza, e ficar perto de pessoas que não queiram mudar quem você é...

-Mas ela é minha irmã, ela me ama.

-Aquilo não é amor...

Ele parecia pensativo, e ainda confuso eu sabia, eu sabia que ele não queria me machucar, mas em tudo que ele tenta retrucar com a irmã, ela vence, e ele nunca se impõe ou muda alguma coisa, essa é a hora dele fazer uma escolha...

-A-Ah eu...

De repente os saltos de Veludo estavam ecoando pelo corredor, ela estava vindo para cá e provavelmente correndo, Cotelê levantou imediatamente ainda me segurando no pote, ele começou a olhar ao redor com a respiração ofegante, aquele faxineiro que estava no corredor começou a se aproximar da gente, ele aínda estava escutando música e completamente distraído, nem reparando no Cotelê.

Por coincidência do destino ele colocou a vassoura e o balde encostado na parede do corredor, e depois ele foi embora.

E algo inesperado aconteceu, Cotelê me jogou dentro do balde de água e eu fiquei boiando naquela água suja de limpeza, era a forma dele me esconder, até aqui o barulho dos saltos ficou mais altos.

-Ah e aí encontrou ele?

-Ah... não

-Não?

Cotelê ficou em silêncio, dentro daquele balde eu não consigo ver quase nada lá fora, apenas escutar a conversa deles.

𝔸𝕥𝕖 𝕠𝕟𝕕𝕖 𝕠 P̶r̶a̶z̶e̶r̶ 𝕧𝕒𝕚??Onde histórias criam vida. Descubra agora