Beco Diagonal

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— Acorda, Dora! Dora!

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— Acorda, Dora! Dora!

— Ginevra, acho bom alguém ter no mínimo morrido ou desaparecido pra você interromper meu sono assim. — A empurro de cima de mim e me sento na cama, coçando meus olhos e já sentindo minha cabeça doer. Minha cabeça dói com certa frequência, mais do que a cabeça de uma criança deveria doer. Molly já insistiu várias vezes de que deveríamos ir ao St. Mungos, mas ela sempre acaba esquecendo de fazer isso. Eu entendo, ela tem muitas cabeças para cuidar.

— Que horror... Nós vamos para o Beco Diagonal comprar o material de vocês! Mamãe disse para se apressar e ir tomar o café da manhã antes que Rony coma tudo.

Beco Diagonal e café da manhã. Essas palavras eram o suficiente para que eu me levantasse da cama o mais rápido possível, e naturalmente, tropeçasse em uma caixa de tralhas de Ginny, que eu tenho certeza que não estavam ali ontem.

Fecho meus olhos e respiro fundo, apertando meus lábios para segurar a vontade de gritar com a dor que atingia meu pé direito.

— Gina, cada dia mais prazeroso dividir o quarto com você. — Digo entredentes, massageando meu pé.

Eu não tinha opção, ou dividia o quarto com Gina, ou com Rony, e a segunda opção não era a mais recomendada. Ron era extremamente bagunceiro e só de imaginar minhas coisas esparramadas pelo quarto... doía mais do que meu pé.

Gina e eu não temos muita coisa em comum, mas nós funcionamos. Eu estava aqui antes dela, então gosto da maneira em que ela me respeita como se eu fosse sua irmã mais velha de verdade. Seu lado do quarto era repleto de imagens de um time de quadribol que ela era fã, enquanto o meu lado era cheio das mais belas fotos de dragões que Carlinhos conseguia me enviar.

Carlinhos e eu sim tínhamos muito em comum. Ele era o segundo irmão Weasley mais velho, o mais maneiro e o mais importante: ele compartilhava o mesmo amor por dragões que eu. Assim como Molly e Arthur, Carlinhos fez parte de minha criação, e se não fosse ele, eu talvez nunca tivesse encontrado minha paixão pelas criaturas gigantes. Quando aprendi a ler, ele começou a me mandar cartas, contando seus maiores afazeres e aventuras no trabalho, e eu achava aquilo extraordinário. Nas férias, passaríamos horas conversando sobre todos os tipos de dragões e como tratá-los, e foi em uma dessas conversas que eu entendi porque era inexplicávelmente tão atraída pelas criaturas.

"O motivo de ser tão difícil atingir um dragão é o revestimento em sua pele. Meu chefe diz que os dragões carregam uma magia muito antiga que os protege... ele usou um nome pra isso, eu só não lembro qual..."

"Magia ancestral?"

"Isso, sim! Magia ancestral! Como sabia? Andou procurando informação em algum livro, bonitinha?"

"Sim, acho que li esse nome em algum lugar"

"Que sem graça, daqui a pouco fico sem coisas pra te ensinar" – Ele ri, bagunçando meu cabelo.

FORGOTTEN LINE - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora