Pequeno Encontro

Vamos começar?

Já havia duas semanas que ambos moravam juntos, nesse período fizeram muitas coisas como arrumar a casa todinha para juntar a coleção de cogumelos com a coleção maritima do maior e também se desfizeram de algumas coisas que não precisavam mais.

Afinal de contas, Liam tinha mais de 20 canecas de cogumelos sendo que usava menos de 3 e Benjamim tinha vários quebra-cabeças de animais marinhos que ficaram guardados por anos.

Então foram limpando cômodo por cômodo  e guardando o que não queriam mais nas caixinhas vazias de mudança que Liam trouxe.

Aos poucos encheram 4 caixas grandes com itens que não usavam a tempos.

E após essas longas 2 semanas de limpezas, lanchinhos e piqueniques, os dois se reuniram ao redor das caixas.

"O que vamo' faze papai?"

Perguntou o pequeno com a chupeta na boca, ele não tinha regredido completamente então estava empezinho, conversando enquanto olhava para as caixas e abraçava seu cogumelinho.

"Também não sei meu pequeno, talvez...doar? Mas para onde doariamos canecas?"

"Uhmmm... papai tem lojinha na garagem né... poique' não levamos para a lojinha? Pa' vende"

O maior pensou mais um pouco e concordou com o menor acariciando a cabeça desse, já fazia quase 3 semanas que o maior não produzia nada para vender e a garagem estava abandonada.

"Então vamos lá pequeno! Primeiro temos que transformar essa garagem em uma lojinha de verdade, não tem como colocar algo lá, com tanta bagunça!"

O maior falou sorridente, seu pequeno era seu grande orgulho e agora estava renovando um sonho do maior.
Ele sempre quis ter uma lojinha com prateleiras e tudo mais, porém com suas produções manuais era difícil encher as prateleiras e por isso preferia usar a garagem somente como armazém e vender para a vizinhança.

Benjamim segurou a mãozinha do menor e o puxou para a garagem:

"Vamos começar a limpa-la! Meu pequeno consegue fazer isso? Ou está muito pequeno? Se for o caso, pode ficar só com as pelúcias e coisas fofinhas!"

Disse sorridente acariciando a cabeça do menor, que sorriu e concordou.

~♡~

O pequeno colocava as obras do papai dentro de algumas caixinhas e as levava para seu quarto, segundo ele para proteger a magia do papai.

Enquanto isso o maior tirava os objetos perigosos como agulhas, tesouras e objetos pesados.

Aos poucos a garagem foi ficando vazia e o quintal enchendo, tinha pedaços de madeira, vasinhos, metais e papelão espalhados pelo quintal.

~♡~

O pequeno andava sorridente por trás da chupeta enquanto levava um tapete enrolado e o maior curioso por tanta felicidade se aproximou para perguntar:

"O que está te deixando tão feliz assim leãozinho?"

O pequeno sorriu, até tirou a chupeta para poder falar:

"É que papai tá feliz também! Tá sorrindo pa' porta da garagem a um tempão!"

Benjamim ficou surpreso, não havia percebido que estava tão feliz assim, mas agora, parando para pensar, percebeu que toda vez que saia ou entrava pela garagem ficava sorridente, observando a porta e o interior da garagem, imaginando como ficaria sua lojinha.

~♡~

Logo a garagem estava vazia, a parede vermelha e sujinha estava aparente e o piso cinza não tão atrativo contrastava com todo o seu planejamento.

Antes de comprarem as estantes, teriam de renovar o piso e pintar as paredes, trocar a iluminação e deixar tudo mais alegre.

E não havia ninguém melhor para isso do que um little sorridente, seu cogumelo de pelúcia e seu papai artesão.