𝖡𝖾𝗂𝗃𝗈𝗌 𝖾 𝖽𝖾𝗌𝖾𝗇𝗁𝗈.

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Inspirado em rp!

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A fama dos Lee pela cidade, não era nada agradável de se escutar, muito menos a de Félix. Se alguém tinha uma má reputação, esse alguém com certeza era ele, sem dúvidas alguma. E ele não negava, nunca negou.

Que Christopher também não prestava, isso já era novidade. Todos tinham aquela imagem de que ele fosse uma pessoa exemplar, fiel, tudo o que ele aparentava ser.

Poderia se dizer que esses dois, eram os próprios Chico Moedas da vida, e que se mereciam por completo. Mas nem tudo é sobre sexo, bebidas, e beijos à escondida, como todos pensavam sobre eles, claro que a maior parte do tempo — ou a que todos conhecessem — era, mas em alguns momentos, eles só deixavam todo o tesão de lado e aproveitavam a companhia um do outro.

Em dias que choviam, Félix costumava ficar no apartamento do ‘ficante’, apenas de boxer com uma das camisetas do mais velho, inventando desculpas para não ir trabalhar, enquanto espera o outro australiano chegar em casa. Ele sempre chegava por volta de umas sete ou oito da noite, chegando cansado das aulas e do estúdio.

Bang Chan era professor em uma escola infantil durante o período da manhã, e depois trabalhava como tatuador e body piercing em seu estúdio próprio. Inclusive, ele quem havia feito as tatuagens e piercings que Félix tanto amava. — que eram; uma borboleta na nuca, uma serpente enrolada em uma espada nas costas, um desenho no cóccix, dois piercings no mamilo, dois labret vertical e um na língua.

Félix estava no quarto do mais velho, assistindo um desenho qualquer até que ouviu o barulho da porta do apartamento se abrir, mas ele nem se quer ligou, sabendo que era seu amigo que havia acabado de chegar do trabalho. Escutou passos, mas continuou sem sair do lugar.

— Nem vem me cumprimentar. – era o Bang falando assim que adentrou o quarto e fechou a porta.

— Já vejo essa sua cara todo dia. – resmungou o Lee.

— Como me ama.

— Amar você e sua foda são coisas bem diferentes. — rebateu sem o olhar nos olhos.

— Sempre tão encantador, Lee.

Félix só iria soltar mais um resmungo para debate-lo, mas foi pego de surpresa quando sentiu seus pés sendo puxados e ele sendo arrastado na cama. Acabou por soltar um grito assustado, arrancando risos do amigo.

Christopher o segurou pela cintura, ainda deitado, e se pôs sobre o menor, sorrindo vitorioso e o beijando. O Lee revirou os olhos com a brincadeira sem graça, mas se entregou ao contato dos lábios macios que tanto se viciou.

Félix entrelaçou seus dedos em meio aos fios negros bagunçados do Bang, enquanto se entregava ao beijo sem malícia, as mãos do outro por baixo da camiseta grande, firmando-se em sua cintura. O australiano mais novo entrelaçou as pernas no quadril do mais velho, dando mais espaço à ele.

Quando a necessidade do ar se fez presente, os pulmões clamando por oxigênio, os dois se separaram, ofegantes, porém sorridentes, as testas encostadas uma na outra, os dois de olhos fechados e em silêncio.

— Você é um canalha, sabia? – Félix foi o primeiro a cortar o silêncio, os olhos profundos encarando os do outro rapaz.

— Sim, e eu me orgulho muito disso, Lee.

Félix soltou uma gargalhada e balançou a cabeça em negação, tampando o rosto, escutando a risada do mais velho, assim como seu corpo saindo de cima do seu.

— Você não tem jeito mesmo. – disse ao Bang, ganhando apenas um sorriso em resposta.

Chan buscava alguma peça de roupa que pudesse usar, alguma bermuda folgada, já que optava ficar sem camisa em casa, sabendo que o australiano mais novo gostava de admirar suas diversas tatuagens espalhadas pelo corpo. De tanto procurar, finalmente achou a peça que procurava, indo em direção ao banheiro para se trocar. Ele tinha o costume de tomar banho no estúdio – no banheiro que era permitido apenas o seu uso –, pois quando chegava em casa, a preguiça sempre era maior.

Devidamente trocado — seminu —, ele foi até Félix, que já estava deitado novamente na mesma posição, assistindo atento ao desenho e deitou atrás de si, embaixo do edredom azul marinho, abraçando-o e aspirando seu cheiro.

— Senti sua falta. – soltou.

— Eu também senti a sua, Christopher.

— Não me chame assim.. – Félix soltou uma gargalhada, ele sabia que Chan ficava meio “coisado” quando era chamado assim. — Idiota, você não presta.

— Nunca prestei, não vai ser agora que isso vai acontecer. – respondeu como se não fosse nada, dando de ombros.

Chan apenas revirou os olhos, conhecendo o jeitinho meigo do Lee, sempre sincero e sem papas na língua. Abraçou o moreno menor, o trazendo próximo ao seu corpo.

O menor pausou a animação e virou de frente para si, os olhares fixos um no outro, e os dedos sorrateiros contornando os desenhos na pele alheia.

— Admite que me ama, vai.. – Chan sussurrou.

— Mas nem morto. – Félix fez uma careta de deboche. — Eu te gosto só um pouquinho.

— Ah, claro.. eu te gosto menos ainda então. — o mais velho disse, entrando na onda, arrancando risos do mais novo.

Félix balançou a cabeça em negação, sorrindo, e se aproximou do maior, beijando seu lábios. Christopher se entregou ao ósculo sem resistir, aproveitando dos lábios gostosos e com gosto doce do mais novo. Os perfumes se misturando e se fundindo, assim como os corpos extinguindo o máximo de proximidade entre eles possível.

Aos poucos, a tela foi foi esquecida, e a única coisa que importava, era a boca um do outro, o beijo calmo, os toques singelos que desfrutavam da presença alheia. Os corpos já familiares eram explorados todas as vezes como se fosse a primeira, com cuidado e intensidade ao mesmo tempo.

O beijo era viciante, era como uma droga que eles não conseguissem se manter longe por muito tempo, sempre havendo recaídas e recaídas.

O beijo se estendeu por minutos, sempre voltando quando se separavam, não querendo nem um pouco parar, mas também não evoluir a algo mais, apenas continuar naquela bolha que haviam criado pra si próprios na companhia um do outro.

— Amor, o desenho… – Chris tentou avisar quando pode respirar novamente.

— Quem liga? A gente pode assistir depois. – respondeu fazendo pouco caso.

O mais velho riu da reação do menor, mas não durou muito tempo, logo o puxando para junto de si novamente, voltando a beijá-lo.

The end.
↓ ᥱs𝗍rᥱᥣіᥒһᥲ (sᥱ g᥆s𝗍᥆ᥙ)

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