Drika saiu de sua casa com sangue nos olhos, andado pelas sombras da cidade chuvosa. O corvo no qual lhe ajudou, a deu de certa forma habilidades sobre-humanas, ela não entendia como poderia fazer tais ações , mas não se importou, era como já sabe-se fazer isso a muito tempo.A menina andava pelas paredes como se fosse uma aracnídea, escalava pelas as grades das janelas, dava cambalhotas e mortais, era deslumbrante de se ver. Nunca em toda sua vida de sentia tão poderosa. Não se cansava, não se sentia fraca, não ofegava, nem respirava. Uma completa morto-viva.
Escalou um grande apartamento e quando chegou em cima pode observar a parte mais periferia da cidade, onde só havia bandidos, ladrões, traficantes, abusadores e prostitutas.
Não muito tempo depois escutou um assobio de longe, e seu timbre era muito parecido com o de um alguém que ela sabia exatamente quem é. Esse alguém era Tin Tin o ladrão. Ela o esperou chegar um pouco mais perto, para fazer sua surpresa.
Seu olhar para ele era de total desprezo, o ladrão parecia estar sempre com sua autoestima intacta e isso a irritou. Queria estraçalhar aquele sorrisinho nojento que ele dava toda vez que fazia alguma barbaridade com alguém.
Quando Tin Tin estava próximo o suficiente, ela desceu até o solo em um salto mortal que não fez sequer um ruído, não apareceu, mas o chamou pelo nome.
— Olá Tin Tin — Sua voz saiu fina e sarcástica, parecia uma criança prestes a fazer arte.
O ladrão olhou em volta com os olhos entre abertos, sua visão estava manchada pela chuva, só via a escuridão do beco.
— Quem está aí? Pela voz deve ser uma vagabunda, estou certo querida? — Perguntou com seu típico tom de gozação.
Drika ficou em silêncio, o observando no escuro. Vê-lo sozinho era curioso, imaginava que ele sempre andasse com sua quadrilha.— Não vai me responder mesmo? — Mostrou falsa tristeza.
Uma risada tenebrosa pode ser ouvida vindo de algum lugar. Não muito longe dali, estava Eric também destinado a se vingar de Tin Tin. Suas vestes pretas e o rosto branco de palhaço se camuflava com a escuridão da noite. Corria e saltava como nunca. Após visitar sua antiga casa e ter curtas lembranças alternadas entre boas e ruins. Foi o suficiente para sua ira sobressair sobre a sua tristeza.
Drika do alto do prédio pode ver um corpo alto e magro de um homem, não muito diferente dela, estava trajando roupas escuras como as suas e uma maquiagem fantasmagórica como a sua. Interessante, a menina o achou.
Tin Tin apertou os olhos tentando enxergar a figura que se encontrava longe. Essa que chegava cada vez mais perto.
— O que está fazendo todo pintado ô doidão? O dias das bruxas é amanhã cara! — Falou o bandido, já sem paciência sacou seu canivete para enfrentar o homem. — Pode vim —
Em um piscar de olhos os dois homens iniciaram uma briga sangrenta. Tin Tin tentava nocautear o homem maquiado com toda a sua força, mas era inútil seu adversário possuía uma força irreal. A briga entre os dois tinha parado com Tin Tin sobre a parede e o homem o segurando pelo colarinho, esse que despencava murros na cara do ladrão.
Por mais que Drika adorasse ver o abusador levando uma surra, ela não poderia deixar o homem maquiado matar uns dos homens que ela tanto queria se vingar. Sem pensar duas vezes a mulher atingiu um golpe certeiro nas costas do maquiado, e sem perder tempo foi logo acertar as contas com o bandido. Sangue era jorrado.
— Espera aí — Riu ofegante — Eu me lembro de você.— Tin Tin falou com seu típico tom de divertimento.
— Lembra é? — Perguntou a moça antes de o acertar mais um golpe.
— Você é a vadia que mordeu o pescoço do T-bird. — O abusador se recordou do antigo dias das bruxas.
— Ah é, e como tem tanta certeza disso? — Mais um golpe foi feito. Por mais que negasse, a moça estava curiosa em saber. Como estava toda maquiada, não tinha como o bandido a reconhecer. A não ser pela voz. O que a menina duvidava.
— Eu nunca me esqueci das suas pernas querida. Mesmo com essa sua calça, ainda consigo ver a silhueta delas. — Tin Tin a surpreendeu de um modo negativo, a resposta do homem só serviu para irritá-la ainda mais. O bandido era um pervertido sem escrúpulos.
Antes que a mulher pudesse finalmente mata o abusador. O homem maquiado se recuperou do golpe lhe acertado e foi para cima de Drika. E agora eram os dois que começaram a brigar. Tin Tin caiu no chão de cansaço, mas não demorou muito para conseguir ficar de pé.
— Mas que merda está acontecendo aqui? — Ofegou o bandido — Gostaria de apresentar duas amigas minhas.
O dois maquiados pararam de lutar, e olharam para Tin Tin, esse havia sacado dois canivetes. Um em cada mão, mirando em cada um.
— Nós nunca erramos. — Soltou os dois canivetes de uma vez. Os dois maquiados pegaram a arma branca nas mãos como se fosse uma flor. Pelo visto a mira e a força do bandido não era tão boa assim.
— Vítimas — A garota falou — Todos somos. — O maquiado completou. Trocaram um breve olhar.
Sem mais delongas, os dois arremessaram juntos o canivete no ladrão. Um acertou o ombro e outro acertou o pescoço. A vingança estava feita. Já era um a menos.
Com o sangue de Tin Tin, ambos desenharam um grande corvo na parede. Quando terminaram, Drika o olhou rapidamente, antes de sumir na escuridão como um morcego.
Quem seria aquele homem? Por que estava com roupas parecidas com as suas? Por que queria se vingar de Tin Tin? Por que no final ambos se ajudaram?
Compartilhavam a mesma dor?
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Continua...
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𝐑𝐀𝐈𝐍𝐘 𝐍𝐈𝐆𝐓𝐇 - Eric Draven
TerrorDrika Medsen vivia uma vida normal com seu irmão mais novo até que em uma noite tudo muda. (Essa História pertence a essa conta. Se a encontrar em outra plataforma DENÚNCIEM.)