Éter Negro

9 - Recordação do pesadelo - [1/2]

O 8⁰ dia.

Tampo estava em seu acampamento como sempre, de manhã cedo suas dúvidas sobre as memórias de ontem não saia de sua cabeça, ele não iria trazer a Tadoki em sua casa até que ele descobrisse sem interrupções o que estava acontecendo.

No ponto de partida para a cachoeira, ele se aproximou e não sentia nada ali, ele tentou encostar nas folhas e nas árvores,mas nada aparecia, olhou para o chão e encostou no solo, foi daí que sua mente trabalhou mais a fundo para tentar se lembrar.

Tampo
"Ahg!"

Orion
"Ai!"

O filho de Tampo coloca a mão sobre a sua cabeça em que recebeu a pancada de bastão.

Tampo
"Você não consegue treinar sem fazer barulho?!"

Orion
"Perdão Pai, eu estava concentrado."

Tampo
"Essa já é a 20⁰ pancada que te dou com esse bastão!"

Orion
"Foi tantas que eu nem me lembro quantas foram."

Era de manhã, Tampo tinha terminado de passar o tempo com seu neto e deixado com seu filho, e foi a visita de Maris sua nora, ela carregava um balde e uma cesta para recolher frutas.

Maris
"Oh, senhor Tampo, bom te ver, eu..."

Tampo
"Precisando de ajuda para recolher as frutas e a água."

Maris
"Isso. O senhor já está ficando esperto. Você pode me acompanhar?"

Tampo
"Vamos lá."

A lembrança acaba fazendo que Tampo segurasse sua própria cabeça, ele abriu os olhos e via o caminho de partida, ele decidiu prosseguir...

Na cachoeira ele procurava outro ponto para recuperar a memória, ele viu pedaços de madeira perto da floresta, ele ficou quieto tentando se recordar o que exatamente havia acontecido ali. Ele se aproximou em uma outra parte do final da floresta e tocou em alguns cantos das árvores, ele procurava no solo aqueles ossos quebrados que viu da última vez.

Ele sentiu algo grande e rígido coberto de musgo, ele decide tirá-lo para ver se conseguia uma resposta por ali, parecia uma espécie de madeira e nele havia um nome escrito: Maris

Tampo
"Maris...AGH!"

A lembrança desbloqueada causava uma sensação esmagadora e dolorosa, a aura avermelhada começou aparecer novamente em volta de sua cabeça, ele não conseguia se ajoelhar e se deitou ainda começandoa a gritar de dor.

Tampo deixa o balde cheio de água ao lado de Maris.

Tampo
"Aqui está."

Maris
"Muito obrigada, o senhor é muito gentil."

Tampo
"Não há de quê"

Artemis
"Mamãe!"

Maris
"Artemis, não era para você ter vindo pra cá sozinho!"

Artemis
"O papai está me assustando."

Maris
"Ai é que cada uma..."

Artemis abraçou sua mãe.

Artemis
"Ele tá vindo pra cá."

Tampo
"Deixe-me encarregar disso."