Capítulo Três

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Havia se passado uma semana desde a vergonha que Megumi passou no refeitório, e nessa uma semana deu tempo dele se preparar para os próximos desafios. Em sua mente vagava pensamentos repreendendo a si mesmo.

"Por que eu fui aceitar isso? Já não basta a humilhação que é andar com aqueles dois idiotas."

Agora eram três idiotas.

Sukuna estava cada vez mais próximo do trio. Nobara até o considerava um amigo. Yuji ainda tinha um pé atrás quando o assunto era o primo, pois sabia das intenções dele. E Megumi... Bom, Megumi não podia fazer muita coisa, o rosado mais velho não fazia nada além de sentar e conversar com eles no refeitório.

Claro que às vezes o Ryomen dizia uma ou outra piadinha, ou então flertava com o moreno, mas fora isso ele sabia se controlar; mesmo estando na cara sua atração por Fushiguro. Às vezes eles tinham vontade de socar a cara de Sukuna? Sim. Mas não podiam fazer, o rosado não machucava ninguém e, no fundo, ele era legal — bem no fundo mesmo.

A rotina do quarteto era bem monótona, eles iam pra faculdade, assistiam às aulas da manhã, durante o intervalo eles iam para o refeitório e sentavam-se em uma mesa afastada das demais, onde ocorria brincadeiras, piadas e até brigas as vezes, por fim assistiam as aulas da tarde e se despediam. Um dia ou outro eles se juntavam para irem em alguma lanchonete duvidosas, mas era realmente difícil conciliar as rotinas.

Voltando para o quarteto; eles estavam sentados no refeitório na mesa habitual, aquela mesa era quase propriedade deles, só faltavam escrever seus nomes e colar no móvel. Itadori estava do lado de Megumi, de frente para Nobara e Sukuna ao lado da garota de frente para o único moreno do grupo.

Naquele momento eles estavam enfrentando o maior desafio de suas vidas, colocando a amizade em jogo; jogavam uno.

— Sukuna, você já ganhou três vezes seguidas, tem certeza de que não está roubando? — Nobara indaga ao rosado enquanto olhava para ele com o "rabinho do olho". Sukuna gargalhou.

— Tenho. O pai é bom no jogo, aceitem! — convencido, ele sorriu dando uma piscadela para a garota, que suspirou e revirou os olhos. Em seguida, ela tirou uma carta de seu leque e jogou no centro da mesa. — Agora é você, Yuji.

Itadori olhou para Fushiguro e deu um grande sorriso.

— Pensa bem no que você vai fazer. — o moreno ameaçou com os olhos semicerrados.

Ainda com o sorriso no rosto, Yuji puxou três cartas e jogou na mesa. Os outros três ficaram boquiabertos com a atitude do amigo, ele estava jogando sério. As cartas eram de +4, ou seja, Megumi teria que comprar doze cartas caso não tivesse uma carta semelhante àquelas.

Yuji caiu na gargalhada quando o moreno suspirou derrotado e pegou as cartas da pilha em cima da mesa. Neste meio tempo, Nobara e Sukuna se entreolharam e sorriram.

— Megumi, o que acha de estourar o terceiro balão agora? — indagou a castanha com um sorrisinho malicioso.

— Não.

— O próximo desafio envolve o Yuji e você vai poder descontar sua raiva. — a voz da garota saiu como um sussurro, parecia que ela estava falando a coisa mais secreta do século. Fushiguro arqueou uma sobrancelha e Itadori olhou para ela com uma cara confusa, ele sabia que ia ser envolvido em um dos desafios, só não esperava que fosse em um ruim. Bom, pelo menos ele pensava que era ruim.

— Já que é assim, então eu aceito. — ele disse com desdém.

Nobara se controlou para não sair pulando de alegria. Ela tinha falado a verdade, o desafio realmente envolvia Yuji, mas não de uma forma ruim. Fazendo o mesmo que havia feito nas outras duas vezes, a garota pegou o balão e, com ele já cheio, entregou a Fushiguro.

Balões (SukuFushi - ItaFushi)Onde histórias criam vida. Descubra agora