Capítulo Um

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— Aaah, aquele Fushiguro fode minha mente. — murmurou Sukuna, sentado em uma cadeira do refeitório da faculdade. Ele observava o moreno atentamente.

E lá estava ele, Fushiguro Megumi, junto de seus dois amigos mais próximos, Nobara e Itadori — primo de Sukuna. O trio gargalhava alto chamando a atenção de diversos alunos, que olhavam feio pelo barulho exorbitante que aqueles três faziam quando estavam juntos.

Não é de hoje que Sukuna estava interessado em Megumi, fazia um bom tempo. Para ser mais exato, faziam cinco anos. Ele nunca tentou nada pois Fushiguro jamais demonstrou sentir atração por alguém, tanto homem quanto mulher. Então, com o tempo, Ryomen aprendeu a ignorar seus sentimentos.

Após um tempo olhando fixamente para Fushiguro, Sukuna notou que seu primo o encarou com a sobrancelha arqueada. Na tentativa de disfarçar, o Ryomen virou o rosto para o lado e passou a olhar outras pessoas. Com um sorriso, Itadori se levantou da cadeira em que estava e passou a caminhar até o mais velho.

— Ei, você vai para onde? — indagou Kugisaki.

— Vou falar com meu primo. Volto já. — Yuji não era besta. Ele vinha percebendo os olhares que Sukuna dava para Megumi a muito tempo.

Quando chegou próximo ao rosado mais velho, ele puxou uma cadeira para se sentar, assustando o rapaz que parecia estar no mundo da Lua.

— Eai, primo. — cumprimentou com um sorriso largo.

— Tá fazendo o que aqui, moleque? — Sukuna perguntou enquanto revirava os olhos.

— O Fushiguro é chamativo, não acha? — agora era Itadori quem olhava pro amigo, uma de suas mãos estava apoiada no queixo e a outra em cima da mesa, em um movimento rápido ele passou a língua nos lábios.

— Que merda você tá falando? — por um instante Ryomen sentiu-se nervoso.

— Ah, qual é? Vai ficar fingindo que não sente nada por ele? — uma malícia tomou conta dos lábios do rosado mais novo; ele encarou os olhos escarlates do primo e arqueou uma sobrancelha.

— E se eu sentir? Vai fazer o que? — irritado, Sukuna perguntou.

— Olha, digamos que eu também sinto algo por ele. — desta vez foi o mais velho a arquear uma das sobrancelhas, prestando atenção no que o outro dizia. — E tenho um plano para propor, onde nós dois vamos conseguir se divertir com ele. — sorriu novamente quando percebeu a confusão na face de Sukuna; mesmo que não admitisse, Ryomen estava curioso para saber daquele plano.

— Que plano? E por que diabos você está falando isso pra mim?

— Não seja tímido, Sukuna. Dá pra ver nos seus olhos que você quer comer Megumi tanto quanto eu.

— Q-que? — gaguejou, talvez pela primeira vez em sua vida. — Droga, maldito. Fala logo.

— Fushiguro gosta de brincadeiras e desafios. É impossível ele resistir a um. Então pensei em pedir para Nobara fazer uma coisinha para ajudar a gente. Ela iria pegar cinco balões e cinco papéis, nesses papéis ela iria escrever cinco frases com desafios para Megumi fazer.

— E onde é que a gente entra? — perguntou referindo-se a entrar no plano.

— No cu do Megumi. — Itadori diz sem nenhuma vergonha na cara, fazendo Ryomen o olhar assustado. O mais novo gargalhou. — Kugisaki pode escrever para ele ficar com a gente, simples assim!

— E ele aceitaria isso? — indagou novamente, desta vez cogitando participar daquela brincadeira.

— Ele nunca nega desafios.

— Fechado. Vai lá falar com sua amiguinha e manda o Fushiguro vir aqui. Vou distrair ele para você contar o plano pra ela. — Sukuna deu um leve empurrão no primo, fazendo-o quase cair da cadeira. Murmurando xingamentos, Itadori caminhou até a mesa que antes estava e começou a botar o plano em ação.

Ao se aproximar dos amigos, Yuji abriu um sorriso largo, como quem não quer nada. Ele sentou-se na cadeira e encarou Nobara, que arqueou uma sobrancelha e o olhou de cima a baixo.

— Tá olhando pra mim por que? — indagou desconfiada.

— Nada. Megumi, meu primo quer falar com você. Vai lá. — ele disse ao moreno, que o encarou confuso. Os olhos de Megumi se direcionaram a Sukuna, um leve tom róseo quase se apossou de suas bochechas.

— Ok. — ele levantou e foi até o outro rosado.

— Eai, o que tá pegando? Você sabe que Sukuna quer comer ele, né? — Kugisaki chega mais perto de Yuji.

— Sei. — ele sorriu. — E eu também quero.

Nobara teve que segurar seu queixo, caso contrário ele cairia no chão. Ela olhou incrédula para Itadori.

— Por essa eu não esperava... Então conta, qual o plano?

— É o seguinte...

~

— Olha se não é o pequeno Megumi. — Sukuna comenta com um sorriso sarcástico.

— O que você quer? — o moreno bufou e revirou os olhos.

— Senta aqui. — deu dois tapinhas na cadeira que estava do lado da sua. Fushiguro suspirou e se sentou nela.

— Me diz o que queria falar comigo.

— Você já ficou com alguém? — a curiosidade em sua voz era notável.

— Por que quer saber? — franziu as sobrancelhas.

— Curiosidade. — deu de ombros.

— Sim. Já fiquei.

— Quem? — Megumi não esperava que Sukuna fosse tão curioso assim. O rosado sempre pareceu ser sério e chato.

— Não vou te falar. Era só isso que queria? — indagou tentando levantar-se da cadeira, mas teve sua mão puxada pelo outro, o impedindo de sair.

— Espera! — exclamou. Ele olhou para Itadori do outro lado do refeitório e viu que ele ainda cochichava com Kugisaki. — Vamos conversar. Quero te conhecer melhor. — um sorriso cafajeste se formou em seus lábios.

— Não estou interessado em você, Sukuna. — o tom róseo de antes agora se fez presente, ele estava envergonhado com a atitude alheia.

— Não? Poxa vida! Que triste. Pode ir, então. — Sukuna falou com um falso semblante triste, ele soltou a mão do moreno quando viu Itadori fazendo um sinal de "beleza", mostrando que já estava tudo confirmado.

Fushiguro levantou-se e olhou uma última vez nos olhos escarlates do rosado, ele virou-se de costas e caminhou até seus amigos. Sukuna grudou o olhar na bunda do moreno.

"Como será por debaixo dessa roupa?", pensou ele. "Droga!", exclamou mentalmente ao sentir seu pau semi duro pulsar.

— Veremos se falou a verdade, Fushiguro.

Balões (SukuFushi - ItaFushi)Onde histórias criam vida. Descubra agora