Capitulo 2

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No dia seguinte, acordei com o vento frio entrando pela janela do meu quarto, estranho, não me lembro de ter aberto ela noite passada. Olhei no relógio na cabeceira da cama e vi que era 7:30 da manhã. Levantei-me, coloquei meus óculos e fui ao banheiro lavar o rosto, vi que meu olho esquerdo ainda estava roxo por conta de ontem a noite.
-Bom dia querido, venha tomar café -Gritou ela da cozinha.
O cheiro que café com leite quentinho entrou em minhas narinas fazendo com que meu corpo todo estremecer, era um cheiro familiar, cheiro de aconchego, cheiro de casa.
Sentei-me na cadeira de frente a um pão com manteiga, uma xícara de café com leite e um pacote de bolacha água e sal (até que não era tão ruim, tirando o fato da água e sal).
-Por quê acordou tão cedo? Lembre-se você está de férias. -Disse tia Lucia se sentando em minha frente com a xícara na mão.
-Estava pensando em dar uma volta no parque hoje. -Disse dando longas goladas de café.
-Que ótimo, quer que eu vá junto?
-Não, obrigado! Irei sozinho.
***
Sentado no banco da praça observando os pássaros pousando nos galhos secos das árvores que ali restavam. Vejo uma menina sentada a beira do chafariz em que as pessoas faziam pedidos e jogavam moedas. Ela era linda, seus cachos alaranjados estavam caídos em sua jaqueta de couro preta, sua pele era tão clara que os pequenos raios de sol que surgiam em meio o dia nublado radiavam o seu rosto junto ao brilho dos seus olhos claros como as estrelas.
A garota que estava a poucos metros de mim, tirou do bolso uma moeda, fechou os olhos, respirou fundo e jogou a moeda para cima. Acidentalmente a moeda não caiu no chafariz, ela bateu na beirada em que estava sentada e veio rodando em minha direção.
A moeda dourada bateu na ponta do meu tênis, me abaixei para pegá-la e a levei em direção a menina.
-Acho que deixou cair isto. - Disse entregando a moeda em sua mão.
Vi que seu rosto havia avermelhado imediatamente.
- Obrigada! -Disse ela sorrindo.
Aah! Esse sorriso! Minhas pernas bambearam inteiramente, tive que desviar o olhar para me manter em equilíbrio.
-Qual é o seu nome? -Ela perguntou me olhando de lado com o rosto radiante.
-Lucas Garcia... -Disse depois de alguns minutos -E o seu?
-Agatha... Agatha Mendes.

O último por do solOnde histórias criam vida. Descubra agora