Capítulo 11

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Acordo meio sonolento ainda

Olho para meu lado e vejo um homem com os olhinhos fechados

Ele era lindo dormindo

Fico o olhando até que ele acorda e percebe meu olhar

–Bom dia? - ele fala rindo levemente

–Bom dia, você é lindo dormindo. - digo simples

–Obrigado, você é mais. - ele enrola seus braços em meu pescoço fazendo-me  aconchegar

–Tô com sono! - digo fingindo um choro

–A gente tem que levantar! Vamos fazer um café da manhã lindo pra Antonella? - ele diz e olha em meus olhos

–Para de ser perfeito Palhares! - falo rindo e coloco meu rosto em seu pescoço envergonhado

–Todo seu.

Nos beijamos

–Vamos logo! - Pedro sai de perto do meu corpo na cama

Levantamos, tomamos banho juntos e emprestei uma roupa minha para o mesmo

Descemos as escadas, logo nos direcionando para a cozinha

–Meu amor, já imaginou quando for aniversário da Toto? - digo, sorrindo bobo. -É só ano que vem, mas tenho certeza que vamos passar juntos. - abraço Pedro por trás

Percebo que ele começou a se encolher a cada frase que digo

–A gente pode passar na casa dos meus pais, é longe, mas podemos fazer uma viagem em família, você conhecendo eles, não acha incrível?

–Jão, eu acho que isso não vai dar certo. -ele sai de perto de mim, sai dos meus braços

–O que? A ideia de visitar meus pais? Não tem problema, a gente pode chamar eles aqui, como você quiser. - tento chegar perto dele

–Não, isso, a gente. Eu não estou preparado para um relacionamento, não agora, você merece alguém incrível e não um confuso igual eu. Eu te amo! E é por isso que você e a Antonella não podem ficar do meu lado, vocês vão se machucar.

–Você me ama? Não pode dizer isso e depois simplesmente sair de nossas vidas, Antonella se apegou a você! A gente vai ficar machucado se você sair de perto não se ficar. -grito ficando irritado

Nesse momento não estava mais ligando se tinha chances da minha filha ouvir nossa conversa

–Eu só preciso de um tempo sozinho.- ele olha em meus olhos e vai em direção à porta

Tófani saiu do meu apartamento

Da minha vida

–Eu não quero um tempo eu quero seu amor! - digo antes dele a fechar - Eu te odeio!- jogo um copo de vidro na porta, fazendo ele quebrar em pedaços

Saio correndo para o meu quarto

Entro vendo meu quarto todo bagunçado

A nossa bagunça dessa noite

Deito lentamente na minha cama abraçando fortemente o travesseiro que ele dormiu essa noite

Seu cheiro ainda está lá

Ainda está em toda a cama

Em mim

Começo a chorar

–Será que eu ainda vou sentir esse cheiro vindo de você? Ou só das suas memórias? - pergunto para mim mesmo

Cada vez mais minhas lágrimas caiam

Pediatrician - pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora