O INÍCIO

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Séculos atrás um grande rei chamado Hector Sardotien e sua esposa tentavam diariamente ter um herdeiro. Selena era uma grande mulher, era linda como um anjo, gentil e delicada como uma flor. Depois de anos, quando finalmente conseguiram gerar um pequeno herdeiro, a rainha Selena se foi durante o nascimento da criança, o rei não queria ter feito a escolha que fez, mas a rainha o implorou. Devido às complicações do parto, seria necessário abrir a sua barriga até conseguir chegar no bebê, era uma decisão difícil, que Selena tinha certeza que o rei jamais escolheria, mas devido á ela escolheu. Selena faleceu e levou com ela o coração do rei Hector, que jurou perante a sua despedida que jamais iria esquecer-la.

A sua esposa sempre lhe disse que caso fosse menina, ela queria que o nome do bebê fosse "selaena" em homenagem a ela, é claro. E se fosse menino, seria "Darian".

Hector Sardotien, 1765.

Hoje já faz cinco anos da sua partida, e cinco anos no qual eu tenho o meu menininho.. sinto um peso enorme ao vê-lo, eu não queria culpar-lo, mas as vezes o que eu sinto, é muito forte.

Darian: - papai, olha o que eu fiz! /Diz mostrando-me um desenho no qual há dois bonecos. Um é alto, acredito que seja eu e o outro é mais baixo.. - É a nossa família.

- Ah que bonito, filho! /Ele me abraça, gosto de ver o seu sorriso, é contagiante. - Já está na hora da sua aula de luta, vá logo.

- Sim, papai! /Falou, correndo em direção á porta.

O reino está um caos, e os conselheiros só sabem insistir em um casamento para mim, mas com as guerras travadas contra o nosso reino, eu consigo fugir disso. Os nossos maiores inimigos, os vampiros se uniram às bruxas, e com isso, nós humanos que estamos levando a pior, muitos estão morrendo. As bruxas ainda conjugaram um feitiço, no qual nenhum feto irá conseguir vingar, ou seja, sem crianças. As vezes eu vou para as batalhas, mas um rei têm muitas funções.. provavelmente irei amanhã.

(...)

Ontem foi corrido, tive muitos papéis para assinar, e tentei passar um tempo com Darian também, as vezes eu tento ser um bom pai, por mais que seja difícil.

Estou no caminho para o campo de batalha, acompanhado de uns vinte homens da guarda, separei os melhores. Mas as vezes nem isso ajuda. Por isso, eu sempre rezo a Deus para conseguir voltar para casa, principalmente para o meu menino.

Quando eu estava descendo do cavalo, um vampiro surgiu mistériosamente e quase me apunhalou, ainda bem que um soldado o acertou antes. Eu ouvi um choro, quando eu estava terminando de decapitar uma bruxa. Não era qualquer choro, muito menos dela, era um choro de bebê. O que é estranho já que nenhum havia conseguido nascer, sendo assim, eu o segui. Entrei floresta a dentro, estava com medo, afinal poderia ser uma emboscada. Mas eu me recordo claramente como é, pois Darian chorava exatamente assim. E eu o segui, segui e como segui.. quando cheguei havia só uma névoa, e um choro intenso, e quando eu me aproximei, era a coisa mais fofa que eu já vi em toda a minha vida. Era uma bebezinha de olhos azuis, cabelos brancos, tão brancos que pareciam neve. Eu não avistei ninguém a sua volta, sem vampiros, muito menos bruxas e pior, sem pais.

Sendo assim, eu a olhei novamente, respirei fundo, e foi o suficiente para decidir, que ela seria a minha caçula. Seria a minha pequena Selaena, assim como a minha esposa tanto sonhava, levei-a para o castelo, ninguém me julgou, afinal sou o rei. Apenas disseram que não fariam o mesmo, e que eu poderia me arrepender. Mas já estava decidido, e eu não sou de voltar atrás.


Continua...

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