Guerras entre várias espécies foram travadas durante décadas.
Um acordo de paz foi feito e selado com um eclipse lunar, algo que o destino propôs à margem de toda aquela guerra, em busca de uma paz entre os seres que o ódio não parecia ter um fim.
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Boa leitura!
De baixo de um cinza vigoroso junto a grandes estrondos intermináveis, a natureza derrama toda a sua insatisfação. Os passos eram ligeiros, e em uma velocidade descomunal, corria sem rumo; só conseguia pensar, mais que tudo, na sobrevivência do ser em seus braços - que em sua inocência dormia mesmo no meio de toda aquela confusão e desespero.
As lágrimas já trilhavam um caminho doloroso em suas bochechas, e o que menos desejava era deixar o seu estado emocional tomar conta; precisava manter-se firme, era uma vida inocente em jogo.
Aumentou ainda mais os seus passos, apertou ainda mais seus braços ao redor do pano úmido, e com isso, continuou correndo à procura de uma luz. Uma luz que pudesse dar fim a todo seu sofrimento de anos.
Há décadas, os vampiros, híbridos, lobos e outros seres assinaram um acordo de paz em busca de acabar com toda guerra de espécies que só levava a mortes e mais mortes, resultando na extinção, e por consequência fazer com que o crescimento dos seres humanos fosse alto, deixando os seres sobrenaturais a deriva.
Porém o sinal de paz entre as espécies não durou por muito tempo. Uma guerra causada por vampiros desconhecidos contra lobos foi se espalhando pelos vilarejos e como resultado, seres que por instinto de proteger os seus, iniciaram uma nova guerra que se espalhou, fazendo com que o acordo fosse desmanchado em pedacinhos com o resto de dignidade que os seres conhecidos por seu lado selvagem tinham.
E desde então, uma guerra entre vampiros e lobos têm acontecido a cada geração.
Ela corria em busca de um lugar que pudesse ficar. Seus sentidos estavam aflorados como nunca, com apenas um mesmo pensamento.
Seguia se desviando de galhos e pedras, e logo pôde enxergar ao longe um casarão enorme em meio a grande floresta. Seus olhos não acreditaram, mas simplesmente continuou correndo, ainda mais agora, em direção ao lugar.
Assim que chegou perto do portão enferrujado, viu que podia abrir já que não possuía um cadeado por algum motivo, apenas meio acuada, entrou em passos lentos observando cada detalhe daquele lugar.
Viu uma grande porta de madeira um pouco velha, mas firme, com um nome logo acima a fazendo ter um alívio e tristeza do que aquilo significava.
Orfanato Éden, era o nome que o lugar possuía.
Olhou para seu filho que abriu os olhinhos sem entender o que estava acontecendo, e por incrível que pareça não chorava; desde que nasceu era difícil vê-lo chorar.
Só sabia que aqueles olhos inocentes eram tudo que mais amava em sua existência. Ama com todas as suas forças casa detalhe de seu filho, que sorriu para si de forma sapeca e única. O rosto levemente corado, os cabelos que lembravam a cor do eclipse, o qual aconteceu na hora do seu nascimento, os lábios gordinhos em formato de um biquinho adorável; cada detalhe do seu filho era perfeito.
