☾ | Uma vez no presente, duas vezes no passado

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+ 14 | Violência

P r ó l o g o

Há exatamente dois anos, Jisung estava cumprindo com sua obrigação de trabalhar na companhia de advocacia de seu pai, a Paleo Ltda

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Há exatamente dois anos, Jisung estava cumprindo com sua obrigação de trabalhar na companhia de advocacia de seu pai, a Paleo Ltda. Fazia poucos meses que havia se formado na melhor faculdade de Direito do país, e atualmente se preparava para a prova que tornaria oficial o seu diploma.

Contra sua vontade, é claro.

Ele não se sentia feliz em estar ali, lidando todos os dias com pessoas superficiais, naquele escritório carregado por um clima pesado, que ocultava tudo de errado feito ali graças aos princípios nada éticos do pai.

O que Jisung mais queria era fugir para longe disso tudo. Sempre que podia, contrariava as decisões do velho Han e por isso nunca se envolveu em algum esquema ilegal ― o patriarca também o deixava de lado por achar que o filho ainda era inexperiente e ingênuo no ramo.

A divergência ali, era clara: seu pai queria representar o dinheiro sujo, e Jisung não.

Mas assim como no cabo de guerra, alguém tem de ceder, e o estopim para tais diferenças entre pai e filho veio naquela noite, enquanto Han ouvia uma conversa por de trás da porta, à espreita.

― E você sabe que silêncio de toda a sua equipe já foi comprado ― A voz do pai soou com seu habitual tom de soberba. Estavam os dois homens reunidos na sala de reuniões da mansão Han. ― Por que insiste em dificultar as coisas para mim, hun?

― Ouça, Jihoon ― Agora Dohyun falava. Jisung se aproximou da fresta da porta e viu quando o médico que conhecia se levantou e largou uma pasta na grande mesa de vidro. ― Você não vai me comprar com propostas baratas e um montante sujo, entendeu bem? Você pode ter escolhido se rastejar para se esconder atrás de quem tem dinheiro, mas eu não sou como você. Eu não sou corrupto. Eu fiz um juramento de honra quando me formei médico, e não vou desconsiderar meus princípios por causa da sua ganância.

Jihoon ponderou aquelas palavras com um sorriso indecifrável e um olhar frio, assustador.

― Você se acha melhor do que eu se pondo em um pedestal de ética, Dohyun? ― O velho Han tirou os óculos que usava, e passou a limpar as lentes com o lenço que carregava no terno importado. ― Você se acha inteligente por escolher esse lado?

― Eu deveria mesmo responder?

O patriarca da casa riu baixo em escárnio, direcionando sua atenção ao convidado.

― Eu não consigo lhe entender, amigo. Eu estou tentando considerar o melhor para todos nós, você não vê? ― Pausou para suspirar ― Aigoo! Suas palavras e essa integridade em excesso me deixam chateado, Dohyun... O que podemos fazer sobre isso?

― Você deve ser um psicopata louco ― O outro revirou os olhos impaciente e inquieto ― Pessoas vão morrer, Jihoon! Como você consegue deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo com isso? Esse creme não pode ir ao mercado, isso não vai ser promissor e eu não vou ser o único profissional com essa opinião. Se investigarem, essa empresa vai cair, e você não vai passar despercebido quando apurarem os responsáveis pelos danos.

Moon Glow • minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora