VOLTEIIII! Novamente, peço perdão pela minha demora. Eu ainda estou passando muito mal como tinha dito no capítulo passado, basicamente to com uma inflamação que ta por dentro dos meus canais do nariz e isso ta me dando muita dor, mas tô aqui. Eu tô me sentindo extremamente triste por não estar conseguindo atualizar os capítulos tão frequentemente, mas prometo que vou tentar mandar os próximos logo logo! Aproveitem, amanhã sem falta tem um extra (se eu sobreviver KKKKKKKK)
____________________01 de março
____________________Yelena Belova
— Fala sério, Lena — Cassie pronunciou do outro lado da linha do telefone, enquanto eu sacudia os pés intercaladamente, como se estivesse alegre. — Vai ficar aí sem fazer nada? 'Cê tem que dar um jeito de arrumar uma parada da boa pra essa sua festa.
— Eu vou conseguir, ok? — Ela ainda escrevia algo em seu caderno. Pela webcam do notebook foi fácil identificar que ela tentava conciliar o ato de estudar com falar comigo.
— Já que sua irmã não pode saber, que tal fingir que você cancelou a festa? Conheço um lugar...
— Nem fodendo, não dá pra fazer uma festa nessa proporção sem a Natasha descobrir — Puxei minha mochila que estava debaixo da cama do quarto, pegando um isqueiro.
— Ela vai estar ocupada demais com essa coisa do processo, nem vai suspeitar — Cassie pegou sua borracha enquanto passava com força pela folha, eu lutava para acender um cigarro notando que o isqueiro já estava gasto o suficiente para fazer uma chama de fogo que atendesse a necessidade. Quando consegui, joguei o objeto no tapete.
Puxei a fumaça durante alguns segundos, me jogando de costas na cama, não saí do enquadramento da câmera, a visão de Cassie era de minha cabeça virada para cima, deitada, ela estava assistindo o modo que eu estava me chapando mas meu cérebro estava dando uma pausa para processar o prazer do simples aroma do cigarro. Meu peito subia e descia com a respiração pesada enquanto eu soltava a fumaça e abria um sorriso, olhando para o teto.
— Vou ligar pro Bucky mais tarde e tentar pedir de novo — Disse enquanto tragava novamente e liberava a fumaça devagarinho.
— Preciso desligar agora, não da pra estudar com você falando — Eu olhei para o notebook, encontrando a menina de cabelos escuros me olhando. — E a propósito, quitei sua dívida com o Bucky, seu nome tá limpo.
— Porra, eu te amo, valeu Cassie — Ela me mandou um beijo no ar, e eu retribui com outro, em seguida ela desligou revelando nosso chat do discord.
Ri um pouco com nossas últimas mensagens, ela tentava me fazer acreditar com a frase "eu chorei com o final" que Frozen era melhor que Rei Leão. Digitei em contradição "seu choro não significa nada pra mim", enviando e fechando a tela do notebook. Me sentei na cama enquanto tragava o cigarro novamente, tirei aqueles pequenos segundos para observar o quarto, a janela era de vidro preto, as cortinas também eram escuras mas num tom mais azulado. Havia uma mesa perto da porta e um tapete no chão, um armário com um espelho grande e um banheiro razoável, o quarto de hóspedes era simples, mas conseguia me deixar confortada e tranquila. Tia Carol não estava aparecendo tanto, viveu no porão pelos últimos três dias e os únicos sinais dela era quando subia para tomar banho ou deixar a comida pronta. Me perguntei o que ela estava fazendo, mas quando tentei espiar, ela começou a trancar a porta. Desisti e apenas me deixei levar pela solidão, fiquei em casa, sozinha, fumando o resto da maconha, e cheirando uma carreira toda manhã.
Há uma semana meu nariz começou a coçar. Comecei a falar menos e tentar ficar pelos cantos, Tia Carol estava ocupada para perceber e Natasha mais ainda, ela não estava me vendo com tanta frequência mas conversávamos pelo celular, e me ver com tanta frequência eu digo me ver todos os dias, somos apegadas na medida do possível.
Meu corpo estava um pouco mais agitado ultimamente, eu sempre fui dependente química, mas estava sentindo aquilo me envolver numa bolha maior a cada grama do pó branco, e eu estava me entregando sem que ninguém visse.
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Canal 13 - Wantasha
FanfictionWanda Maximoff, uma jornalista determinada, mergulha semanalmente na cobertura de casos de feminicídio enquanto tenta conciliar sua vida como mãe solteira de gêmeos de cinco anos. Aos 26 anos, enfrenta um divórcio tumultuado e uma batalha pela guard...