boa leitura<33
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Aconteceu tudo de forma tão rápida, que eu ainda não era capaz de assimilar exatamente o que tinha acontecido naquela maldita sala.
Todos os sons dos corpos, dos gemidos, ou dos móveis se remexendo, se espalhavam pela minha cabeça com todos os gritos abafados que a minha voz gritou sofrida durante tudo aquilo.
O meu corpo estava completamente impotente e estático sobre a mesa, enquanto eu sentia a realidade à minha volta se desmoronar em pedaços de vidro cortante sobre o meu corpo fraco e sujo.
Como instinto de sabe-se lá de onde, o meu cérebro tentava absorver tudo o que aconteceu, mas eu simplesmente não tinha qualquer réstia de força mental e física para fazê-lo enquanto o choque persistir.
Me sinto completamente insegura e preocupada, porque a dor continua a punir-me por todo o inexplicável.
Fiquei durante segundos, sobre a mesa de madeira escura, com a minha saia ainda na cintura, não dando conta do que acontecia ao meu redor.
Me sentia imunda. Como se estivesse me estranhando a mim mesma.
Um pouco hipócrita, no primeiro momento que tenho de finalmente colocar os pés fora daquele maldito inferno, eu simplesmente não conseguia fazê-lo.
E por isso eu me odiava.
— Se arrume — A voz masculina voltou a ecoar pelo espaço, fazendo um enorme eco avassalador nos meus ouvidos.
Ergui apenas os olhos, conseguindo sentir o meu corpo tremer por todos os lados, e vendo apenas que Ryan apertava o seu sinto novamente, como se nada demais tivesse acontecido ali.
Ele não me olhava, mas tudo nele parecia tranquilo e sereno.
O homem me olhou por momentos, gesticulando com as mãos.
— E então? Vai ficar aí me encarando? — Ele perguntou.
Engoli a seco, ganhando finalmente um pouco de coragem para me levantar da mesa.
Assim que os meus pés tocaram o chão, tudo ardeu no meu interior.
Levei a mão ao meu ventre, me inclinando ligeiramente para a frente. Era como se alguém estivesse espetando a ponta de uma faca bem afiada, vezes sem conta, dentro do meu ventre.
Gemi de dor, não sentindo firmeza nenhuma nas minhas pernas para dar mais um passo que fosse em frente.
— Para com esse teatro! — Ele exigiu, mantendo o tom de voz.
As lágrimas que aos poucos foram secando, caíram novamente pelo meu rosto, não pelo o que ele dizia, até porque eu realmente não tinha capacidade para as ouvir com atenção.
Aquele ardor era tão forte, que todas as minhas capacidades básicas pareciam estar adormecidas por alguns minutos.
O corpo estava tão tenso, usando o seu próprio reflexo de defesa, para se tentar proteger daquele perigo, que a agressividade com que ele me tomou sobre aquela mesa, provocou uma reação física muito desagradável no meu corpo.
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Court Of Hate [Livro 2]
RomantikNão foi preciso muito tempo para que uma astuta recém advogada e o seu primeiro cliente se apaixonassem, mas também não foi preciso muito para que se odiassem com ainda mais intensidade. Ambos estavam quebrados, cada um do seu jeito e ambos por culp...