Londres não estava tão fria quanto Wiltshire, suas ruas não mais lambidas pela neve.
Draco e Scorpius começaram suas compras no Beco Diagonal. Apenas algumas pessoas os encaravam. O nome Malfoy — e seus cabelos loiros brancos — ainda era notório entre a multidão que não conseguia superar o pesadelo da guerra.
Draco realmente não podia culpá-los.
Sentia-se estranho estar em público assim, especialmente depois de passar tanto tempo trancado em sua mansão, mas a experiência era suportável.
Transbordando de excitação, Scorpius arrastou Draco até a Loja de Penas Scrivenshaft. "Harry precisa de um caderno adequado! E penas resistentes! E uma montanha de pergaminho."
"Por quê? Ele agora é escritor?" Draco assinou.
"Não! Para seus designs de vassoura!"
Draco levantou o mindinho e murmurou: "Ah."
A loja estava cheia de compradores de Natal. Seus corredores eram escuros e aconchegantes, o ar cheirando a papel fresco e couro polido. Draco se agarrou à parte de trás do casaco de Scorpius para não perdê-lo.
Passaram meia hora escolhendo um elegante caderno de couro de dragão, penas de avestruz chiques e pergaminho feito por elfos. Draco gastou uma pequena fortuna em tudo, mas só o deixou satisfeito. Queria mimar Potter com uma vida inteira de presentes caros.
"Você acha que Harry vai gostar, pai?" Scorpius perguntou feliz quando saíram da loja.
Draco acariciou seu cabelo e deixou um beijo em sua testa. Ele fez um movimento de corte contra a palma aberta. "Definitivamente."
Eles passearam pela rua de paralelepípedos, apenas aproveitando a atmosfera festiva. Quando chegaram ao Fortescue's, Draco sorriu e apontou para ele. "Sim?" ele assinou.
Scorpius pulou. "Sim, por favor!"
Na sorveteria, Draco pegou uma bola de menta com chocolate e Scorpius pegou uma de laranja com chocolate.
Enquanto comiam em uma pequena mesa no canto, o humor de Scorpius escureceu. Draco tocou sua mão para chamar sua atenção.
"O que foi?" ele assinou.
Scorpius tentou conter sua emoção, mas seu queixo pequeno tremia. "Eu só não quero que Harry nos deixe." Ele escondeu o rosto para chorar.
Ah, amor, Draco pensou. Ele se ajoelhou para abraçar seu filho. Sempre o gratificava mostrar afeição a Scorpius assim em público. Lucius nunca teria feito nada parecido.
Scorpius pressionou o rosto contra seu ombro, entregando-se às lágrimas. Draco sentiu como a emoção fazia seu pequeno corpo tremer.
Fui eu quem fiz isso a ele, Draco não pôde deixar de pensar. Suas vidas tinham sido muito isoladas. Scorpius precisava de mais amigos, e Draco precisava trazer mais pessoas ao seu redor, para que pudesse experimentar a fluidez da companhia.
Draco acalmou seu filho. "Sinto muito", ele assinou.
Soluçando, Scorpius esfregou os olhos. "Por quê?"
"Por ..." Ele assinou a palavra única e depois baixou as mãos. Percebeu que queria dizer: Por ser seu pai.
Scorpius pareceu entender sua intenção em seu rosto, pois se jogou em seus braços, abraçando-o apertado. Eles se agarraram por um longo momento, então Scorpius recuou e disse: "Não há motivo para você pedir desculpas."
Draco piscou para trás as lágrimas.
Mais tarde, eles passearam ao longo do Tâmisa, apreciando todas as luzes festivas brilhantes. Até a Tower Bridge de Londres estava iluminada.
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Não há lugar como a nossa casa (a não ser que eu esteja contigo)
FanfictionÉ Natal e alguém está tentando matar Harry (de novo). Ele se abriga na Mansão Malfoy, mas o proprietário recluso da casa parece determinado a manter distância. O que Harry não sabe é que Draco está desesperado para ficar com ele. Ele também está des...