Quatro Anos Depois
Era dia de Natal, e o Casarão Malfoy-Potter estava repleto de calor e felicidade.
Harry e Draco estavam realizando uma pequena reunião na sala de estar. (Os elfos domésticos fizeram um trabalho brilhante ao colocar tudo em ordem após o ataque de Lestrange.)
Seus convidados eram Ron e Hermione, com seus filhos, Rose e Hugo. Blaise também estava presente. Ele trouxera consigo seu namorado do mês - um loiro muito chique chamado Alain.
As crianças brincavam perto da lareira com figurinhas encantadas de quebra-nozes. Scorpius era muito bom em se lembrar de incluir o pequeno James Severus. Ele era muito mais jovem que os outros e às vezes tinha dificuldade para acompanhar, não importava o quão determinado fosse.
Harry sorriu enquanto tomava um gole de chocolate quente e observava seus meninos brincarem. Ele ainda usava seu chapéu de papel vermelho desde que abriram os presentes naquela manhã. Draco havia usado seu chapéu de papel verde até a chegada dos convidados.
Harry alisou sua barriga. Ele estava grávido de sete meses do terceiro filho deles. Secretamente, ele esperava por uma menina e sabia que Draco também. Se fosse uma menina, a chamariam de Lily Narcissa em homenagem às suas mães.
Atualmente, Draco estava falando orgulhosamente sobre suas terras ancestrais, como seus pavões estavam bem e saudáveis, como suas relações com os agricultores locais e as aldeias próximas estavam florescendo. Ron e Hermione, abençoados, assentiram e sorriram educadamente.
Enquanto Draco falava, ele usava uma combinação de sua voz rouca e Língua de Sinais Britânica (BSL). A maioria dos amigos e familiares havia aprendido a linguagem ao longo dos anos.
Blaise se aproximou de Harry, arrastando Alain consigo. "Feliz Natal!" ele disse. "Acredito que vocês dois já se conheceram?"
Harry apertou a mão de Alain. "Sim, acredito que sim." (Na verdade, Harry não tinha certeza, já que Blaise trazia muitos amantes.)
Alain deu a Harry um sorriso encantador. "É muito interessante ver um homem grávido," ele disse com um sotaque francês carregado.
Harry riu. "É muito interessante ser um homem grávido."
"Como funciona o parto, exatamente?"
Blaise deu uma risadinha envergonhada e passou o braço ao redor de Alain. "Desculpe, Harry. Meu namorado gosta de fazer perguntas muito francas."
Alain lançou a Blaise um olhar confuso. "Nós somos namorados?"
Blaise soltou o braço dos ombros de Alain. "Ou - algo assim."
Franzindo a testa, Alain se afastou para mexer no rádio, deixando Harry e Blaise sozinhos.
"Você não mudou, vejo", disse Harry com um sorriso.
"Não me deram um bom motivo para mudar", disse Blaise levemente. "Afinal, você escolheu estar com o Draco."
O sorriso de Harry não vacilou. "Estou muito feliz com o Draco. Mais feliz do que jamais estive com você."
"Ai", disse Blaise quietamente. "E se eu nunca tivesse te traído?"
Harry balançou a cabeça. "O Draco superou muito. Eu também. Nosso vínculo é mais forte por causa disso."
"E quanto à Marca Negra em seu braço?"
Na parede, em um quadro de uma sala de estar aconchegante, estava Abraxas Malfoy. Ele estava tomando algo festivo e aproveitando sua vista da pequena festa.
Harry observou Abraxas enquanto dizia: "Todos nós cometemos erros. E todos nós temos motivos muito bons para esses erros. Acho que até Comensais da Morte merecem perdão."
"Você nunca perdoou meu erro, porém," Blaise disse rigidamente.
Harry pousou a mão no braço do ex-namorado. "Eu não sou o que escapou, Blaise. Você só precisa crescer."
Agora perdido em pensamentos, Blaise foi pegar outra bebida. Harry o observou ir, desejando o melhor para ele.
Alguém envolveu seus bracinhos ao redor de Harry.
"Papai", disse James.
Harry se abaixou para abraçar seu filho. Pegar um bebê contorcido enquanto grávido seria um martírio para suas costas. "Você está se divertindo, Jamie?"
James assentiu seriamente. Ele achava que era muito crescido por ter apenas três anos. Ele tinha cabelos pretos e olhos cinzentos, e já estava muito curioso sobre o que Draco fazia em seu laboratório de Poções.
Harry estava esperando o momento em que o pequeno Jamie perguntasse sobre seus homônimos. Ele queria ensinar a todos os seus filhos sobre os males de guardar ressentimentos, de ser cruel com os outros.
James Potter e Severus Snape haviam sido homens muito corajosos, muito falhos. Harry gostaria de ter visto a expressão deles quando ele e Draco lhes contaram o nome do filho. Harry tinha certeza de que suas respostas o fariam gargalhar.
Scorpius correu para pegar a mão de James. "Você quer brincar de Não Acorde o Fantasma conosco?"
"Sim!" disse James ansiosamente, permitindo que seu irmão mais velho o puxasse de volta para frente da lareira.
Harry foi até onde Draco estava conversando com seus melhores amigos.
"Como está seu novo emprego?" Draco perguntou a Hermione. "Você está trabalhando no novo escritório de conformidade, não é?"
"Oh, sim", disse ela, os olhos brilhando. "Estou garantindo que todos sejam mantidos nos mais altos padrões no Ministério. A responsabilidade é nossa prioridade número um!"
"Está dando certo?" Harry perguntou.
Ela lhe deu um grande sorriso. "Definitivamente, especialmente depois de conseguirmos limpar a corrupção no Wizengamot."
Harry assentiu, muito feliz por não ter seguido uma carreira no Ministério.
Ron estava franzindo a testa para as crianças. Scorpius e Rose estavam discutindo sobre como jogar corretamente o jogo de cartas. "Acho que seu filho está apaixonado por nossa filha, Harry."
"Scorpius?" Harry se virou interessado para olhar.
"Não, não, você entendeu tudo errado", Draco zombou. "É sua filha que está apaixonada pelo nosso filho."
"Eles têm onze anos", Hermione disse sem emoção, dando um grande gole no seu chocolate quente com álcool.
Ron e Draco se entreolharam, então Ron riu. Draco também.
Alain, finalmente encontrando uma boa música no rádio, exclamou: "Succès!" Em seguida, ele arrastou Blaise para dançar.
Sorrindo, Draco ofereceu a mão a Harry. "Posso te levar para dançar?" Havia um feitiço no rádio que permitia a Draco sentir as vibrações da música.
"Ok, mas sou terrível em dançar, como você sabe. Só não me deixe tropeçar."
"Eu não vou deixar você tropeçar."
Draco guiou Harry cuidadosamente pela sala, seus pés se movendo ao som de violinos emocionantes. Harry olhava para seu belo marido, praticamente boquiaberto.
"Você está me olhando como se eu fosse o próprio Merlin", disse Draco.
"Eu estava apenas pensando em quão sortudo eu sou por estar casado com você."
"Eu sou muito sortudo por estar casado com você também. Mesmo que você tenha forçado nosso casamento a ser na Toca."
"Eu não forcei nada! Você concordou com isso!"
Draco sorriu. Ele gostava de provocar Harry. Na verdade, o casamento deles tinha sido muito alegre.
Eu te amo, Harry Potter, Draco murmurou em sua mente.
E eu te amo, Draco Malfoy.
Notas da tradutora: Fim Pessoal! Obrigado por ler, não esquece de votar!
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Não há lugar como a nossa casa (a não ser que eu esteja contigo)
FanfictionÉ Natal e alguém está tentando matar Harry (de novo). Ele se abriga na Mansão Malfoy, mas o proprietário recluso da casa parece determinado a manter distância. O que Harry não sabe é que Draco está desesperado para ficar com ele. Ele também está des...