Capítulo 6

884 108 12
                                    

Draco acordou com a mão em volta de seu pau. Ele havia sonhado com Potter novamente.

Olhando para o teto através de pálpebras sonolentas, Draco se acariciou, tentando segurar a sensação de ser amante de Potter.

Eles estavam deitados em sua cama de casal, Draco lembrou. A roupa de cama era muito branca, muito macia.

Potter estava debaixo dele, gemendo. Seus olhos estavam muito grandes sem seus óculos. Pareciam vulneráveis demais. (Draco odiava que seu cérebro pudesse fabricar detalhes tão intrincados.)

"Meu Deus, Draco", Potter havia chorado, se contorcendo debaixo dele.

É claro que, em seus sonhos, Draco sempre podia ouvir.

Draco apertou os olhos, não querendo perder o som da voz de Potter. Tinha sido ofegante, um pouco agudo. Quase suplicante.

Sua mão se acelerou.

A pressão da bunda molhada de Potter... Merlin, Draco se lembrava do que tinha sentido ao redor de seu pau. O calor aveludado dele.

Em seu sonho, Draco tinha enterrado o rosto em seu pescoço e batido nele. Ele ouviu Potter ofegar, ouviu seus gemidos e pequenos gritos.

E à medida que ele se aproximava do orgasmo, ele tinha apertado tão deliciosamente ao redor do pau de Draco...

Jogando a cabeça para trás, Draco gozou com um grito alto, seu pau pulsando em seu aperto apertado. Ele sentiu seu sêmen encharcar o edredom.

Mesmo enquanto seu corpo ainda pulsava de prazer, Draco sentiu uma onda de vergonha e pânico. Ele tinha feito barulho. E tinha sido alto, ele só sabia disso, mas não sabia o quão alto.

A última coisa de que ele precisava era que Scorpius entrasse aqui para verificar como ele estava quando sua mão estava coberta de porra.

Gemendo, Draco se forçou a sair da cama. Seu pau ainda estava latejando. Ele definitivamente não estava saciado.

Enquanto fazia sua rotina matinal, Potter—e seus gemidos ofegantes—permaneceram nos pensamentos de Draco.

*

Por volta da hora do almoço, Draco saiu de seu escritório em busca de comida. Ele também queria ter certeza de que Scorpius não tinha arrumado confusão. Os elfos eram muito bons em mantê-lo de olho nele.

Primeiro, Draco foi para a sala de jantar, mas quando a encontrou deserta, dirigiu-se para o pequeno e aconchegante salão que estava conectado à sala de estar.

Scorpius e Potter estavam sentados em frente à lareira no salão. Ambos olharam para cima quando Draco chegou.

"Papai!", disse Scorpius, como era seu hábito. Ele sempre ficava muito animado quando via Draco.

Potter sorriu para ele em saudação, e Draco sentiu corar suas bochechas. Era difícil olhar para o homem com quem seu eu dos sonhos tinha feito loucuras.

"Você gostaria de um pouco do nosso almoço?", Scorpius perguntou. "Não vamos comer toda essa comida."

Draco bateu no ar com o punho: "Sim." Ele se sentou do outro lado da pequena sala em uma confortável poltrona de couro. Ao seu lado havia uma mesa grande o suficiente para colocar uma xícara e um prato.

Ao lado de Scorpius e Potter havia uma variedade de sanduíches, saladas e, é claro, biscoitos de Natal.

Draco estava contemplando se queria um sanduíche ou uma salada quando Potter se aproximou com uma xícara de chá.

Dando-lhe um sorriso travesso, Potter entregou-lhe a xícara. Na frente dela estava a palavra Travesso em caligrafia sensual.

Draco olhou para a xícara por um momento, seus pensamentos se confundindo. Oh, sim, ele era muito, muito travesso. Potter não tinha a menor ideia de quão travesso ele poderia ser...

Levantando seu olhar ardente, ele não conseguiu esconder o calor que se acendia dentro dele.

Potter ficou corado.

"Obrigado", Draco escreveu no ar, mas Potter não leu as palavras. Parecia incapaz de desviar o olhar do rosto de Draco.

"Minha xícara diz bonito", Potter disse, ainda corado.

É mesmo? Draco queria ronronar, mas seus dias de ronronar tinham acabado. Em vez disso, ele deixou o canto da boca se curvar em um sorriso travesso.

Potter puxou o ar de forma instável.

Scorpius apareceu subitamente ao lado de Draco, quebrando o encanto entre eles. Ele disse algo para Draco enquanto colocava um prato cheio de comida na mesa.

"Isso tudo é para mim?", Draco sinalizou.

"Sim", respondeu seu filho.

Draco beliscou seu almoço enquanto Scorpius e Potter retomaram seu jogo em frente à lareira. Eles estavam jogando Não Acorde o Fantasma. Draco reconheceu as velhas cartas espalhadas pelo chão.

Observar Potter com seu filho parecia um afrodisíaco. Ele fazia Scorpius rir, e Scorpius olhava para ele com adoração tímida. Era óbvio que sua presença deixava Scorpius muito feliz, e Draco não queria nada mais do que fazer seu filho conhecer a felicidade.

Draco estava pensando em precisar se desculpar para ficar sozinho com seus pensamentos inapropriados quando Potter olhou para cima e encontrou seu olhar.

Eles se encararam novamente, e Querido Deus, o pau de Draco se mexeu em suas calças. Seu corpo inteiro parecia pulsar de necessidade.

Algo quente piscou na expressão de Potter, como se ele soubesse que Draco estava prestes a ficar excitado demais. Então Potter voltou sua atenção para Scorpius, e Draco se forçou a fazer o mesmo.

"Acho que você está prestes a acordar o fantasma", disse Scorpius.

Potter virou sua última carta, que prontamente soltou um gemido. Draco sabia disso porque Scorpius colocou as mãos sobre os ouvidos.

Rindo, Potter disse: "Você ganhou, Scorp". Em seguida, olhou para Draco, sua expressão ainda brilhante de alegria.

Draco se sentiu preso no lugar por aquele olhar. Ele queria tanto Potter que mal conseguia respirar.

Não há lugar como a nossa casa (a não ser que eu esteja contigo)Onde histórias criam vida. Descubra agora